Thursday, July 13, 2006


The look of wine and roses in the early springtime of my wonderful life. 1981

Friday, July 07, 2006



Humberto Amorim recebe certificado The Wine Century Club de Nova York 07 de julho de 2006.


MANAUS - Desde a antigüidade o vinho desempenha um papel de relevo em quase todas as civilizações. Apaixonado pela bebida, o enófilo amazonense Humberto Amorim, também apresentador do "Encontro com o povo" no Amazon Sat e do programa "Momentos do Jazz" na rádio Amazon FM, recebeu no final de junho o certificado do “The Wine Century Club”, de Nova York, que o selecionou para integrar o seleto clube. Com isso, Humberto torna-se o 10º enófilo brasileiro no “The Wine Century” – atualmente, o clube possui em seu quadro de afiliados 145 membros em todo o mundo. Para fazer parte deste clube seleto, o enófilo Humberto conta que foi preciso passar por uma prova com 100 perguntas sobre vinhos e uvas, na qual acertou aproximadamente 85% – média de aprovação do clube. Para ele, conhecer vinhos é preciso primeiramente gostar de beber, “afinal gosto não se discute, aprimora-se. Aprendi a distinguir o aroma, a conhecer a uva e gostar da bebida. Depois resolvi estudá-los”, conta ele, que também faz parte da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho de Manaus (SBAV/AM), onde assume a presidência em maio de 2007. Degustação Humberto conta que os membros da SBAV se reúnem uma vez por mês, em um lugar refrigerado, e cada um leva uma garrafa de vinho para que todos possam degustar. O enófilo ainda explica para os que querem se tornar um apreciador de vinhos é preciso, nada mais nada menos, do que gostar de beber vinhos. Para isso, Humberto indica o “Chateau Duvalier”, um básico vinho branco suave, mais apreciado pelas mulheres. Depois é só se deliciar com os vinhos tintos em diante e conhecer as grandes regiões produtoras de vinhos no mundo: Na Europa (França , Itália e Alemanha), nas Américas (Brasil, Estados Unidos, Chile e Argentina) e África do Sul e Austrália. Outro detalhe importante, o enófilo destaca: em Manaus, devido ao clima quente e úmido é necessário tomar vinhos somente em lugares refrigerados. “É uma ofensa tomar em lugares ao ar livre”, comenta. Outro destaque é que o vinho é uma bebida gastronômica, por isso só deve ser bebido juntamente com uma boa refeição, lembrando também que o vinho do Porto é ideal para sobremesas. “Combinar vinhos com comida é um dos grandes temores de quem está se iniciando na arte da degustação. Mas não existem grandes mistérios. O negócio é saber combinar”, declara. SK


Fonte: Em Tempo

Saturday, June 24, 2006




SBAV/AM - TRÊS ANOS, LÍQUIDOS E CERTOS!

JUNHO É O MÊS MAIS ALEGRE DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL. NELE EVOLUEM AS QUADRILHAS E DANÇAS , OS BOIS VERMELHO E AZUL BRILHAM NO FESTIVAL DE PARINTINS, OS MELHORES E DELICIOSOS QUITUTES E IGUARIAS TIPICAS DA ÉPOCA COMO O ALUÁ E BOLOS PODRES, SÃO PREPARADOS, MENOS QUE ANTES, MAS COM O MESMO ESMERO TODOS OS ANOS.
EM UM PASSADO NÃO TÃO DISTANTE, ARDIAM AS FOGUEIRAS NA FRENTE DAS CASAS, O “CORRE CAMPO” E “LUZ DE GUERRA”, BOIS DE PANO DA MINHA INFÂNCIA, VISITAVAM AS RESIDÊNCIAS NA VÉSPERA DAS NOITES DE SANTO ANTONIO, SÃO JOÃO E SÃO PEDRO E ERAM “DIVIDIDOS” PELO PAI FRANCISCO E CAZUMBÁ EM PEDAÇOS, PARA ATENDER AOS DESEJOS DA GRÁVIDA CATIRINA, E SEREM OFERECIDOS ÀS PESSOAS IMPORTANTES NA AUDIÊNCIA DA APRESENTAÇÃO NA SEGUINTE FORMA: E O PEDAÇO DO PEITO? VAI PRO PREFEITO. E O PEDAÇO DO FILÉ? VAI PRO PADRE JOSÉ.
AS CRIANÇAS ERAM QUEM MAIS CURTIAM TUDO O QUE ACONTECIA DURANTE AQUELA MARCANTE E INESQUECÍVEL PEÇA TEATRAL DE RUA.
FOI JUSTAMENTE NESTE MÊS DE ALEGRIA QUE UM GRUPO DE AMIGOS, ENTRE OS QUAIS TENHO A HONRA DE ME INCLUIR, LIDERADOS PELO EMPRESÁRIO E ENÓFILO CLAUDIO ALBERTO FELSENTHAL, EM UM MOMENTO DE EXTREMA LUCIDEZ, FUNDOU EM MANAUS NOS IDOS DE 2003, A “FILIAL BARÉ” DA SOCIEDADE BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO: A SBAV DO AMAZONAS - SBAV/AM.
DESDE ENTÃO O MOVIMENTO FLORESCEU E SISTEMATICAMENTE SÃO COLHIDOS OS FRUTOS QUE AMADURECEM NOS ENCONTROS MENSAIS E QUE SERVEM PARA SOLIDIFICAR CADA VEZ MAIS OS LAÇOS DE AMIZADE ENTRE OS ENÓFILOS QUE, ATRAVÉS DE UM CONVÍVIO SAUDÁVEL, DEMONSTRAM ENTENDER MUITO BEM AS PALAVRAS DO GRANDE POETA MARIO QUINTANA, QUANDO DISSE QUE “O MELHOR VINHO SÓ TERÁ O SEU REAL VALOR SE FOR DEGUSTADO NA COMPANHIA DE BONS E DILETOS AMIGOS”.
AS ALEGRES E DESCONTRAÍDAS REUNIÕES ENOGASTRONÔMICAS DA SBAV/AM, SEMPRE REGADAS POR EXCELENTES VINHOS PRODUZIDOS NO VELHO E NOVO MUNDO, SÃO ANCORADAS POR CARDÁPIOS ELABORADOS POR RENOMADOS CHEFS-GOURMETS DE MANAUS E JÁ ATRAIRAM “ENO-EXPERTS” DE PLAGAS FAMOSAS PELA PRODUÇÃO DE GRANDES VINHOS, QUE AQUI ESTIVERAM PARA TROCA DE INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS SOBRE A HISTÓRIA, AS VINÍCOLAS, AS UVAS E TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO E CONSUMO DO NOBRE FERMENTADO.
DENTRE AS VÁRIAS PERSONALIDADES QUE NOS DERAM A HONRA DA PRESENÇA, É UM “MUST” CITAR O MÉDICO E ENÓFILO EDÉCIO ARMBRUSTER DE MORAES (PRESIDENTE DA SBAV/SP), O VIGNERON MATTHIEU PÉLUCHON (DIRETOR DA IMPORTADORA TERROIR), O SOMMELIER DIONÍSIO PINTO CHAVES (BI-CAMPEÃO BRASILEIRO E VICE-CAMPEÃO LATINO-AMERICANO DE SOMMELIERS), O SOMMELIER ÂNGELO CARLO FORNARA (EXPAND WINE EDUCATOR DA EXPAND GROUP), O ENÓLOGO E VIGNERON MÁRCIO MARSON (DA VÍNICOLA MARSON), O ENÓLOGO E VIGNERON JOÃO VALDUGA (DA CASA VALDUGA), O ENÓLOGO PHILIPPE MÉVEL (DA MOET & CHANDON - FRANÇA), O ENÓLOGO MIGUEL ESTEVES RMÉDIOS (DA VINICOLA JMF - JOSÉ MARIA DA FONSECA, DE PORTUGAL), ENTRE OUTROS.
A SBAV/AM CONTA COM A PARTICIPAÇÃO DE 50 CONFRADES E CONFREIRAS QUE POSSUEM COMO OBJETIVO MAIOR A DIVULGAÇÃO, O APRIMORAMENTO DOS CONHECIMENTOS E A TROCA DE EXPERIÊNCIAS EM TORNO DO VINHO.
CLÄUDIO ALBERTO FELSENTHAL FOI O PRIMEIRO PRESIDENTE, E DURANTE A SUA GESTÃO BUSCOU ARDOROSAMENTE CONSOLIDAR E HARMONIZAR, ALÉM DE VINHOS E IGUARIAS, A AMIZADE ENTRE OS PARTICIPANTES DA ENTIDADE.
NO ANO PASSADO O BASTÃO FOI PASSADO PARA O MAIS PRESTIGIADO “CONNAISSEUR” DE NOSSA REGIÃO, O ENÓFILO PEDRO MISSIONEIRO DOS SANTOS, QUE OSTENTA VASTA EXPERIÊNCIA E PROFUNDO CONHECIMENTO, PRINCIPALMENTE SOBRE AS CASTAS E VINHOS FRANCESES, E SE DESTACA PELA COLABORAÇÃO COM A REVISTA “VINHO MAGAZINE”, PELO TREINAMENTO QUE DÁ A COLABORADORES DE BARES E RESTAURANTES E, RECENTEMENTE, PARA ALEGRIA DE TODOS OS SEUS AMIGOS E ADMIRADORES, PASSOU A INTEGRAR O FECHADÍSSIMO “THE WINE CENTURY CLUB”, COM SEDE EM NOVA YORK (USA), E QUE POSSUI EM SEU QUADRO DE AFILIADOS SOMENTE 91 APRECIADORES DE VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO, DOS QUAIS APENAS 6 BRASILEIROS.
OS ENÓFILOS DA SBAV/AM NÃO ESPERAM POR BAIXAS TEMPERATURAS PARA QUE O PRAZER DA DEGUSTAÇÃO DE UM BOM VINHO SEJA OBSERVADO, PRAZER ESTE QUE TEM SIDO CADA VEZ MAIS FACILITADO PELO FATO INQUESTIONÁVEL DE QUE, CONCOMITANTE (FELIZMENTE PARA OS ENÓFILOS EM GERAL) COM A IMPLANTAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO EM MANAUS, GARRAFAS DE EXCELENTES VINHOS PASSOU A PROLIFERAR NAS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS, ADEGAS DO PORTE DA TOP INTERNACIONAL, VINO Y VIDA, PALAZZOLO (DISTRIBUIÇÃO DA MISTRAL / MARSON / CASA VALDUGA) E DI BACCO, INCREMENTARAM AINDA MAIS AS SUAS ATIVIDADES E ATÉ MESMO ALGUMAS FARMÁCIAS (ACREDITE SE QUISER...), LEVANDO AO EXTREMO OS PODERES TERAPEUTICOS DO VINHO, PASSARAM A PRATICAR A SUA COMERCIALIZAÇÃO.
LÁ SE FORAM 03 (TRÊS) ANOS INESQUECIVEIS DE MUITA AMIZADE E FRATERNIDADE. OUTROS MELHORES COM CERTEZA ESTÃO A CAMINHO! POR ISSO, ERGO MINHA TAÇA DE CARMÉNÈRE E ROGO AO DEUS BACO PELA SAÚDE, FELICIDADE, SORTE E LONGA VIDA DE TODOS OS MEUS QUERIDOS CONFRADES E CONFREIRAS QUE, PELO PRIVILÉGIO DE APRECIAREM E DEGUSTAREM A MAIS HIGIÊNICA E SAUDÁVEL DAS BEBIDAS, LEVAM SUAS VIDAS DE MODO INQUESTIONAVELMENTE LÍQUIDO E CERTO!
Veni, Vino, Vici !!!


Humberto Botelho de Amorim
SBAV/AM - Diretor de Relações Públicas e Divulgação
22 de junho de 2006.

Thursday, June 22, 2006







Festival Internacional

É assim que se toca Jazz

Com o objetivo de incluir o Amazonas no roteiro dos grandes festivais internacionais de Jazz e valorizar o conhecimento da população amazonense será realizado nos dias 20 a 23 de julho o “1º Festival Internacional de Jazz”, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (SEC) e empresa Coca-Cola. O evento ainda conta coo shows, palestras, oficinas e worshop irão acontecer no Teatro Amazonas e Centro Cultural Largo São Sebastião.
Estudioso do gênero
Um dos convidados locais, Humberto Amorim (55), que também será um dos palestrantes, é um profundo conhecedor do gênero. Durante o evento, ele conta que promoverá palestra sobre a história do Jazz e influências do Jazz em todo o mundo. Entre uma explicação e outra, ele apresentará sua banda All That Jazz Band, que tocará músicas do primeiro disco de jazz (gravado em 1919) do grupo Odjb – Old Dixieland Jazz Band. “Essa apresentação será feita para que as pessoas que não conhecem tenham noção do que é este gênero verdadeiramente”, comenta.
A banda All That Jazz Band é formada por seis integrantes: Humberto Amorim(vocal), Leonardo Pimentel(bateria), Roger Vargas(baixo acústico), Robson Silva(piano), Cláudio (trompete) e Cleider (clarineta). “O grupo está em formação há três meses. Estamos ensaiando todas as quintas-feiras e já temos mais de 50 músicas no repertório”, disse. Artistas como Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Ted Wilson são algumas das referências do grupo. O grupo se apresenta todos os sábados no Café Adrianopolis (na rua Salvador, 195).
Humberto Amorim, também é jornalista e apresentador do Programa Encontro com o Povo (Amazon Sat) e “Programa Momentos do Jazz” (Rádio Amazonas Fm), além de Tradutor, Intérprete Simultâneo de Eventos diplomado pela University of Michigan (USA) e University of Cambridge (England), e Enófilo. No inicio da década de 70 morou nos Estados Unidos e lá despertou para o gênero musical através do saxofonista Stan Getz, que morava perto de sua casa. Segundo ele, Stan Getz foi uma referência mundial.
O palestrante Humberto ainda conta que por meio do seu programa de rádio “Momentos do Jazz”, ele está prestes a entrar no Guiness Book, livro dos recordes. “O programa existe há 11 anos, vai ao ar todo domingo, de 22h à meia-noite. E o Guinness Book está pesquisando sobre o programa, que é o único programa de jazz apresentado por um mesmo locutor, na mesma emissora e no mesmo horário há tanto tempo”, declara. Para participar desta pesquisa, Humberto conta que ele prencheu dois formulários e já foi informado que estão investigando se realmente o programa é o único no Brasil. Caso seja confirmado ele entrará para o livro dos recordes. “Eu pessoalmente acho que o fato do programa ser em Manaus, no coração da selva amazônica, como eles acham, foi o que os deixou com a pulga na orelha”, comenta.
Amazonense de destaque
Outro destaque dos artistas locais convidados é Ítalo Jimenez (foto), que começou na música muito cedo, destacando-se como músico instrumentista-saxofonista. Jimenez participou de diversos grupos instrumentais em Manaus, como Blues na Floresta, Jazzmania, Codajazz e Brasilis; e em São Carlos (interior de São Paulo) desenvolveu um trabalho com o grupo instrumental Selva Caipira. Atualmente é saxofonista solista da Orquestra Amazonas Band – regida pelo maestro Rui Carvalho e também ministra aulas particulares e no CCCS de saxofone, despertando o interesse dos jovens pela música e é claro pelo saxofone! Gravou um CD solo intitulado “Codajazz” dentro do projeto “Valores da Terra”, lançado oficialmente em São Paulo e o CD “Pela Margem” com o grupo instrumental Blues na Floresta.
Segundo Ítalo, já tocou ao lado de grandes nomes do jazz, como Maestro Branco, Proveta, Vinicius Dorin, Daniel Barry e Steve Mostovoy através do projeto “Amazonas Band Convida” e com Nivaldo Ornelas, Mauro Senise e Idriss Boudrioua, em outros momentos. Durante o festival Ítalo Jimenez e Grupo Brasilis, trazem no repertório grandes composições como: Codajazz (Italo Jimenez/Bernardo Lameiras); Lamentos (Pixinguinha); A rã (João Donato) e Capivara (Hermeto Pascoal). Os integrantes da banda são: Ítalo Jimenez (sax alto, soprano e flauta), César Serafim (teclados), Stanley Wagner (guitarra), Hudson Alves (baixo elétrico), Lucio Flávio (bateria) e Knison (percussão).
O Secretário de Cultura, Robério Braga antecipou a programação e informou que para a realização deste evento serão gastos 500 mil reais, sendo 350 mil patrocinado pela Coca-cola e 150 mil pelo Governo do Estado.
Audrey Bezerra - Jornal Amazonas em Tempo - 22.06.2006

Tuesday, June 13, 2006


Tortura e Êxtase dos Torcedores: Viva o Futebol Mundial.

Por Humberto Amorim* em 10/06/2006

Tenho assistido pela televisão com muito entusiasmo a reapresentação dos melhores momentos das Copas do Mundo. O roteiro obedece à narração impecável em perfeita sintonia com imagens emocionantes que colocam o telespectador numa gangorra sentimental; ora em câmara lenta, ora em “close-up” que mostram toda alegria e desespero dos torcedores, principalmente quando o jogo é decido nos pênaltis.Embora saiba dos resultados, não importa, é impossível exorcizar a tensão perturbadora de uma final de copa decidida nos pênaltis. Alguém que viu, consegue esquecer o chute do Baggio para fora? Reparou no silêncio e a angústia quando o juiz apita o fim da partida, quando todo mundo – os de lá e os da nossa torcida, percebem que o título vai ser decidido em cinco chutes? A decepção e tristeza no rosto dos torcedores quando o pênalti é desperdiçado. Impossível por exemplo, apagar da memória quando o Zico, hoje técnico do Japão, apunhalou o coração de tantos brasileiros ao errar aquele pênalti na Espanha.O bom mesmo é a alegria e o alívio que seguem com a bola quando ela fulmina o fundo da rede adversária. De repente, em um chute, o nosso time vence e o desvario é geral. Gritamos até perder o ar dos pulmões, pulamos abraçados a estranhos, fazemos gestos obscenos e xingamos os adversários. Gente que você nunca viu. Tudo é a mais completa alegria desvairada.Alegria? pelo quê? A vitória do time traz algum beneficio real? Claro que não. Acrescenta alguma coisa a sua vida? Também não. E a fúria? De onde vem este ódio tão sanguinolento quanto injustificável quando o juiz, o bandeirinha cometem um erro ou o jogador adversário uma jogada desleal?Então por que sofremos, nos alegramos e nos enfurecemos por um time, uma coisa com a qual não temos nenhum vinculo palpável? O que há no futebol que causa tanta comoção? A resposta para estas perguntas é a mais simples possível: o torcedor gosta de futebol por causa da emoção. De repente pode sorrir e chorar incontrolavelmente.Estão falando que esta seleção de 2006 está igual a de 1982, muito tranqüila, cheia de si. Segundo os “experts”, isso não é bom. Otimismo demais faz com que os jogadores esqueçam que todos têm como objetivo derrotar a Seleção pentacampeã do mundo.Quer saber de uma coisa? Eu não estou preocupado com nada disso. Sendo botafoguense por toda minha vida, aprendi que o bom de tudo isso é que no final, foi tudo uma grande e emocionante brincadeira. A vida volta a seguir o seu curso normal após a partida. Uns celebrando a vitória e outros falando mal do time e da mãe do juizNão tem problema. Na segunda a gente enfrenta a gozação e na terça ninguém mais se lembra. Todos já estão se preparando mental e emocionalmente para mais outra grande partida. ou será que é melhor dizer desforra?Que ninguém ouse duvidar: vamos torcer com paixão sem limites para que a seleção canarinho traga o Hexa para os filhos e filhas desta mãe gentil , a nossa Pátria Amada, Brasil. Que vença o melhor!

Thursday, June 08, 2006



Diga espelho meu:
-Existe alguém mais feliz que eu?

Aniversário do meu amado filho Nicholas Artanis. Na foto ao lado, ele sendo abraçado pelas sua irmãs, minhas filhas Deborah e Nicole Amorim.
07 de junho.

Thursday, May 25, 2006


Sentados em um barril de pólvora

Por Humberto Amorim* em 24/05/2006

Brasileiro tem o hábito de fechar a porta depois que o ladrão entra. Infelizmente, os acontecimentos que ultimamente têm alimentado as manchetes,matérias e editorias de grandes jornais e cadeias de televisão, deixam isso bem claro. Segundo relatos mais recentes, os episódios que se seguiram a explosão de violência em São Paulo foram precedidos de alguns sinais de fumaça emitidos pelo vulcão de violência instalado nas penitenciarias do mais poderoso Estado do Brasil, que foram desdenhados e totalmente ignorados pelas principais autoridades competentes do setor de segurança. Somente depois que o vulcão explodiu, ceifando covardemente as vidas de gente honesta e trabalhadora e atentando contra as instituições publicas é que ações de repressão aos ataques por parte do estado foram tomadas.Existem muitos fatos que continuam a estarrecer a sociedade acerca do sistema prisional no Brasil. Presídios lotados, corrupção, falhas na segurança e falta de alternativas para evitar a ação dos criminosos, são os principais. Nos países do primeiro mundo, bandido servindo pena não tem privilégios. O regime reinante nos presídios é de obediência às regras, muita disciplina e trabalho.Quem escrever fora da cartilha, é punido sem apelação. Afinal de contas, é isso que se espera do Sistema Prisional: que o preso cumpra a sua pena, seja reabilitado e devolvido à sociedade.No caso do Brasil onde inexiste a vontade política para investir no sistema, as penitenciárias são depósitos de presos, escolas do crime para os novatos e quartel-general para os chefões do crime organizado, isto ainda é um sonho muito distante da realidade.A situação nos presídios de Manaus não difere do resto do país. Precisamos estar alertas aos sinais que correm na imprensa de que rebeliões estão sendo programadas para acontecer nos próximos dias. E, se estamos sentados em um barril de pólvora prestes a explodir, a sociedade deve fortalecer o gênio do bem na luta contra o gênio do mal, permanecendo coesa no apoio às ações eficientes de repressão por parte das forças de segurança publica.Por sua vez, todos os setores de segurança devem unir capacidade e inteligência para se manter na vanguarda de acontecimentos que porventura estejam sendo planejados pelo crime organizado que deve, pelo menos aqui, ter seu círculo de influência interrompido com o máximo rigor.

Monday, May 22, 2006




GILBERTO MESTRINHO E OS DOIS LADOS DA MOEDA.



Entrevistei no programa “Encontro com o Povo” pelo Amazon Sat nesta última quinta-feira, o senador Gilberto Mestrinho que acaba de completar 78 anos de idade. O velho Boto, tal qual Frank Sinatra que manteve o mesmo repertório musical ao longo de sua brilhante carreira, continua com o mesmo discurso contra os “exageros dos eco xiitas ” que segundo ele, posicionam a preservação da floresta como sendo mais importante que o homem amazônico e os mesmos chavões: “Se o povo quiser serei candidato novamente..., “Sempre amei o Amazonas mais do que as mulheres...”, “O Brasil trata árvore como Indiano trata vaca..”. Estes são apenas alguns dos trapézios verbais que o tem mantido no poder por tanto tempo.
O homem demonstra firmeza de propósitos sem igual, e quem duvidar, é só dar uma olhada nos números da sua última eleição vitoriosa ao senado quando recebeu nas urnas 405 mil votos em todo Estado do Amazonas.
De volta a tranqüilidade de minha casa, lembrei-me de um antigo episódio que teve o velho senador como ator principal e que até hoje guardo como uma lição, principalmente, para aqueles que sonham com o poder como meta de conquista.
Depois de ter sido massacrado pelo resultado das urnas na eleição para prefeito de Manaus em 1988, Gilberto Mestrinho fez exatamente o que fazem os perdedores nestas ocasiões: enfiou com toda dignidade que lhe é peculiar a sua viola no saco e foi cantar em outra freguesia. Passou um tempão se fingindo de morto para enganar os bobos na casca do ovo.
Nesta época eu produzia e apresentava um programa domingueiro de 8:00 horas ao meio dia pela Radio Amazonas FM que se chamava “Oficina de Turismo”. O formado era inovador e irreverente. Tocava do jazz ao brega, entrevistava personalidades, políticos, cozinheiras, taxistas, prostitutas, travestis, cheira-colas (recebi um prêmio da hoje extinta Associação Amazonense de Imprensa que na época tinha como presidente o atual Deputado Federal Francisco Garcia, por ter levado pela primeira vez ao estúdio de uma radio cinco meninos de rua que detonaram a policia e seus métodos, o aliciamento dos homossexuais em troca de cola de sapateiro e dinheiro) e comentava sobre um determinado assunto que escolhia a dedo durante a semana. Geralmente, após a minha abordagem, pelo telefone os ouvintes manifestavam-se a favor ou contra, ao serem colocados no ar.
Lembro-me de uma vez em particular quando com muita veemência critiquei as centenas, talvez milhares de “cabocas” de Manaus por estarem pintando os belos e brilhosos cabelos negros, de amarelo, macaqueando uma artista da novela que fazia muito sucesso então. Passeando pela Eduardo Ribeiro aos sábados a impressão era de estar nas ruas dos países da Escandinávia, lotadas de louras.... todas falsas. Como vaticinou o poeta Aldisio Figueiras, Manaus jamais será Liverpool, mas certamente já teve realçado o seu lado Estocolmo (sic), pelo menos nos cabelos de suas mulheres.
Meu comentário deu muito pano para manga e me presenteou com a amizade que cultivo até hoje do meu confrade de diretoria na Associação Brasileira dos Amigos do Vinho, Pedro Missioneiro, um dos ouvintes que se manifestou a favor de minha critica.
Voltando ao eixo deste artigo. Certo dia telefonei, no finalzinho de 1989 para o então cidadão comum sem-mandato Gilberto Mestrinho, pois havia sido informado que ele, na surdina, já havia visitado mais de trinta municípios do Amazonas, como parte da estratégia de retomada do poder, desta vez como candidato a Governador do Estado e que se encontrava em Manaus repousando da maratona interiorana naquele fim-de-semana. Quem atendeu a ligação foi seu fiel escudeiro e sempre gentil Antonio Bentes Pacheco. Aguardei por alguns instantes e de repente escutei a voz do Professor que já veio me saudando efusivamente, perguntando como ia a minha família, o meu trabalho e arrematou dizendo que estava com saudade de nossas entrevistas. Eu então, de forma bem pragmática fui direto ao ponto: convidei-o para relatar o estado em que se encontravam os municípios por ele visitados numa entrevista ao programa. Meu convite foi aceito de pronto e agendamos para o domingo as 8:30 horas nos estúdios da Radio Amazonas.
O domingo amanheceu muito nublado e por volta das 8 horas começou a desabar um toró sobre Manaus, para dorminhoco nenhum colocar defeito. Fiquei apreensivo pois havia divulgado a entrevista a exaustão, esta seria a primeira que ele daria depois que perdeu a eleição e aquele dilúvio parecia que ia colocar areia no meu pirão. Para minha surpresa e gáudio, bate o telefone do estúdio, era a portaria me comunicando que um senhor se auto-denominando “ governador Mestrinho” estava a minha procura. Chovia a píncaros.
O estúdio da Radio Amazonas ficava no final de um grande e bem arborizado terreno baldio onde hoje se encontra o edifício-sede da Rede Amazônica de Televisão. Entre a portaria e a porta do prédio, muita lama, bota lama nisso. No meio do lamaçal caminhando sobre uma ponte improvisada de pranchões, lá vinha ele, amparado por Pacheco, com as calças enroladas, de alpercatas, disputando a proteção de um pequeno guarda-chuva.
A presença dele no programa foi um sucesso de audiência. Entrevista que é bom, quase nada. Tomou conta do programa, escolheu músicas, conversou com os ouvintes pelo telefone, ouviu pacientemente todas as denúncias, queixas e lamúrias, fez promessas e apontou para as soluções, se fosse reconduzido ao Palácio Rio Negro. Encerrou a participação dizendo aos ouvintes: “Se vocês quiserem, eu serei candidato a Governador, fiquem tranqüilos”.
Despediu-se com um abraço fraterno e assegurou que a primeira entrevista como governador-eleito seria para mim. O cidadão Mestrinho deixou o estúdio com o astral mais em cima. Lá fora, o ruído da chuva que não dava trégua, continuava.
Em Dezembro de 1990 , após as eleições, Gilberto eleito, dito e feito. Antonio Pacheco me liga e pergunta onde e quando seria entrevista.

Thursday, May 18, 2006


O maior ecologista da Amazônia é o mosquito da malária

Por Humberto Amorim* em 17/05/2006

A partir da década de 70, com a Política do Governo de promover a integração e desenvolvimento econômico da Região Amazônica, foram abertas várias estradas,construídas usinas hidrelétricas, ativados diversos garimpos e lançados grandes Projetos de Colonização e Reforma Agrária.Estes fatores provocaram um crescimento demográfico acentuado e desordenado devido a atração de mais de 1 milhão de pessoas para região, causando ocorrências de epidemias de malária dispersas em toda Amazônia, sem a necessária estrutura de saúde apara atender a população.Segundo as declarações do Ministro da Saúde Agenor Álvares, que esteve neste fim de semana em Manaus, em 1999 foram registrados mais de 600 mil casos de malária na Amazônia Legal, região que concentra mais de 99% das ocorrências no Brasil.No ano 2000, concomitante ao processo de descentralização das ações da Vigilância em Saúde, que instituiu o repasse de recursos para estados e municípios certificados na modalidade fundo a fundo, por intermédio do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, o Ministério lançou o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal.Para viabilizar a execução das ações de Vigilância em Saúde o Ministério da Saúde em 2003 repassou para os fundos municipais e estaduais de saúde, recursos de onze milhões setecentos e quarenta e seis mil reais. Em 2004 a verba foi de cento e dezoito milhões seiscentos e sessenta e um reais em 2005 cento e quarenta e um milhões oitocentos e nove mil reais. Estima-se que 70% desses recursos são aplicados no controle da malária, pela maioria dos estados e municípios da Amazônia Legal. Atualmente, os 808 municípios da Amazônia Legal contam com 3.075 laboratórios para diagnóstico da malária, 14.005 unidades de notificação da doença e 40.516 agentes de saúde envolvidos no controle da endemia, além de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para atenção ao paciente, atendendo 129.923 localidades. Essa ampla rede de laboratórios e tratamento possibilitou, em 2005, a realização de mais de três milhões de exames para o diagnóstico e acompanhamento de casos de malária, bem como o tratamento de todos os casos diagnosticados, inteiramente grátis para a população.Apesar de todos os recursos investidos e esforços envidados pelo Ministério da Saúde no ano de 2005 foram notificados 600 mil casos de malária, correspondendo a um aumento de 29% em relação a 2004. Esta frustrante constatação deveu-se principalmente a intensa e desordenada ocupação das periferias das capitais dos estados do Amazonas e de Rondônia e no município de Cruzeiro do Sul no Acre. Esses municípios concentram 26% dos casos de malária da Região.O desmatamento para extração de madeira, criação de gado, agricultura e assentamentos não oficiais também tem contribuído para o aumento da transmissão da doença. Um novo fator colaborador que se fosse mencionado a dez anos ninguém acreditaria, é o aumento dos criadouros do mosquito vetor da malária em função da atividade de piscicultura, com a construção de tanques artificiais, seja nos quintais dos domicílios ou nas periferias de diversas cidades.O abandono de milhares de tanques no interior, principalmente em Cruzeiro do Sul no Acre, tem agravado ainda mais este quadro.Felizmente nem tudo é motivo para alarme. Rigoroso monitoramento dos programas implantados em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde e instituições de pesquisas da Amazônia, possibilitou detectar o inicio da resistência do Plasmodium falciparum, parasito transmissor da forma mais grave da malária, ao sulfato de quinina. A partir desta informação, o Ministério adotou providencias para importar uma nova droga, que já foi testada no Brasil e que tem eficácia e efetividade constatadas, para substituir aquela medicação. Ainda neste mês e maio será implantado este novo tratamento para malária falciparum. Por outro lado, os efeitos desse acompanhamento sistemático já surtiram efeito no primeiro trimestre de 2005, com a redução dos casos de malária em todos os estados, exceto no Acre.Uma coisa é certa, embora a malária continue sendo um grave problema de saúde pública na Região Amazônica, a sua incidência pode ser reduzida pelas ações dos serviços de saúde, como já demonstrado no país, neste e em outros contextos.A nova dinâmica de transmissão é muito influenciada pelo crescimento desordenado das cidades médias e grandes da Região Norte. Por isso o Ministério da Saúde desencadeou amplo processos de mobilização de forças multisetorias, principalmente dos gestores de saúde nos estados e municípios da Região Amazônica. O objetivo é a promoção articulada da ordenação de movimentos populacionais, com priorização, em suas respectivas agendas, das ações de vigilância, prevenção e controle da malária.Finalmente acho bom esclarecer o titulo deste artigo. Maca é um cantor-compositor muito conhecido em Manaus e é dele a música “O Mosquito da Malária”. Retirei uma estrofe de seus versos para lembrar a todos que o mosquito da malária através dos séculos, até a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, onde ocorreu no inicio do século passado a maior explosão da doença com milhares de vitimas fatais, estava lá no seu cantinho no topo das árvores se alimentando de roedores até que um dia chegaram os predadores humanos e começaram a derrubar as árvores, ato contínuo, deu nisso tudo que acabamos de constatar.O artigo acima é de responsabilidade do autor. Não reflete necessariamente a opinião do Portal Amazônia ou do grupo Rede Amazônica. Opiniões devem ser enviadas para botafogoamorim@uol.com.br


Guerreiras Amazonas da modernidade clamam por seus direitos

Por Humberto Amorim* em 03/05/2006


Há três anos uma luta silenciosa e aguerrida tem sido mantida pelas guerreiras amazonas da modernidade, muito parecidas com àquelas avistadas pelo explorador espanhol Francisco Orellana no município de Nhamundá no Amazonas nos idos de 1540, que removiam um dos seios para melhor utilização do arco e flecha durante as batalhas. As guerreira de hoje também tiveram um ou os dois seios removidos (mastectomizados), mas por outra causa: sobreviverem para continuarem no campo de batalha contra o câncer mamário. A luta é motivada pelo desafio de conseguir para todas que foram submetidas ao procedimento de mastectomia, a reconstrução das mamas, principalmente para aquelas mulheres que não dispõem de recursos para pagar uma oncoplástica na rede particular de saúde em Manaus. Os maiores entraves encontrados pelas dirigentes do Centro Integrado Amigas da Mama (Ciam) que tem a coordenação de Joana de Fátima, são a falta de apoio governamental e o desinteresse pela causa. O Ciam é uma ONG não governamental que sobrevive com certa dificuldade e muita dignidade desde 1999. É formada por um grupo de voluntárias que tem como sede uma casa alugada que fica em frente ao Hospital do Câncer, para facilitar a ida e vinda dos pacientes que visitam a casa por períodos que vão desde a notificação da doença até o final do tratamento. As amigas da mama querem tão somente fazer valer os direitos previstos pela lei 9.797 de maio de 1999 que obriga o SUS a realizar a reconstrução mamária nas pacientes que foram submetidas à mastectomia radical desde que tecnicamente possível. É preciso deixar claro que este procedimento cirúrgico faz parte do tratamento do câncer de mama e não é de forma alguma um mero capricho de vaidade. A mutilação feminina acarreta transtornos e perdas quase irrecuperáveis, tendo em vista que a mama simboliza a não só sexualidade da mulher como também o divino evento da maternidade.Essas bravas guerreiras têm feito de tudo; já recorreram ao ministério público Estadual em 2005 quando do II FÓRUM FEMININO DE LUTA CONTRA O CÂNCER e em 2004 a uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado.Até agora, estão pregando no deserto.Para se ter uma idéia da gravidade, de 2000 até hoje foram realizadas apenas 18 reconstruções no âmbito público estadual; em contra-partida na Fundação Cecon 93 mastectomias radicais foram realizadas em 2005. Até quando mulheres tão sofridas com diagnósticos de câncer lidando com o medo, o pânico de um recidiva da doença ou de uma metástase, com tamanha mutilação, terão que lutar pelo óbvio? Estão cogitando uma medida radical para chamar atenção da sociedade: descer a Avenida Eduardo Ribeiro encapuzadas com os seios à mostra. A quem de direito fica a questão: será preciso chegarem a tanto?O artigo acima é de responsabilidade do autor, não reflete necessariamente a opinião do Portal Amazônia ou do grupo Rede Amazônica. Opiniões podem ser enviadas para botafogoamorim@uol.com.br

Liberdade, ainda que tardia

Por Humberto Amorim* em 13/05/2006

No dia 13 de maio de 1888 a Princesa Imperial Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, filha do Imperador D. Pedro II, também conhecida como “A Redentora”, assinou a Lei Áurea que sancionou a extinção da escravidão, tornando o Brasil no último país a por fim ao período de escravatura nas Américas. Pelo feito recebeu de SS o Papa Leão XIII a Rosa de OuroNão resta a menor dúvida que este acontecimento foi um marco importante para o que deveria ter sido o inicio da integração social dos negros na sociedade brasileira. Infelizmente, não foi observado após a assinatura da famosa lei, nenhuma providência por parte dos mandatários da época, para que tal acontecesse. Os negros ex-escravos foram literalmente largados ao Deus dará, continuando a exercer funções que geralmente incluíam os trabalhos pesados, domésticos e o que hoje muito bem conhecemos como biscate.Tá na cara que o Brasil jamais foi exemplo de democracia racial. Muito embora numa certa época o discurso oficial do governo central seguisse na trilha do suposto “exemplo de integração racial”. Era só pra Inglês ver. Os antigos senhores da senzala, depois que os ventos da liberdade começaram a soprar para os negros, voltaram a preferência e simpatia para a mão-de-obra dos imigrantes italianos e alemães que ao chegar, além das boas-vindas, recebiam com as benesses do poder central, um pedacinho de terra pra construir uma tapera e iniciar uma atividade agrícola.Enquanto isso, ao abandonarem os campos de cana-de-açúcar e de algodão, os negros que decidiram desfrutar da “novel liberdade” se dirigindo aos centros urbanos, foram parar direto nas cozinhas, no cais do porto e calçadas da cidade pra viver de viração defendendo o pão-nosso-de-cada-dia.Ao cair da noite seguiam em direção aos locais que lhes era oferecido pela Mãe Natureza no topo dos morros ou lugares onde “não mora ninguém”.Acabaram por inventar os barracos dando forma ao que hoje se constitui em uma das marcas registradas deste país: as favelas.As crianças não estudavam e permaneciam sem qualquer formação técnica. Para elas era reservada a tarefa de ajudar aos pais na labuta diária.Na verdade não é difícil chegar a uma lamentável constatação pela comparação dos acontecimentos que marcaram o passado longínquo, com acontecimentos iguais nestes novos tempos: a grande maioria dos negros continua acorrentada á pobreza, a falta de acesso a educação, de oportunidades justas e igualdade social. Pra isso meus amigos, não tem Lei Áurea que dê jeito.Ao longo dos anos, a celebração é voltada para assinante da lei e não para as conquistas sociais que dela deveriam ter derivado.Pensando bem, vai ver que é por isso que é melhor deixar o 13 de maio ficar como sempre foi: o dia da Princesa. O importante é permanecer irredutível nas trincheiras da luta pelos direitos civis, pois o que a maioria dos negros brasileiros mais precisa hoje em dia é das ferramentas indispensáveis ao crescimento pessoal, de liberdade, ainda que tardia, para o exercício da cidadania.

OITO ANOS SEM SINATRA
(14/05/1998 – 14/05/2006)


Quando Frankie morreu ao cair da noite fatídica do dia 14 de Maio de 1998, a exatamente oito anos, a noticia foi publicada nas primeiras páginas da grande maioria dos jornais do planeta. Muitos lançaram edição extra com suplementos especiais.
Houve pouco alarde, pouca surpresa por parte das hordas de fãs espalhadas pelo mundo. The Chairman-of-the-board vinha com a saúde deteriorando paulatinamente a algum tempo e o compasso de espera era pelo pior. Ele já tinha vivido demais, por esta razão as colunas de obituário possuíam farto material para publicar sobre a sua existência, os seus tempos memoráveis.
A ocasião tornou obrigatório divulgar sua vitórias e derrotas, a saga familiar, seus quatro casamentos, suas batalhas físicas e verbais com repórteres e fotógrafos. Era preciso muito tempo e palavras para descrever todos os seus romances com detalhes. Ava Gardner em especial. Havia informação de sobra sobre o seu destempero, brutalidade e crueldades quando tomado pela bebida.
Por alguns foi descrito como canalha, por outros como um monstro cujo comportamento só era redimido pelo seu talento. Também havia os episódios de sua odisséia política que pendeu, ora para esquerda, ora para direita. Era preciso esmiuçar a pecha de mafioso que lhe rendeu o envolvimento com os membros do mob Italiano da época, parte inevitável de sua história de vida.
Por outro lado, eram inquestionáveis os relatos de sua imensa generosidade para com os amigos, estranhos e os bilhões de dólares que angariou para doar a tantas entidades de auxilio aos carentes no mundo inteiro. Sem meias palavras: Ol`Blue Eyes era indubitavelmente um ser complicadíssimo.....
Mas a grande verdade é que o King of the Hill, depois de milhares de cigarros Camel, incontáveis doses do mais puro Jack Daniels, estava velho demais e como acontece a todos nós quando envelhecemos, suas engrenagens estavam desgastadas. Ele abusou de seu corpo como quis, além dos limites, ter chegado aos oitenta e dois anos de idade foi um triunfo sobre as probabilidades, um golpe de sorte.
Foi-me muito difícil ler nos jornais e ver na televisão tudo isso, narrado por pessoas destituídas do sentimento Sinatriano, da magia da época gloriosa que ele ajudou a esculpir com figuras não menos fabulosas como Cole Porter, Irving Berlin, Peggy Lee, Gordon Jenkins, Louis Armstrong, Duke Ellington, Billie Holiday, The Rat Pack e tantos outros. Só conseguia mentalizar a importância de Vagabond Shoes para tanta gente e como continuará sendo, nos anos que ainda estão por vir.
O radio foi o melhor veículo de transporte mental à sua marcante personalidade e genialidade musical. Sabe por quê?
Porque lá estava inteira a música de Frank Sinatra, a força propulsora de sua vida. Se não houvesse a música ninguém teria escrito aqueles longos obituários e não teria havido os especiais na televisão.
Agora que Sinatra saiu de cena, levando consigo a sua raiva, generosidade e estilo pessoal, a música permanece. E no futuro vai estar presente, não importa o que venha a acontecer com a sempre evolutiva cultura popular.
Meu filho Nicholas Artanis, minha neta Sofia Nelson seguramente não irão curtir a musica de Sinatra da mesma forma que a minha e outras gerações curtiram. Mas a arte maior sempre haverá de prevalecer. Muito depois da morte do virtuoso saxofonista Charlie Parker a sua leitura dos blues urbanos continua inebriando, Billie Holiday continua sussurrando a sua angústia, Mozart ainda explode de alegria através de suas sinfonias. No frigir dos ovos, é a emoção que a musica deles nos causa, quando a ouvimos, que figura como importante.
Todos os dias, alguém nas grandes cidades, nos pequenos vilarejos mundo a fora, descobre a arte destes monstros sagrados e se encontra com a qualidade misteriosa que torna o ouvinte mais humano. Emocionando através do dom musical, grandes artistas da musica transcendem a solidão dos indivíduos e se tornam cúmplices da maior de todos as dores, a dor da saudade.
No triunfo final sobre a banalidade da morte, estes gênios do passado continuam a fazer a diferença nas nossas vidas. Como Francis Albert Sinatra.

Wednesday, May 03, 2006




Luiza e nosso filho Nicholas Artanis no momento relax.

Monday, May 01, 2006




Estas imagens dizem tudo para mim.

Tuesday, April 25, 2006






Autênticos Botafoguenses.(No domingo de Abril em que o Fogão sagrou-se Campeão Carioca 2006)



Com o meu mui amado e maravilhoso filho Nicholas Artanis durante nosso almoço de sábado - Abril 2006


Conheci Eládio quando ele trabalhava como garçon no Mandy's Bar do extinto Hotel Amazonas em 1999. Sempre atencioso, conquistou a amizade de muitos que frequentavam o melhor bar-boite da cidade. Lá também conheci o maestro-pianista Gêre com quem cantei na noite de Manaus pela primeira vez.

Nesta foto ele está ao lado de meu filho Nicholas Artanis no Novotel Manaus onde atua com a mesma dedicação e profissionalismo de sempre. 2006



Com meu amigo Pedro Missioneiro com quem compartilho grande amizade e atividades na diretoria da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (SBAV-AM) desde a fundação em Junho de 2003.

Ai estamos descontraida e merecidamente degustando um excelente Carmenere Gran Tarapacá numa bela manhã de sábado no Novotel-Manaus.

Sunday, April 23, 2006

UMA CONVERSA CHEIA DE MISTÉRIO!


Trechos da conversa mantida entre o ex-Prefeito do Municipio Amazonense de Nova Olinda do Norte José Gomes de Albuquerque (1977-1982) com um americano técnico da Petrobras. (publicado pelo Jornal "A Critica" em 07 de Abril de 1980)


Ex-Prefeito: " O gringo era meu amigo. Todos os dias ia passear no meu sítio, aqui perto da cidade. Quando veio a notícia de que a Petrobras ia fechar os poços de petróleo e se retirar da região, o americano foi se despedir de mim lá no sítio. Perguntei a ele se o petróleo encontrado ali não seria explorado".

Americano: Oh! petróleo aqui ser bom, Amazonas onde furar jorra petróleo.

Ex-Prefeito: E aqui em Nova Olinda?

Americano: Aqui bacia de petróleo. Poço de petróleo bastante comercial.

Ex-Prefeito: E então, por que não retiraram este petróleo?

Americano: Oh! Petróleo no Amazonas, no pra mim, no pra você, talvez pra essa criança. (disse apontando para meu filho que na época tinha seis anos e estava do meu lado).

Ex-Prefeito: Por isso mesmo é que a gente fica sem fé, quando sabe que até um técnico americano confirmou sobre a riqueza do nosso petróleo. Fiquei impressionado e perguntei dele o por quê daquilo tudo.

Americano - '"ISSO RESERVA DO MUNDO", missão do governo americano e brasileiro só pesquisar.'



FATO CURIOSO: O PONTO DE PARTIDA PARA O SEGUNDO ROUND SAIU DO BICO DE UMA CANETA BIC.


Conheci e mantive agradável conversa durante minha visita à Nova Olinda do Norte com o Sr. Gumercindo Silva.
Homem muito respeitado e exaltado pela população do municipio é considerado por todos como o responsável direto pela mudança dos rumos na questão da reserva de sal de potássio ( silvinita ) estimada em mais de 1,06 bilhões de toneladas e avaliada em 178 bilhões de dólares e que se extende pelas terras de Nova Olinda e de seis outros municipios.
Tudo isso baseado no fato incontestável de que foi o Sr. Gumercindo, que é mineiro de nascimento e está no Amazonas desde 1959 quando aqui chegou como funcionário do Banco do Brasil, quem escreveu com muita determinação desde 1986, cartas que foram dirijidas a todos os presidente e muitos politicos enquanto estiveram de posse do poder em Brasilia, sobre o potencial da reserva de silvinita, sempre solicitando providências para o inicio de um processo que levasse à exploração.
Seo Gumercindo me disse que o Presidente FHC respondeu a uma de suas cartas, mas ficou por isso mesmo.
O milagre, segundo ele, aconteceu depois que enviou no dia 6 de Agosto de 2004, uma carta para o Presidente Lula que foi respondida no dia 2 de Setembro do mesmo ano. Desde então o processo de viabilidade do projeto silvinita foi detonado e culminou no último fim-de- semana com as seguintes informações concedidas pela representante da Petrobras Sra. Glaucia Delgado durante o II Fórum Sobre Exploração de Silvinita em Nova Olinda do Norte:

08 de Maio 2006 - expira o prazo para entrega das propostas pelas empresas que responderem a licitação publica nacional/internacional para exploração de silvinita no Amazonas.

Julho 2006 - Apresentação pela Petrobras do Data Room com todos os requesitos e informações sobre a área a ser explorada, capital inicial a ser investido etc.


Março/Abril de 2007 - Abertura das propostas e anúncio da empresa vencedora da licitação.

DNPM assume a liderança do projeto em conjunto com a empresa vencedora.

Inicio provável da prospecção - Fevereiro de 2008.

Base da operação: ninguém sabe, só depois do anúncio da empresa vencedora, segundo me disse Claudio Scliar representante oficial do Ministério das Minas e Energia no evento.

Corre a boca-pequena que sobre onde deverá ficar a base das operações já existe disputa velada entre as prefeituras dos municipios que serão beneficiados pela exploração do mineral. Ouvi dizer que o municipio de Itacoatiara alegando possuir 1/3 da reserva em suas terras está se preparando para uma boa briga. Quem viver, verá.
O DEPUTADO LUPÉRCIO RAMOS É UM GÊNIO OU ELES JÁ VIRAM ESTE FILME E PRECISAM ESQUECER O FINAL INFELIZ!!!



Convidado por Daniel Nava Gerente Regional do DNPM em Manaus, estive no dia de ontem pela primeira vez no Município de Nova Olinda do Norte para registrar na condição de repórter do Amazon Sat acompanhado pelo repórter cinegrafista José Gato, a realização do II Fórum Sobre a Exploração da Silvinita que deveria ter tido como pano de fundo a realização do seminário "Projeto Silvinita do Amazonas - Ações do Programa Brasil Um País de Todos".
Do relato histórico do municipio amazonense de Nova Olinda do Norte localizado a 126 quilometros em linha reta da Capital do Estado que foi criado pela Lei Estadual de número 06 no dia 19 de Dezembro de 1955 e que teve a palavra " do Norte" aditada pela vontade do então Governador Plinio Ramos Coelho, o episódio por mim constatado como mais presente na memória da maioria da população, tem a ver com o mistério que perdura até os nossos dias sobre o real motivo que levou a saida apressada da Petrobras do municipio no qual em certa época chegou a manter 400 operários em atividades. A pressa foi tamanha que a estatal deixou para tras em estado de abandono, prédios e propriedades construidos e adquiridos após o primeiro jorro nos poços de petróleo a 2.173 metros de profundidade respectivamente em Março e Agosto de 1955 que foram devidamente "invadidos" pelos padres franciscanos durante dez anos e depois comprados pelo poder público em suave prestações por um valor simbólico.
A descoberta de petróleo levou o pequeno povoado a desfrutar de um período de grande euforia abastecido pela perspectiva do dinheiro e do desenvolvimento. Da noite para o dia Nova Olinda passou a ser conhecida como a "Cidade do Petróleo" e pra acentuar mais ainda a certeza de um futuro promissor, naquela mesma década materializaram-se no municipio as visitas ilustres de dois presidentes da República; o primeiro foi João Café Filho que foi seguido por Juscelino Kubitschek. Não era para menos, todos passaram a sonhar em plena luz do dia e de olhos abertos.
Infelizmente este ciclo de sonho e euforia teve a duração de água na fervura. Então, começou o mistério.
Os relatores do assunto escrevem que a eclosão da "Redentora" que acabou por derrubar o Presidente João Goulart deflagrou uma série de represálias ao apoio e solidariedade prestados ao governo em desgraça, pelos funcionários sindicalizados da Petrobras que resultou na posse do novo chefe da Base de Nova Olinda do Norte que ao assumir colocou no olho da rua 60 operários e puniu com transferência imediata outros tantos. Mas a pá de cal foi colocada pelo parecer do geólogo americano (esses gringos!!!) Walter Link no famoso "relátório Link" que determinava o fechamento ou obturação dos poços que jorravam petróleo pois segundo as "forças ocultas" o hidrocarboneto da região não tinha valor comercial. O embroglio envolveu ainda o engenheiro Levindo Carneiro, homem de frente da empresa em Nova Olinda que foi acusado de traição nacional. Na calada da noite a Petrobrás juntou os trapos e mudou-se de cuia e remo para Belém e São Luiz, condenando os moradores do local à economia do contra-cheque e desfrute sem outra opção do interminável vai-e-vem dos batelões amazônicos navegando pelo portentoso Rio Madeira, que oferece a cidade sem custo, o seu único cenário de beleza.
Voltando ao seminário que não aconteceu. Depois de uma carreata pelas ruas transitáveis da cidade o Governador Eduardo Braga e sua comitiva chegaram a quadra de esportes lotada pelos moradores, cabos eleitorais, "anistiados" (nome pelo qual são conhecidos os operários da Petrobras, atropelados pelo relatório Link) vereadores, membros da imprensa manauense e crianças, muitas crianças. Não faltou nem o pé-inchado da cidade que interrompeu por alguns segundos o discurso do governador.
O cerimonialista anunciou a execução do hino nacional, hino do Amazonas, hino do municipio e a suadeira resultante da quadra-sauna coberta de zinco, começou a abalar os ânimos da audiência e dos componentes do elenco de autoridades constituido pelo Prefeito Adenilson Reis, pelos Deputados Federais Silas Camara, Lupércio Ramos, Deputados Estaduais Vera Edwards, Sinésio Campos, representantes do Ministério de Minas e Energia, Petrobras e Prefeitos dos municipios de Silves, Urucará, Borba, Autazes, Itapiranga e São Sebastião de Uatumã que como Nova Olinda do Norte, se tudo sair como estão planejando, serão beneficiados pela exploração da silvinita no futuro.
Contrariando as regras do cerimonial o primeiro a falar foi o Governador Eduardo Braga que num discurso inflamado transformou o fórum num palanque politico e consequentemente acabou por prometer com ressalva (se Deus quizer!) a extensão até Nova Olinda do Linhão de Tucuruí, garantiu para os próximos meses o asfaltamento das ruas-queijo-suiço da Cidade e a construção de um novo Porto de verdade, não o porto- balsa como era feito no Governo FHC e que no momento está debaixo das águas da alagação. Deste momento em diante, foi o "dejá vu": a população entrou em êxtase e passou a estampar na cara o indefectível semblante de quem sonha em plena luz do dia e a externar com gritos, palmas e gestos a velha e marcante euforia Novaolindense.
O deputado Silas Câmara entrou mudo e saiu calado, deve ter as suas razões. O deputado Sinésio e a deputada Vera exaltaram as vantagens e acenos de progresso inexorável que irá transformar Nova Olinda do Norte na "Cidade da Silvinita", e do nascimento de um novo ciclo (sic!) desta vez extrativo mineral, pelo que foram aplaudidos ruidosamente.
Foi então que chegou a vez da manifestação do Deputado Lupércio que para não ficar para tras nas "promessas de palanque" lascou durante o discurso, que ao ter assumido recentemente a vice-presidência da Comissão de Aviação do Congresso Nacional, havia falado com o Ministro Silas Rondeau sobre a construção do novo aeroporto de Nova Olinda do Norte e que no próximo mês de Maio com a presença confirmada do ministro Rondeau, estará gravando para exibição em Manaus, ali mesmo naquela maravilhoso local ( sauna) o seu programa "A Hora do Povo" que integra com grande audiência a muitos anos, a indústria televisiva da esperança amazonense.
Não precisa muito para imajinar o que aconteceu em seguida, a quadra de esporte quase veio a baixo. O Prefeito Adenilson, percebendo que os munícipes deram o evento por encerrado com a explosão de elegria, sem que ninguém lhe desse ouvido, agradeceu e partiu para receber os visitantes e convidados para o almoço em sua casa de campo.
Agora, me sinto integrado à torcida para que todas as promessas feitas se concretizem em prol do bem estar e qualidade de vida, justificando finalmente o segundo round de sonhos e expectativas da população de Nova Olinda do Norte que mesmo que seja por pontos merece a vitória tão ansiada por um futuro melhor.
Deixei o município pela tarde e no vôo de volta a Manaus pensei com os meus botões: esse Lupércio é um gênio.

Saturday, April 22, 2006

FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DELE.


Conheci Bernardo Cabral nos idos de 1979 durante a realização do Congresso Nacional da OAB em Manaus, que na época era presidida por ele. Eu então, estava Diretor de Turismo da Empresa Amazonense de Turismo - a extinta Emamtur - e passei a convite dele, a atuar durante este evento como coordenador de alguns eventos.
Nossa amizade nasceu ai. Lembro-me que mantivemos algumas conversas amigáveis, mas foi no Ideal Club durante o jantar de congraçamento que ele me falou algo que jamais esqueci, quando o assunto versava sobre o amor entre homens e mulheres:
- Humberto meu caro, o amor tem três inimigos mortais: a ausência, o silêncio e a distância, me disse êle.
Nesta última terça feira, durante um outro evento promovido pelo TJA presidido pelo também amigo, botafoguense como eu, Desembargador Arnaldo Carpinteiro Peres, desta vez durante a inauguração do Forum Lucio Resende na Cidade Nova, quando, ao se dirijir a plateia que ouvia suas palavras com grande interesse, ele disse : "quero saudar um santo que vive entre nós, Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo Metropolitano de Manaus".
Concordo com êle que voltou a me dar outra lição de vida. Agora sei como me dirigir mental ou verbalmente à S. Reverendíssima Dom Luiz. É só fazer minhas as palavras dêle.
Foto: Na Espanha, berço dos Conquistadores da América Espanhola, entre dois indígenas da orgulhosa e excepcional etnia Maia. (Março 2006)
Fato para reflexão: só restam no planeta Terra 140 índios Maias.




Editorial: Lido durante o Jornal da Amazônia no dia 21 de Abril.

Que dia de índio continua sendo esse? Que fizeram e continuam fazendo de vocês meus irmãos silvícolas???


Quando os descobridores chegaram às Américas em 1492, descobriram ao mesmo tempo, que o Novo Mundo era habitado por milhões de seres exóticos, de corpos esbeltos e pintados, senhores de uma riquíssima cultura e avançados e surpreendentes conhecimentos matemáticos nas áreas da engenharia e arquitetura e também científicos na utilização das plantas medicinais e extrativas como a borracha e o tabaco///
Aqui no Brasil, encontraram seis milhões de nativos que falavam 1.300 línguas e que viviam em relativa paz e harmonia, quebradas somente pelas eventuais disputas tribais//////
As conseqüências deste contato medidas nos dias de hoje, apresentam um quadro drástico: do número inicial só restaram 300 mil índios que estão espalhados nas poucas aldeias restantes e pelos quatro cantos urbanos do país, a maioria em situação deplorável pela falta de assistência, sem dignidade e futuro, que a julgar pelo presente continuará sendo perverso para muitos /// Das línguas faladas só restaram 170///. Não é pra dar raiva?////As constantes invasões de suas terras e domínios por posseiros e garimpeiros faz com que continuem a conviver num clima de constantes ameaças de perseguições, traições e massacres/// Na Amazônia os ianomâmi, grupo formado por oito mil índios, ainda isolados de certa forma, que habita no Estado de Roraima na região de fronteira com a Venezuela, chamam os garimpeiros de “comedores de terra”////. Atualmente estes indígenas se constituem no grupo mais ameaçado pelas conseqüências provenientes do contato com a “civilização” que resulta inevitavelmente em doenças, violência e alcoolismo/// O cálculo fornecido pela Funai indica que cerca de 300 mil garimpeiros estão em atividades em terras indígenas na Amazônia//// Durma-se com uma vizinhança dessa!!!!///
O que então os índios têm para celebrar no dia de hoje? Pouco, muito pouco além do fato de que o número de nascimentos tem aumentado nos últimos anos e que a Policia Federal tem agido no sentido de expulsar invasores de terras indígenas, de vez em quando///
Por estas e muitas outras razões, é necessário a reflexão, pelo menos no dia de hoje, voltada para a causa dos índios brasileiros no sentido de que os esforços para preservar a Amazônia também sejam dirigidos à preservação e consolidação dos ideais dos povos indígenas//// A propósito só como lembrete: é aqui na Amazônia, principalmente no Estado do Amazonas, que ainda restam as poucas etnias que conseguiram escapar de tudo.
Existe um questionamento indígena que não quer calar: “Somente quando for cortada a ultima árvore, pescado o ultimo peixe, poluído o ultimo rio é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro?

Just for the records – 21 de Abril de 2006 - Três indígenas das etnias tapuia, baniwa e manchineri, entre eles o Ator-índio Fidélis Baniwa, foram expulsos da padaria D`Minhos em Manaus, pelo dono do estabelecimento DANIEL MUNHOZ – MUÑOZ??? ( será ele um remanescente “de los conquistadores” ainda enrustido?) a base de palavrões e outras indelicadezas dirigidas a condição indígena. Ouviram coisas do tipo “índios filho da puta que devem voltar pra tribo de onde vieram”, e os ameaçou com uma barra de ferro e depois uma machadinha, só pra confeitar a celebração do dia deles. (Fonte – Jornal Diário do Amazonas)

Nessa padaria eu não compro o meu pão e vocês?

Wednesday, April 12, 2006

EDITORIAL do dia 12.04.2006: Inauguração do vôo de bandeira internacional entre a Cidade do Panamá e Manaus.


No final do mês passado destacamos aqui efusivamente o inicio das operações de vôos regulares de uma companhia aérea cearense para Manaus///Voltamos hoje a carga para noticiar a confirmação do vôo inaugural no mês de Julho, de uma outra empresa aérea, desta vez com bandeira internacional, que ligará a capital do Estado do Amazonas à Cidade do Panamá, no Panamá que como conseqüência inicial motivou a ida imediata para o país-irmão no próximo dia 24 deste mês, de uma comitiva numerosa formada por empresários do setor hoteleiro, transporte, setor turístico, representantes do turismo oficial e da imprensa local que apresentará num workshop o produto e a estrutura turística da nossa cidade e arredores/// O evento se reveste da mais alta importância para o povo, economia e desenvolvimento turístico do nosso Estado e da Região Amazônica como um todo, tornando imprescindível destacar alguns pontos relevantes sobre o dinâmico país da América Central:
O Panamá é uma nação de 2,5 milhões de habitantes onde prevalece o setor de serviços e que tem na Zona Franca de Colón - a segunda Zona Franca mais importante do mundo depois da Zona Franca de Hong Kong - no Canal do Panamá - considerado uma das oito maravilhas do mundo - e no turismo de negócios, as atividades econômicas mais importantes apoiadas pela circulação livre do dólar americano como moeda corrente//// A localização estratégica na Região do Caribe para onde convergem centenas de milhares de turistas provenientes dos Estados Unidos e Europa; vôos cargueiros originários de várias partes do planeta que mantêm fluxo diário excepcional de chegadas e decolagens ampliam este cenário altamente positivo/////.
Considerando o fascínio que exerce a maior reserva de Floresta Tropical recipiente da mais rica fauna, flora e biodiversidade do planeta, no imaginário de milhões de viajantes que ainda enfrentam como maior obstáculo para tornar o sonho de viagem para a Amazônia, justamente o difícil acesso aéreo à região; as 470 empresas do Pólo Industrial de Manaus, que apresentaram ano passado e continuam apresentando excelente índice de crescimento industrial e de emprego e que de agora em diante passam a ter disponibilizados os vôos diários para Cidade do Panamá, é lógico concluir como resultados imediatos deste acontecimento, primeiro o rápido aumento de chegadas de turistas estrangeiros e em segundo lugar a ampliação e estreitamento das relações comerciais entre o Estado do Amazonas e o Panamá/////.
Graças ao desempenho conjunto e profissional do Amazonas Convention órgão representativo da maioria dos empresários do setor do turismo amazonense, da Amazonastur e Manaustur respectivamente, em uníssono celebramos mais uma conquista, porém, é prudente que permaneçamos conscientes de que o compromisso da empresa aérea panamenha de ligar definitivamente Manaus ao mundo exterior, só será revestido de sucesso duradouro se os esforços a serem envidados a partir do inicio dos vôos, forem encarados com a máxima seriedade por todos os componentes do Trade Turístico do Amazonas///

Tuesday, April 11, 2006



Meu filho Artanis exercitando a sua porção Sinatriana...



Batman Nicholas Artanis..... Carnaval de 2006


Primeiro brinde de "champagne" do homem mais feliz do mundo com o filho Artanis, na véspera da virada do milênio,Dezembro 2000.




Conjugar o verbo degustar com a familia, os amigos, um puro, um carmenere 2002, costelinhas de javali, é tudo de bom...
Neste dia o Fogão venceu o campeonato carioca de 2006 Decisão da Taça Guanabara, Fogão foi campeão...
Eles estiveram aqui mesmo!!!!! Madrid,2006


Jazz nas ruas de Madrid -2006





Museu de Ciência Natural em Madri, Espanha - 2006


Ultimo exemplar do lobo da Tasmania(empalhado) no Museu de Ciências Naturais de Madrid - 2006..



Madri - a mão gorda de Botero.

Sunday, April 09, 2006

FOGÃO, CAMPEÃO DO CAMPEONATO CARIOCA 2006.

Acabo do assistir pela televisão no Bar do Sultão, no meio de uma turba Botafoguense transbordante de alegria, totalmente tomada pela emoção, a vitória do Botafogo, time do meu coração que venceu de maneira inquestionável o velho Madureira pelo placar de 3X1, jogando um futebol corrido e muito disputado.
Como é bom festejar a vitória.Como faz bem.
Observei por uns instantes os meus companheiros(as) de torcida e em silêncio, sem que ninguém percebesse, agradeci a Deus esta ventura de ser brasileiro, gostar de futebol e poder festejar ruidosamente, sem escrúpulos, cada vitória do meu Fogão.
Andava meio preocupado sobre o que eu diria para meu filho Artanis, com quase seis anos de idade, no dia que me perguntasse: Pai quando é que a gente vai festejar juntos um campeonato do Fogão?
Hoje, o Fogão respondeu por mim. Pela primeira vez em sua vida êle gritou: Fogão Campeão.
O jejum de 9 anos acabou. Abaixo o jejum. Nenhum torcedor precisa.
Eu agora só tenho uma coisa a me preocupar: quando seremos campeão novamente?.

Obrigado Fogão. Tu és o Glorioso!!!
Artigo publicado no Portal Amazônia no dia 9 de Abril 2006


Humberto Amorim: Um Jazzófilo na Amazônia.

MANAUS- O programa "Momentos do Jazz", apresentado pelo jornalista Humberto Amorim na Rádio Amazonas Fm, completou nesta sexta-feira, 7/04, onze anos no ar. "Jazzófilo", como gosta de ser chamado, Humberto diz que a data de 7 de abril é emblemática, pois é o dia de aniversário de Billie Holiday, uma das maiores musas e intérpretes do Jazz. Humberto explica o motivo do programa ter superado a marca dos dez anos no ar numa região em que o gênero não tem tradição." Eu acredito que gênero musical é uma questão atrelada a gosto. Você ouve uma música e dependendendo das emoções que ela te causam e independente do gênero a qual ela pertença, você passa a gostar da música e do estilo sem necessariamente precisar entender as palavras que estão sendo cantadas. Manaus tem sido historicamente uma cidade influenciada pelas culturas anglo-saxônicas. Talvez por causa desta influência, o programa "Momentos de Jazz", que retrata musicalmente a única forma de arte autenticamente norte-americana, tenha conseguido ficar no ar até aqui com envolvimento dos ouvintes e dos patrocinadores que jamais faltaram."
Paixão pela música começou nos Estados Unidos. Humberto conta que despertou para o Jazz quando foi morar nos Estados Unidos e teve a oportunidade de conhecer pessoas ligadas ao gênero." Fui morar nos Estados Unidos, na cidade de Dobbs Ferry quando eu tinha 17 anos. Minha casa ficava vizinha de um dos maiores saxofonistas de todos os tempos chamado Sten Getz. Através do filho dele, David Getz, que se tornou meu amigo, eu comecei a frequentar a casa de Staen, onde havia um estúdio que era visitado por João Gilberto, Flora Purin, e monstros sagrados do jazz como Tony William (baterista) Chick Corea (pianista), Diana Schurr,Al Jareau entre outros.
Durante os anos em que morei nos EUA, fiquei exposto a esta manifestação, quando voltei para o Brasil meu maior sonho era ter um programa de Jazz e em 1995, na Rede Amazônica, tive a oportunidade de produzir o programa "Momentos do Jazz" que está até hoje na programação da Amazonas FM 101,5.
O jornalista diz que se impressiona ao observar como pessoas se envolvem com o programa . " Existe uma comunidade no ORKUT chamada o "Jazz de Humberto Amorim". As pessoas se inscrevem para participar dos sorteios que eu faço".
Apaixonado pelos grandes nomes do Jazz, Humberto possui uma coleção com mais de 4 mil títulos. Durante o programa ele toca canções de sua coleção particular e diz que nunca repete os discos.
Seu envolvimento com a música é tanta que possui até um chapéu que foi da coleção de Frank Sinatra. Em viagem pelos Estados Unidos, participou de um leilão onde pertences de Frank Sinatra estavam sendo leiloados. Não deu outra, trouxe o chapéu para Manaus. O último progra de cada mês, desde a morte de Sinatra em Maio de 1998, é sempre em homenagem ao Chairman of the Board e sua música.
Questionado sobre quais seriam os melhores cantores de jazz de todos os tempos, Amorim não titubeia:Lou Rawls, Louis Prima, Mel Thormé, Joe Williams e Tony Bennett , porque, segundo ele, todos cantavam com sinceridade e usavam toda versatilidade para improvisar. Já, as mulheres ele se recusa a escolher apenas uma. " Tenho que citar pelo menos seis: Sarah Vaughn, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Carmen McRae, Lena Horne e Miss Peggy Lee, seria injustiça citar a melhor, pois todas são divas, conclui.

História do Jazz:
O gênero musical, apesar de ser entendido no Brasil como uma música para um público sofisticado, surgiu nos Estados Unidos em um bairro boêmio de New Orleans. A música era cantada dentro dos bordéis de Storyville no início do século 19 e executada por negros conhecidos como professores de Jazz. Os mais famosos foram Buddy Bolden, Bunk Johnson, Tony Jackson, Jelly Roll Morton, Sidney Bechet e Louis Armstrong.

Programa Momentos do Jazz
O programa "Momentos do Jazz" é apresentado aos domingos, de 22 à meia-noite, pela rádio Amazonas FM, 101,5.

Gláucia ChairEspecial para o Portal Amazônia

Friday, April 07, 2006

BILLIE HOLIDAY



Hoje 7 de abril de 2006 é um daqueles dias mágicos em minha vida. È o dia em que na cidade americana de Baltimore em 1915, nasceu Eleonora Fagan que mais tarde seria conhecida no mundo inteiro como Billie Holiday, a maior de todas as divas do jazz; é o Dia do Jornalista e também dia em que o programa radiofônico “Momentos de Jazz” que criei nesta data em 1995 e tenho a honra de apresentar até os dias de hoje pelas ondas da Radio Amazonas FM em Manaus, completa onze anos de existência. São muitas emoções para um dia só, como diria o romântico Roberto Carlos.
Escolhi relatar um episódio marcante na vida de Billie, que nada tem a ver com as centenas de artigos já publicados sobre o seu relacionamento com as drogas pesadas e as conseqüências nefastas na sua vida e carreira artística, para marcar esta significativa ocasião.
Tudo começou numa noite no inicio da década de 1939, quando um único gesto de um cliente do clube noturno Café Society mudou a história da musica Americana. Nesta noite Billie cantou pela primeira vez diante de uma platéia a canção “Strange Fruit.
O Club Café Society era considerado para época, o único lugar de divertimento realmente “integrado”, um lugar que atraia notívagos de idéias avançadas e mente aberta. No entanto, segundo relato da própria Billie que então era contratada da casa, mesmo assim ela temia cantar a tal canção, pois a letra era claramente um protesto veemente contra o preconceito e o ódio racial, usando como pano de fundo os linchamentos culminados por enforcamentos de negros no sul dos Estados Unidos. Vale aqui mencionar que até então, as musicas de protesto não eram conhecidas.
Durante a sua apresentação, Billie reuniu toda coragem que tinha, e começou subitamente a cantar “Strange Fruit”, como sempre, de forma sublime, sincera. Ao terminar, por alguns segundos, nada, nenhum som de aplausos. De repente, como num passe de mágica, um cliente visivelmente emocionado começou a ovaciona-la freneticamente, no que foi seguido por todos os presentes. A partir desta noite memorável, cantar “Strange Fruit” passou a fazer parte do ritual noturno da grande cantora, que partiu determinada para grava-la em disco, criando a sua primeira assinatura musical.
Durante a sua rápida passagem por aqui - ela morreu em 1959 com 44 anos – a canção foi submetida a uma espécie de quarentena artística: Billie conseguia canta-la somente em lugares previamente selecionados e seguros.
Passados todos estes anos desde a morte de Lady Day, platéias ao redor do globo, continuam aplaudindo, respeitando e sendo tocadas por esta balada perturbadora, singular no repertório da musica americana e marcante em muitas gerações de escritores, músicos e ouvintes brancos e negros, nos Estados Unidos e no resto do mundo.
O grande escritor de jazz Leonard Feather uma vez declarou que “Strange Fruit” foi “o mais significante protesto em letra e música”.
Billie cantou esta canção 16 anos antes que Rosa Parks, recentemente falecida, se recusasse a ceder para um branco o seu lugar em um ônibus em Montgomery, Alabama.
Cantando “ Strange Fruit” Billie Holiday fez a primeira “declaração de guerra” ao preconceito racial.... deu inicio ao movimento em prol dos Direitos Civis na América.

Happy birthday Billie, wherever you are!!!!

Thursday, April 06, 2006


EDITORIAL: Inauguração do Porto de Parintins – Apresentado em 05.04.2006 pelo Amazonsat.

Em meio a uma multidão eufórica o Ex-Ministro de Transportes Alfredo Nascimento, o novo Ministro dos Transportes Paulo Sergio Oliveira Passos, o Governador do Estado do Amazonas Eduardo Braga e autoridades municipais, inauguraram neste sábado o tão ansiado Porto do Município de Parintins, berço da maior manifestação folclórica do Estado do Amazonas///A obra foi financiado com recursos federais na ordem de 16 milhões de reais e iniciada em Julho do ano passado, abrangendo uma área de dez mil metros quadrados entre a parte terrestre e o pique flutuante que foi projetado para atracação de grandes transatlânticos que fazem de Parintins, durante toda a estação de cruzeiros marítimos no Amazonas, parada obrigatória para conhecerem mesmo fora de época, a manifestação cultural dos bois Garantido e Caprichoso famosa nos quatro cantos da terra// O evento em si, sem sombra de dúvidas, traz para o município colorido pelo vermelho e azul dos bois, a esperança e a oxigenação da economia local que é centrada principalmente no setor turístico// As ofertas de emprego e renda conseqüentemente aumentarão da noite pro dia e logo os benefícios se refletirão no aumento da qualidade de vida dos residentes alegres e criativos de Parintins que estão de parabéns///Trazendo o enfoque para cidade de Manaus, é bom aproveitar o ensejo para lembrar que a população da cidade-capital, os pescadores, comerciantes e autoridades do setor pesqueiro se encontram em compasso de espera, cheios de esperanças, confiando que a construção do Terminal Pesqueiro de Manaus para o qual foi também assinado no ano passado convênio no valor de quatorze milhões de reais pelo então titular da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca , José Fristch, pelo vice-governador do Estado Omar Aziz, e pelo prefeito de Manaus, Serafim Corrêa,venha mesmo a acontecer e seja finalmente inaugurado como previsto, em dezembro de 2006///A Semana Santa se avizinha e mais uma vez começa a lengalenga de reclamações pelos altos preços da comercialização do pescado/// São desembarcados em Manaus todas as noites uma média de sessenta toneladas de pescado no período de seca, nos períodos de cheia dos rios a produção varia entre 60 e 80 toneladas///Felizmente o martírio causado pela convivência forçada com o desperdiço, acúmulo de sujeira e falta de higiene por não existir local adequado para estocar por mais tempo o pescado que chega, está com os dias contados////A inauguração do Porto de Parintins renova as esperanças dos habitantes de Manaus de que no ano que vem a grande festa será aqui///

Tuesday, April 04, 2006

HOMENAGEM DO COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO- CPE.
Ao cair da noite do dia 3 de Abril de 2006, fui alvo de uma das mais importantes homenagens que um cidadão poderia receber de um destacamento de elite das forças de segurança do Estado do Amazonas.
Convidado pelo Cmt. Mário Jorge Reis Victor, compareci acompanhado de meus familiares (Luiza,Artanis,Deborah) na sede do Comando de Policiamento Especializado - CPE da Policia Militar do Amazonas para homenagem que me seria prestada durante a Formatura Geral mensal do Comando.
Diante da tropa formada por 150 homens pertencentes a cavalaria, forças especiais e ROCAM o Comandante Victor discursou dizendo que a homenagem que eu estava prestes a receber, decorria em razão dos serviços por mim prestados à comunidade manauense e amazônica através de meu trabalho na imprensa amazonense durante os últimos 22 anos, como também a minha estreita e laboriosa ligação com a Policia Militar do Amazonas que iniciou nos idos de 1986 quando ministrei um curso de capacitação de Inglês e Françês para os oficiais e sargentos que iriam compor a então recém formada Policia de Turismo - Politur.
Em seguida, das mãos do Comandante Victor recebi uma placa com os seguintes dizeres:
"Ao Senhor Humberto Amorim
Esta homenagem, materializa o reconhecimento dos Oficiais e praças do Comando de Policiamento Especializado (PCE), ao homem, pai de família e jornalista, que comprometido com a verdade, faz de sua profissão o elo de informação para a formação de uma sociedade mais humana, justa e segura"
Prestei meus agradecimentos e em seguida a tropa inteira desfilou ao som dos dobrados das marchas militares executados pela banda da Policia Militar, como último ato deste evento que me emocionou, honrou e gratificou.
Divido aqui está homenagem com minha mulher Luiza, meus filhos Artanis, Nicolle, Déborah, minha neta Sofia, meu genro Carlo e todos que no passado e no presente contribuíram para que ela se tornasse uma realidade.

Monday, April 03, 2006



Ao ver uma zebra pela primeira vez Artanis perguntou: "Pai, ela é Botafoguense?" Março,2006

Ao ver uma zebra pela primeira vez Artanis me perguntou: todas as zebras são botafoguenses pai?


Artanis e o camelo


Artanis acaricia o representante autêntico dos Andes Boliviano: a Llama - Março 2006

Thursday, March 30, 2006

Editorial – Apresentado no Amazonsat dia 29.03.2006 – Introdução de Novos Vôos.


O ISOLAMENTO HISTÓRICO EM RELAÇÃO A OUTRAS PARTES DO BRASIL AO QUAL MANAUS TEM ESTADO SUBMETIDA AO LONGO DOS ANOS TEM TRAZIDO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO AMAZONAS PREJUIZOS E ATRAZOS QUE POUCOS PERCEBEM E QUE SÃO DIFICIES DE CALCULAR////
O GRANDE PASSO PARA A QUEBRA DESTE ISOLAMENTO TÃO PREJUDICIAL, FOI DADO ATRAVES DA CONSTRUÇÃO DA ESTRADA QUE LIGAVA MANAUS A CIDADE DE PORTO VELHO EM RONDONIA, HOJE ABANDONADA E CHEIA DE PROMESSAS POLITICAS PARA SUA TOTAL RECUPERAÇÃO/// A INATIVIDADE E ABANDONO DA ESTRADA SÃO MOTIVOS DE ALEGRIA PARA OS CIENTISTAS QUE ALEGAM QUE COM A RECUPERAÇÃO DA RODOVIA DIFICILMENTE, DEVIDO AS ONDAS MIGRATÓRIAS QUE SERÃO NOVAMENTE CRIADAS, A DEVASTAÇÃO PREDADÓRIA EM ALTO INDICE DA MAIOR E MAIS BEM CONSERVADA AREA VEGETAL LOCALIZADA DENTRO DO TERRITORIO DO ESTADO DO ESTADO DO AMAMZONAS PODERÁ SER EVITADA////.
POR OUTRO LADO NÃO RESTA DUVIDA QUE AS TRÊS ESTRADAS QUE NOS LIGAM A VENEZUELA E AO CARIBE ATRAVES DE RORAIMA, A ITACOATIARA E MANACAPURU, ATENUARAM UM POUCO A SITUAÇÃO QUE MESMO ASSIM CONTINUA COMPLICADA////.
NESTA TERÇA FEIRA, O LANÇAMENTO DOS VÔOS DE UMA COMPANHIA CEARENSE DE AVIAÇÃO NO TRECHO MANAUS/BELEM/SÃO LUIZ E FORTALEZA, COM CERTEZA SE REVESTE DA MAIS ALTA IMPORTANCIA TANTO PARA A ECONOMIA DO ESTADO QUANTO PARA O SETOR DE TURISMO QUE SE RESENTE DE MAIORES OPÇÕES PARA QUE OS TURISTAS CHEGUEM ATÉ MANAUS VINDOS SEJA DO NORDESTE OU DO SUL DO PAIS E PASSA A TER AUMENTADA A OFERTA DE OPÇÕES PARA QUE OS RESIDENTES EM MANAUS CHEGUEM MAIS RAPIDAMENTE A OUTRAS CIDADES BRASILEIRAS///
MANAUS TEM SIDO EXCLUIDA DOS ROTEIROS TURISTICOS IMPORTANTES QUE SÃO DIVULGADOS EM TODO MUNDO JUSTAMENTE PELA FALTA DE OPÇÕES DE CHEGADAS// NO MÊS PASSADO DURANTE O CONGRESSO DA FITUR NA ESPANHA, NA LISTA DIVULGADA COM OS NOMES DOS DESTINOS MAIS VISITADOS NO BRASIL POR TURISTAS ESTRANGEIROS, MANAUS NÃO CONSTAVA, EMBORA SEJA A BASE PARA UM DOS POLOS INDUSTRIAS MAIS IMPOSTANTES DO MUNDO E ESTEJA LOCALIZADA NO MEIO DA MAIS EXUBERANTE FLORESTA TROPICAL DO PLANETA.///
ACONTECIMENTOS DE INTRODUÇÃO DE NOVOS VÔOS QUE LIGAM A AMAZONIA AO RESTO DO PAIS, SEM DUVIDA ALGUMA DEVEM SER FESTEJADOS E APOIADOS POR TODOS OS SETORES DA SOCIEDADE//
QUE OUTRAS COMPANHIAS AEREAS SIGAM O EXEMPLO DA EMPRESA CEARENSE/// POIS, AQUI ELAS SERÃO SEMPRE MUITO BEM-VINDAS///

Friday, March 24, 2006




Enquanto o Ministro Nelson Jobim discursava, eu não perdia o microfone "mico" de vista.














Durante a cerimônia de entrega da Medalha "Mérito Amazonas", tentei em vão liberar o microfone para o Ministro Nelson Jobim...o Governador Eduardo Braga percebeu minha dificuldade e veio em meu auxilio. Teatro Amazonas, Dezembro 2005.

Thursday, March 23, 2006

Editorial – Dia Mundial para Eliminação da Discriminação Racial – Amazonsat 22.03.2006


Ontem em todo mundo celebrou-se o dia Mundial para Eliminação da Discriminação Racial////. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória a um grande massacre de negros ocorrido na África do Sul em 1960////.
Em Manaus foi louvável a iniciativa do Jornal Diário do Amazonas que estampou a primeira página toda em preto e branco como mediada de conscientização, sugerindo ser este dia uma ocasião ideal para os leitores deixarem de enxergar as cores////.
O pioneiro Movimento Orgulho Negro, fundado pelo advogado amazonense Nestor Nascimento, segundo o atual vice-presidente, “não preparou nenhuma atividade especial em comemoração à data porque está com suas atividades temporariamente paralisadas”.
É lamentável esta pisada de bola do Movimento Orgulho Negro marco importante no Amazonas da luta contra todos os tipos de discriminação, ao ficar de braços cruzados no dia mais importante da luta contra o preconceito racial, enquanto fatos reprováveis vêm ocorrendo na Europa tendo como alvo da torcida jogadores brasileiros de futebol e também aqui, nos sagrados quadriláteros entre os próprios jogadores, onde membros da realeza negra futebolística como Pelé, Didi, Jairzinho, Paulo Cezar Caju e tantos outros que deram alegrias e orgulho ao povo brasileiro ao mesmo tempo que dignificavam a imagem do Brasil lá fora como a nação do futebol////.
Por muito anos apregoou-se pelos quatro cantos da terra que o Brasil era uma nação exemplo de democracia e integração racial. Segundo a propaganda oficial, aqui as pessoas não levavam em conta as diferenças raciais ou étnicas e o que preponderava era a perfeita integração entre brancos, negros, pardos, amarelos e índios.
Bem, esse era o retrato de interesses que visava dar ao Brasil uma imagem “perfeita” de seu povo. Tudo era reforçada por cenas do povo nas praias, nos estádios, nos desfiles de escola de samba, nas procissões e eram exibidas exaustivamente mundo afora, para embasar a pseudo-realidade de que no Brasil era todo mundo igual, independente das diferenças raciais, sociais e étnicas////.
Sabe aquela história de que na teoria é uma coisa e na prática é outra? Pois é. Um dia a máscara caiu e hoje o que se vê neste pais é a necessidade cada vez mais premente da conscientização do povo acerca de seus direitos constitucionais e a união de forças para o combate incessante contra a discriminação, seja ela qual for,venha de onde vier///.
Na Amazônia temos ainda uma outra realidade que nos diferencia de outras partes do Brasil e que precisa ser encarada com muita seriedade e persistência por parte de todos: A causa indígena//// Vale lembrar que aqui se concentra a maior população indígena do país e como aconteceu recentemente, os índios continuam a ser alvo de discriminação social e a levantar suas armas contra a usurpação de seus direitos constitucionais e a invasão de suas terras///
Vamos então persistir juntos, transformando o negativo em positivo, fortalecendo os mais fracos e exaltando os justos sem descanso, pois a bem da verdade, perante o nosso Criador somos todos iguais e o que vale mesmo são o respeito ao próximo e as nossas boas ações//////.
.
EDITORIAL SILVINITA – Apresentado pelo Amazonsat dia 15.05.2006



A POPULAÇÃO DO MUNICIPIO AMAZONENSE DE NOVA OLINDA DO NORTE, SITUADO A 150 KILOMETROS DE DISTANCIA DE MANAUS TEM MOTIVOS DE SOBRA PARA ESTAR EUFÓRICA COM O FUTURO PROMISSOR QUE COMEÇA A SE DESENHAR A PARTIR DA PUBLICAÇÃO AINDA NESTE SEMESTRE DO EDITAL DA PETROBRAS PARA EXPLORAÇÃO DE SILVINITA NO MUNICIPIO.////
EM ENTREVISTA NO AMAZON SAT O PREFEITO ADEMILSON REIS DISSE QUE OBEDECIDOS OS PRAZOS ESTABELECIDOS A EXPLORAÇÃO DEVE COMEÇAR ENTRE 2008 E 2010 E QUE A GERENCIA DE NEGÓCIOS DA PETROBRAS AFIRMOU QUE O PROCESSO A ESTA ALTURA DOS ACONTECIMENTOS É IRREVERSÍVEL//
O MINERAL SILVINITA CONTÉM O COMPONENTE “CLORETO DE POTÁSSIO” QUE É UTILIZADO LARGAMENTE NA PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES AGRÍCOLAS CUJA PRODUÇÃO MUNDIAL E EXPORTAÇÃO, TEM A LIDERANÇA DO CANADÁ COM O MONOPÓLIO INTEGRAL DE 59% DO MERCADO INTERNACIONAL///
O BRASIL PRODUZ APENAS 12% DO CLORETO DE POTÁSSIO QUE É CONSUMIDO NACIONALMENTE/// SOMOS OBRIGADOS A IMPORTAR UM BILHÃO DE DÓLARES AMERICANOS EM FERTILIZANTES AGRICOLAS POR ANO////
O DETALHE IMPORTANTE É QUE O POTENCIAL MAPEADO DA MINA DE SILVINITA DE NOVA OLINDA DO NORTE É DE UM MILHÃO DE TONELADAS QUE IRÁ GARANTIR EXPLORAÇÃO POR UM PERIODO DE CEM A CENTO E CINQUENTA ANOS, SEGUNDO O SUPERINTENDENTE REGIONAL DA COMPANHIA DE PESQUISAS DE RECURSOS MINERAIS DANIEL NAVA///// DA NOITE PRO DIA O BRASIL VAI PASSAR DE IMPORTADOR PARA EXPORTADOR DE CLORETO DE POTÁSSIO///
HOJE A SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO DE NOVA OLINDA NÃO É MUITO BOA/// 30% DA POPULAÇÃO ESTÁ DESEMPREGADA MAS, ISTO PODE MUDAR SE COM SERIEDADE O PODER PUBLICO MUNICIPAL APLICAR OS ALTOS ROYALTIES QUE SERÃO RECOLHIDOS EM EDUCAÇÃO, SAÚDE E DESENVOLVIMENTO URBANO//
O INICIO DA EXPLORAÇÃO DE SILVINITA NO AMAZONAS POR SUA IMPORTANCIA SOCIO-ECONOMICA DEVE SER PRIORITÁRIO PARA TODOS NÓS, POIS SEM DUVIDA ALGUMA SERÁ UM GRANDE ACONTECIMENTO PARA O AMAZONAS E PARA O BRASIL//