OS DEUSES DO VINHO.
Repleto de simbologias e impregnado de misticismo, o vinho vem ao longo do tempo provocando fascínios. Por seu aspecto peculiar e sabor único, originou expressões como "néctar dos deuses", "sangue de cristo" e "essência da vida".
A história do vinho, ligada à mitologia, tem como personagem principal um deus específico da bebida, comumente associado à alegria. Dionísio (deus grego do vinho, das festas e do prazer) descobriu e disseminou a cultura da vinha, bem como a composição e o uso do vinho. Filho de Zeus e da princesa Sêmele, foi o único deus filho de uma mortal.
Na cultura romana, Dionísio equivale a Baco (foto), que por sua vez é representado por Osíris para os egípcios. Diz-se que os romanos pretendiam impor certa moderação aos aspectos de Dionísio ao substituírem-no por Baco.
Segundo o mito, o deus ordenou aos súditos que lhe buscassem uma bebida capaz de lhe alegrar, envolvendo todos os sentidos. Só o vinho o satisfez. Encantou-se com suas cores, com seu aroma frutado e sabor único, enchendo-se de alegria e propondo um brinde que pôde ser ouvido por toda a região. Nas festas religiosas realizadas em sua honra, regadas a vinho, os presentes embriagavam-se e mergulhavam em um êxtase delirante.
É geralmente representado sob a forma de um jovem bem nutrido, risonho e festivo que traz na cabeça uma coroa de folhas, tem o corpo coberto com um manto de pele de leão e carrega nas mãos um cacho de uva ou uma taça. Pode aparecer sentado sobre um tonel, com uma taça transbordante, notoriamente tropeço e embriagado.
O vinho ocupou um lugar privilegiado em inúmeras civilizações. Como elemento de festejo ou de cerimônia religiosa, como medicamente ou para simples deleite, o vinho desempenhou, e seguirá a desempenhar papéis de extrema importância para a humanidade.
Fonte - Site Viticultura
Humberto Amorim
Presidente
Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho - Sbav -Amazonas
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