O saxofonista tenor de jazz, Eugene “Jug” Ammons nasceu no 14 de abril de 1925, filho do pianista de boogie-woogie Albert Ammons.
Ammons tornou-se conhecido depois de tocar nas excursões pelo interior dos Estados Unidos com a banda do trompetista King Kolax durante o ano de 1943, com apenas 18 anos.
Depois, trabalhou com o cantor Billy Eckstine e na banda de Woody Herman no período de 1944 a 1949 respectivamente. Em 1950 formou um dueto antológico com Sonny Stitt.
Sua brilhante carreira foi interrompida para cumprir duas sentenças de aprisionamento por posse de narcóticos entre 1958 e 1969.
Ammons e Von Freeman foram os fundadores da Chicago School of Tenor Saxophone. Seu estilo sofria influencia de Lester Young como também de Ben Webster. Estes saxofonistas o ajudaram a moldar o som do saxofone para altos índices de expressão sonora.
Mesmo sendo adepto dos aspectos técnicos do bebop, preferencialmente por substituições harmônicas, Ammons, mais que Young, Webster ou Charlie Parker, não se desgarrou do blues comercial ou do R&B. O movimento “soul Jazz” durante os anos 50, quando ele fazia a combinação entre o saxofone tenor e o órgão elétrico Hammond B3, o tem como um dos fundadores.
O tom de seu sopro era mais fino que o de Stitt ou Dexter Gordon. Com seu instrumento, explorava a vontade, um leque de texturas, vocalizando o sopro de uma forma que, até os nossos dias, é copiada por grandes artistas como Stanley Turrentine, Houston Person, e o fenomenal Archie Shepp.
O saxofonista mostrou pouco interesse pelo estilo “jazz modal” de John Coltrane, Joe Henderson ou Wayne Shorter que emergia naquela mesma época.
Algumas de suas performances solando inesquecíveis baladas, atestam o excepcional senso de entonação, simetria melódica, forte expressão lírica e maestria, tanto no blues quanto no bebop vernacular, definindo portanto, o seu jeito de expressão musical como, clássico.
Faleceu em Agosto de 1974
Fonte – All About Jazz
Tradução – Humberto Amorim
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