O saxofonista tenor de jazz Teddy Edwards nasceu em 25 de abril de 1922 e iniciou a carreira muito jovem ainda, formando com os saxofonistas Dexter Gordon e Wardell Gray, o trio mais requisitado de jovens músicos nos anos 40.
Conheci Teddy Edwards em Los Angeles em Setembro de 1999, durante viagem até lá como intérprete do governador do Amazonas Amazonino Mendes. Na primeira escapulida noturna me dirigi a um clube de jazz, na companhia do empresário do setor de construção em Manaus (RD Engenharia) Romero Reis, onde Teddy se apresentava, atraído pelo fato de que tinha tocado com Billie Holiday e eu queria , entre outras razões, ouvir dele estórias da Lady Day.
Teddy mostrou-se gentilíssimo, conhecedor e apreciador da musica brasileira, (ofertou-me com a partitura da musica “ Brazilian Skies” de sua autoria) e relatou-me que escolheu fixar-se em Los Angeles pelo clima e movimento musical na epoca mas, infelizmente, não teve da mídia durante a extensa carreira apoio ou reconhecimento pelo seu grande talento, como tiveram os seus dois colegas de inicio de carreira.
Sobre Lady Day, manteve postura cavalheiresca e, não desmentiu nem confirmou, quando questionei sobre os boatos envolvendo o seu nome, que se tornaram lendários na cidade, associados ao insaciável apetite sexual de Billie que dizia ser Teddy o seu favorito em L.A, pois, para ela, "Teddy's Ready" (Teddy estava sempre preparado). Inclusive, ele deu a um de seus memoráveis cds este titulo.
Apesar de “underated” Teddy permaneceu figura importante no cenário jazzístico do oeste Americano e ativo com sua musica até os seus últimos dias.
Contou-me que começou como membro da orquestra de Ernie Field logo que chegou em L.A em 1945. Trabalhou como altoista com Roy Milton e depois com a banda de Howard McGhee com quem ele gravou "The Duel" com Dexter Gordon em 1947.
Teddy era um líder nato e nesta condição trabalhou também com Max Roach & Clifford Brown (1954), Benny Carter (1955), e Benny Goodman (1964), e gravou em 1960 com Milt Jackson e Jimmy Smith.
Teddy era um líder nato e nesta condição trabalhou também com Max Roach & Clifford Brown (1954), Benny Carter (1955), e Benny Goodman (1964), e gravou em 1960 com Milt Jackson e Jimmy Smith.
Mas, foi através de seus próprios discos, Xanadu, Muse, Steeple Chase, Timeless, Antilles, Nothing but the Truth e Heart and Soul – que ele melhor registrou seu swing e musicalidade indiscutíveis e, composições. Tinha orgulho de dizer que Ernestine Anderson gravou e fez muito sucesso com sua composição “Don’t Touch Me”.
Retornei à Los Angeles em 2000 e nos reencontramos de forma mais calorosa e fraterna. Trocamos presentes e dele recebi três discos; Sunset Eyes, Good Gravy e Teddy’s Ready.
Faleceu em paz em Los Angeles em 2004.
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