Tuesday, March 31, 2009




RED NORVO, O INOVADOR DO JAZZ.



O mais conceituado vibrafonista do jazz, o jazzista Red Norvo, nasceu no dia de hoje e, devido as inovações que agregou ao genero jazz, é tido como o responsável pela introdução de instrumentos como xilofone, marimba e vibrafone nos conjuntos de musica.

Red começou a carreira artística no Teatro Vaudeville e formou-se no seu primeiro amor, o jazz, tocando nas grandes bandas da era do swing lideradas por gigantes como Paul Whiteman, Benny Goodman, Charlie Barnet, & Woody Herman.

Nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, ele migrou com sucesso para o movimento caracterizado por um novo estilo de jazz chamado “Bop”, atuando ao lado de Charlie Parker, Dizzie Gillespie, e Charles Mingus, entre outros. Seu jeito suave de tocar o vibrafone se adaptou perfeitamente ao gênero “cool jazz “.
Ficou na ativa até o final da década de 80 quando começou a ter problemas de saúde e foi forçado a se aposentar dos palcos. Viveu até a idade dourada de 91 anos.

A audição dos discos de Red Norvo em ação é uma grande pedida.

Pessoalmente, para àqueles que não conhecem o legado musical deste artista excepcional, recomendo o cd “Frank Sinatra with The Red Norvo Quintet, Live in Austrália” de 1959, muito embora a qualidade sonora do registro esteja aquém do ideal, lembremos que foi feito em 1959, e, apesar da falta da alta qualidade a que estamos acostumados nos dias atuais, devido aos modernos equipamentos, a energia que emanou da conversação entre eles durante a performance, foi toda ela perfeitamente captada, ao ponto de atingir naturalmente a sensibilidade do audiente.


Ouça com cuidadosa atenção a versão que constroem para “Night and Day” de Cole Porter. Red e o quinteto estilizam de tal forma a introdução da musica que deixa irreconhecível por breves momentos, para a platéia, a canção que Frank vai cantar. A multidão vibra ao identificá-la quando “The Voice” calmamente desliza para a letra da musica…. como se estivesse pisando em seda.
Quando eu comecei a ouvir Frank Sinatra, me tornei fã numero um da gravação, ao vivo, de 1966 contida no cd “Sinatra at the Sands.” Frank se eterniza a todo vapor, completo no estilo Las Vegas, apoiado pelo simplesmente indescritível Count Basie e sua Orquestra, produzida pelo talentosíssimo Quincy Jones. O cd serve como uma cápsula do tempo com aquele período em particular, cheia de musica de grande qualidade...mas eu queria mais. Mais do Frank dolente que gravou um álbum conceito com Jobim. Mais do Frank no swing do jazz.

Em 1997, meu desejo se tornou realidade, no momento em que o selo Blue Note colocou no mercado a gravação do encontro do Quinteto de Red Norvo, Frank Sinatra e a platéia australiana.
Foi a única gravação de Sinatra distribuida pela Blue Note e eu a reputo como uma das melhores gravações ao vivo de Frank, ainda mais pela participação do inesquecível instrumentista de jazz, Red Norvo.


TROMPETISTA WYNTON MARSALIS LANÇA NOVO DISCO


Filho ilustre de New Orleans o trompetista Wynton Marsalis, lançou pela Blue Note o quinto cd “He and She”, no ultimo 24 de Março.

O álbum mistura palavras e música e é temperado com flashes de humor e muito suíngue, naturalidade e elegância e um pouco de sabedoria nas músicas. Este trabalho fala sobre o eterno atrativo e o mais elementar dos assuntos : o relacionamento entre homem e mulher.

O artista não cria meramente uma estória de amor, mas uma estória de vida, uma reflexão agridoce sobre o passar da vida, bem como a simulação do romance. O tempo está muito presente no cerne das gravações: a rápida passagem do tempo no curso de uma vida , a alteração do ânimo ao longo da duração de uma canção.

No disco tudo começa pelas palavras, não com música, embora seja a musica a explicita-las. Marsalis ouviu “Jazz in ¾ Time” de Max Roach assim como peças de Duke Ellington, tais como “Lady Mac” do cd“Such Sweet Thunder”, trabalho que explorou o tempo da valsa em um contexto jazzístico. O disco antológico do baterista Max Roach apresenta “Valse Hot” escrita pelo saxofonista Sonny Rollins, uma valsa-jazz que ele começou a tocar quando era muito jovem. A música serviu como norte e ele começou então a contemplar a cadência do arrastar dos pés, que é a combinação do sentimento da valsa com o sentimento das marchas, e pensou como seria bom fazer um disco com valsas.

Marsalis escreveu duas canções, sendo uma para o balé de Twyla Tharp, inspirada em uma pintura do pintor Matisse , A Dança e, inspirou-se nas valsas, da mesma forma como , ainda hoje , os jovens dançam valsa em Viena , já que uma estação de valsa faz parte do calendário social deles, inserindo o ritual do galanteio.

A valsa é uma dança de galanteio e já foi considerada perigosa. Agora, claro, é aceita pela sociedade.Então o musico pensou sobre o homem e a mulher , sobre os relacionamentos.

Em “He and She”, a voz de Marsalis torna-se proeminente, prefaciando cada faixa com suas palavras, é o homem quem fala, mas a pessoa que passa a verdade universal do assunto é a mulher.



Fonte: JazzTimes / Jeff Tamarkin

Tradução - Humberto Amorim

Monday, March 30, 2009


ERNESTINE ANDERSON, REINA NO MUNDO DO JAZZ E BLUES.
Não resta dúvida de que “American Idol”, uma competição vocal na TV, imensamente popular, e que está no oitavo ano, tem redefinido a idéia do público sobre o que constitui uma grande vocalização. Os antigos critérios da boa altura do som e tempo, entonação prazeirosa e sentimento honesto não são mais suficientes. Para que manter uma nota longa, quando você pode preencher com três oitavas cada compasso?
Frequentemente uma canção é reduzida a uma habilidade atlética do vocalista para embelezá-la.
O mundo do jazz tem estado relativamente imune a este vírus, mas o incremento tecnológico está possibilitando a cada aspirante a vocalista a gravar um CD. Basta preparar um material artístico, contratar um publicitário e pronto : você está no jogo.
Isto tem resultado em músicas pouco qualificadas, a maioria das quais apreciadas por pais , consortes e amigos do vocalista.
Mas neste clima ruidoso cabe relembrar que a verdadeira classe e suíngue é tudo. No seu novo cd “A Song for You” a veterana vocalista Ernestine Anderson, 80, é um exemplo. Acompanhada por um fino e discreto quarteto, ela prova que sua carreira de seis décadas não diminuiu sua rica e flexível voz, ou sua capacidade de colocar emoção verdadeira em cada canção.
Estas qualidades estão até mais aprofundadas. Anderson está acompanhada em suas explorações pelo legendário tenorista Houston Person, cujas intervenções são enfáticas, como se fossem praticamente uma verbalização.
Durante trinta anos de parceria com a também maravilhosa Etta Jones, Person aperfeiçoou a arte do diálogo voz e saxofone, consistentemente realçando a expressividade da vocalista.Sua atuação é incentivadora, espirituosa ou irônica, e seus solos permanecem incomparáveis para a expressividade e espírito da performance.
Anderson demonstra claramente suas intenções na alegre faixa de abertura "This Can't Be Love". Ela utiliza seu singular fraseado, entusiasmo e tempo para refrescar cada “standard” , incluindo a entusiástica "Make Someone Happy", a influenciada pelo R&B, "Lovely Way to Spend an Evening" e a celebratória "Day by Day".
Há quatro baladas no CD, que vai da surpreendentemente lenta e sexy "Candy", bem como a relativamente recente faixa título, onde Anderson faz as palavras soarem no tempo certo. Uma palavra sobre "Skylark" , esta beleza atemporal de Hoagy Carmichael: o igualmente grande Johnny Mercer disse que ele levou um ano completo para concluir a letra , e Anderson os homenageia com uma espécie de maravilhoso sussurro que cai muito bem.
Resumindo, o cd “A Song for You” deve ser uma audição obrigatória para todo vocalista, pois Anderson providencia uma rara e inestimável lição: como tocar os corações dos ouvintes sem ter que sobrecarregar seus ouvidos.
Repertório:
This Can't be Love;
A Song for You;
Make Someone Happy;
Skylark;
A Lovely Way To Spend an Evening;
Candy;
Day by Day;
For All We Know.
Músicos: Ernestine Anderson: vocal; Houston Person: saxofone tenor; Lafayette Harris, Jr.: piano; Chip Jackson: baixo; Willie Jones III: bateria.


"TEACH ME TONIGHT"- TRIVIA

Dois acontecimentos me chamaram a atenção para a clássica canção do Great American Songbook "Teach me Tonight " nos ultimos dias. O primeiro foi a inclusão desta na compilação do cd "Seduction - Sinatra Sings of Love" lançado em janeiro ultimo com grande estardalhaço e o segundo foi o destaque nas manchetes de vários sites se referindo à cantora Liza Minnelli pela leitura magistral dessa belissima canção para as platéias de sua recente tourné pelo eixo Rio -São Paulo.

Resolvi pesquisa-la e o resultado de minha garimpagem musical foi a seguinte:

A canção "Teach me Tonight" foi composta em 1953 por Gene De Paul (letra) e Sammy Cahn (musica). Foi gravada pela primeira vez pelas De Castro Sisters com a orquestera de Skip Martin e lançada no mercado pela selo Abbott em 1954.

No inicio da década de 50 a Abbott Record Company ia muito bem obrigado como selo especializado em musicas do estilo country- western sempre em alerta para novos talentos.

Resolveram mudar de ares e contrataram então as "The De Castro Sisters", três irmãs Cubanas que cantavam muito bem. Elas desenvolviam a mesma linha de canto harmonico das Andrews Sisters, adicionando,logicamente, um pouco do molho e balanço caribenho e, justamente nesta mesma época, estavam na crista da onda depois de apresentações ao vivo bem sucedidas em Las Vegas e Los Angeles.

Durante uma apresentação do grupo em um clube noturno de Hollywood, o dono da Abbott Records que estava na plateia, gostou e resolveu investir no talento das belas latinas. O primeiro disco foi gravado em Outubro de 1954 e trazia no lado Lado "A" a musica "I'ts Love" que deveria ser promovida com força total. No lado "B", lá estava escondidinha, "Teach me Tonight".

A principio, "It's love" correspondeu aos planos da gravadora até que o famoso locutor de radio Bill Randle de Cleveland, Ohio, resolveu apresentar a canção do lado "B", que ninguém tocava e, da noite para o dia "Teach Me Tonight" tornou-se sucesso absoluto (o dsicófilo e enófilo Edson Costa passou e registrou em cd para os membros do CDF's* a versão brasileira deste filme), permanecendo no segundo lugar do billboard por 20 semanas.

"Teach Me Tonight" foi o maior hit das De Castro Sisters e da gravadora com mais de 5 milhões de cópias vendidadas. Logo depois da estreia no radio, imediatamente, quatro gravações cover (por americanos) foram introduzidas no mercado, destacando-se o registro da maravilhosa Dinah Washington (com a palavra o discófilo Salomito Benchimol!!!).

A canção ja foi gravada em vários estilos, do easy listening ao chá-chá-chá e, quase sempre, os cantores costumam modificar a letra original. Mas, a modificação mais drástica foi feita para Frank Sinatra pelo proprio Sammy Kahn para inclusão de "Teach me Tonight" no cd "L.A. is my Lady" de 1984. Kahn adicionou à canção original, quatro versos inteiros que se referem aos casos amorosos do famoso cantor.

Na sequencia, os versos adicionais para Sinatra:

i've played loves scenes in a flick or two

and i've also met a chick or two

but i still can learn a trick or two

hey teach me tonight

I who thought I knew the score of it

Kind of think I should know more of it

off the wall, the bed, the floor of it

hey, teach me tonight

the midnight hours come slowly creeping

when there's no one there but you

there must be more to life than sleeping

single in a bed for two

what i need most is post graduate

what i feel is hard to articulate

if you want me to matriculate

you'd better teach me tonight

what do you get for lessons?

teach me... come on and teach me

teach me tonight.

Cantores que gravaram TMT até agora:

Ann-Margaret,Paul Anka,Count Basie, Janet Brace, Ray Brown,Natalie Cole,Sammy Davies Jr.,Blossom Dearie,Neil Diomond,Ella Fitzgerald,The Four Freshmen,Red Garland, Errol Garner,Marvin Gaye,Helen Grayco,Buddy Greco,Ann Hampton Calloway,Etta James,Al Jarreau,Chaka Kahn,Nat King Cole,Diana Krall,Patti La Belle,Cleo Lane,Brenda Lee,Peggy Lee,Mike Love,George Maharis,Kevin Mahogany,Barry Manylow,Jimmy McGriff,Marian McPartland,The McGuire Sisters,Liza Minnelli, Ann Murray,Freda Peyne,Oscar Peterson,Tito Puente,Diane Schurr,George Shearing,Jo Stafford,Phoebe Snow,Toni Tennille,Sara Vaughn,Eddie Vinson, Dinah Washington, Ben Webster, Mary Wells, Joe Williams, Steve Wonder, Amy Winehouse e.....Frank Sinatra.

Acompanhe Amy Winehouse antes de se tornar uma estrela cantando "Teach Me Tonight".

http://www.youtube.com/watch?v=xMyQfHWEOh0



DAVE BRUBECK III, HOSPITALIZADO.

O lendário pianista de jazz Dave Brubeck, 88, cancelou todos os seus compromissos para as proximas semanas devido a um mal subito que o levou a ser hospitalizado. De acordo com as primeiras informações da University of the Pacific, responsável pelo acervo de Brubeck, o pianista foi hospitalizado na ultima sexta feira com suspeita de forte infecção viral. Ele continua em estado de observação no Norwalk Hospital em Norwalk, Conn., e, segundo recomendações médicas, está impossibilitado de viajar.

Não haverá nenhum outro contato com a midia enquanto Dave estiver hospitalizado.

O pianista estava escalado para participar no proximo 3 de abril de um concerto onde apresentaria o mesmo repertorio de seu antologico cd "Time Out" na cerimonia onde iria receber a outorga "alma mater", concedida pela "University of the Pacific" em Stockton, Calif., em homenagem aos 50 anos da revolucionaria gravação. “Time Out” foi o primeiro álbum de jazz a vender mais de um milhão de cópias e está na lista dos dez discos de jazz mais vendidos até hoje. “Take Five” e “Blue Rondo a la Turk”, que estão no álbum, vieram a ser as primeiras gravações do jazz a ocupar a lista das 40 da “Billboard”.

O filho mais velho de Dave, Darius Brubeck, irá substitui-lo e tocará com os demais membros do seu famoso quarteto.

O concerto faz parte de uma semana inteira de eventos que integram o Brubeck Festival que acontece anualmente no campus da Pacific's University em Stockton e conta com o patrocinio do Brubeck Institute.

O Instituto Brubeck foi fundado no ano 2000 e visa divulgar e integrar o acervo do legado do pianista resultante da dedicação de uma vida inteira à criatividade, gravações, educação e avanços sociais relacionados à musica jazz.

NOTA DO BLOG - Para mais informações acesse www.Brubeck Institute.com


ERIC CLAPTON, O "IMORTAL" GUITARRISTA DE BLUES.



Nasceu no dia de hoje o inglês Eric Clapton, eximio guitarrista, cantor, autor e compositor de Blues e Rock. Ele provavelmente é mais reconhecido e famoso pela sua "expertise" quando toca a sua guitarra Stratocaster.
Foi admitido no "Rock and Roll Hall of Fame" quando era solista integrante da antológica "Banda The Yardbirds", do Cream.
Existe indiscutível unanimidade por parte dos fãs e da critica especializada de que ele é o maior guitarrista de todos os tempos.

A revista Rolling Stones o classificou no quarto lugar da lista dos "100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos” e no #53 na lista dos "Imortais: 100 Grandes Artistas de Todos os Tempos”

Apesar das variações as quais tem submetido o seu estilo musical ao longo da exitosa carreira, permanece fiel as suas raízes do "blues". Recebe ainda, vasto credito como inovador em uma variedade de diferentes gêneros onde inclui-se o blues-rock (com John Mayall & the Bluesbreakers and The Yardbirds) e rock psicodélico (com o Cream).

A lista das gravações de Clapton, que alcançaram grande sucesso junto ao publico, não se limita ao “blues” específico da região do Delta do Mississipi como no caso do cd “Me and Mr. Johnson”, mas também no pop cd "Change the World" e no reggae cd “Bob Marley 's I Shot the Sheriff ."
Uma de suas gravações mais bem sucedidas foi a canção romântica " Layla” que gravou com a banda “Derek and the Dominós”

Na vida pessoal atravessou várias complicações ao se apaixonar, envolvendo-se em um caso de traição conjugal com a mulher do falecido ex-Beatles George Harrison e com a tragédia causada pelo acidente que ceifou a vida de seu amado e único filho, ainda na tenra idade.
NOTA DO BLOG - O livro "Eric Clapton: A Autobiografia" foi lançado em julho do ano passado em português.











Minha familia durante a solenidade do Apagão do Teatro Amazonas.
A HORA DO PLANETA
Na condição de mestre-de-cerimonias, aliei-me no ultimo sábado, aqui em Manaus, aos esforços de tantos voluntários convidados pela Rede WWF-Brasil que através do movimento "A Hora do Planeta" encontrou uma forma para engajar e mobilizar a sociedade mundial a manisfestar por meio de uma ação simbolica e emblemática a sua preocupação com o aquecimento do planeta.
O objetivo central da ação foi alertar para o grave problema do desmatamento e das queimadas, principais fontes de emissão de gases de efeito estufa no Brasil.
Em nível global a "Hora do Planeta" é uma das ações desenvolvidas para que a populacão se manifeste de forma a influenciar as autoridades mundiais rumo a assinatura de um Acordo Global do Clima em Copenhagen no mês de Dezembro deste ano.
Entre 20h30 e 21h30 dos vários fusos, no sabado ultimo, milhões de lares, milhares de ruas, centenas de monumentos, bairros e cidades ao redor do mundo apagaram suas luzes.
Nós amazonenses mostramos que também estamos preocupados, encajados e em alerta quando desligamos as luzes de nossas casas e do Teatro Amazonas, um importante ícone do norte do país.
Não podemos esquecer jamais que importante também é a Amazonia, a maior floresta tropical do planeta. Ao mesmo tempo conhecida e misteriosa para nos manauaras. Mãe de uma biodiversidade única, com espécies de flora e fauna, que só existem aqui. Casa de mais de 23,5 milhões de pessoas, 13% dos brasileiros.
Infelizmente toda essa riqueza vive em constante estado de ameaça,17% da nossa Amazonia já foi desmatada, 70 milhões de hectares de florestas perdidas, mais de 70 milhões de campos de futebol desapareceram.
Nào podemos mias permirtir que ações não sustentáveis ameacem a estabilidade da floresta e a nossa qualidade de vida.
Harmonizar a atividade humana com a conservação da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais deve ser o ideal e uma missão para todos nós.
NOTA DO BLOG - O Grupo Musical Imbaúba sexteto manaura composto por Celdo Braga, Roberto Lima, Rosivaldo Cunha, João Ribeiro, Claudio Nunes e Sofia Amoeda privilegiou a plateia presente no Teatro Amazonas com um show primoroso.
CURIOSIDADE - A origem do nome do Grupo Imbaúba vem da árvore imbaúba que tambem é conhecida como mãe-da- terra pelo fato de ser a primeira planta a nascer nas terras degradadas pelas queimadas, como forma de resistência.




Sunday, March 29, 2009

PEARL BAILEY, UNICA, SEM IGUAL.


Ouçam o cd "It Takes Two To Tango" para conhecer melhor esta cantora, atriz da Broadway e personalidade da televisão.
MICHAEL BRECKER, ONZE VEZES GANHADOR DO PREMIO GRAMMY.
Este fabuloso saxofonista nos deixou prematuramente em 2007. Seu legado musical inclui rica discografia da qual recomendo os cds:
Two Blocks from the Edge
Tales from the Hudson
The nearness of you
Pilgrimage.

ASTRUD GILBERTO, PIONEIRA DA DIFUSÃO DA BOSSA NOVA NOS ESTADOS UNIDOS.
Acho que o cd "That Girl from Ipanema" é peça de colecionador e conta um pouco da historia pioneira desta brasileira que participou do movimento da chegada da bossa nova aos Estados Unidos integrado por Stan Getz, Tom Jobim,Charlie Byrd e João Gilberto.


NASCERAM NA DATA DE HOJE E FIZERAM A DIFERENÇA COM TALENTO EXCEPCIONAL.

SEDUCTION, SINATRA SINGS OF LOVE
Logo mais no programa "Momentos de Jazz" que completa 14 anos de existência no próximo 07 de Abril, pelas ondas da Radio Amazonas Jazz FM, 101,5 (http://www.portalamazonia.com.br) como acontece desde 14 de Maio de 1998, neste ultimo domingo do mês, a partir das 20h00 horario de Manaus, vamos curtir duas horas repletas das mais belas canções registradas pelo "The Voice"", seus amigos e admiradores, contidas nos seguintes cds:
Sinatra-Basie an Historic Musical First
Steve Lawrence sings Sinatra
Sinatra Nothing But the Best
The Sinatra Project Michael Feinstein
Seduction, Sinatra Sings of Love (lançado em janeiro ultimo em primeirissima mão para os ouvintes do programa.)
Você consegue perder um programa radiofonico com estes ingredientes?
Conto com tua sagrada audiência.
Humberto Amorim
Sinatrófilo

Saturday, March 28, 2009


IMPERDÍVEL: DISCO NOVO DO INCRIVEL PAUL POTTS


Paul Potts era exatamente o que os produtores do Programa da Televisão Inglesa “Got Talent” imaginavam encontrar quando lançaram o programa no Reino Unido depois de vários adiamentos: um camarada do povo, exercendo uma profissão comum, mas, com um talento extraordinário.
A idéia do criador do programa, Simon Cowell, depois de varias décadas à frente de programas de calouros focados em cantores, era de uma competição nacional pela televisão a ser decidida pelos votos dos telespectadores, para todo tipo de talento – cantores, dançarinos, mágicos,ventríloquos, ou pessoas com habilidades raras.
O programa é apresentado desde 2007 por Ant & Dec e são eles os responsáveis pela apresentação dos concorrentes e animação da pequena platéia de estúdio como também pela seleção de candidatos.
A lista de pretensos candidatos tem muitos cantores e também figuras bizarras como Doctor Gore ( um mágico de horror especializado em cortar gente ao meio), Kit Kat Dolls (drag queens) e crianças prodigios de diferente faixa etária como a garota Connie Talbot que causou grande impressão cantando como um rouxinol.
Paul Potts ao fim da audição depois de cantar “Nessum Dorma”, colocou por terra qualquer duvidas sobre ele e imediatamente tornou-se o favorito para ganhar o concurso que tinha como premio £100,000 libras em dinheiro.
Paul Potts nasceu em Bristol em Outubro de 1970, quarto filho de um motorista de ônibus e de uma atendente de supermercado. Ao concluir o ensino médio foi trabalhar no mesmo supermercado com sua mãe, abastecendo prateleiras. Na época em que se inscreveu no “Got Talent” ele trabalhava para Carphone Warehouse,vendendo telefones celulares.
Em 1999 apareceu pela primeira vez na televisão no concurso de calouros no show de Michael Barrymore “My Kind of Music”. Abocanhou o premio em dinheiro para o primeiro lugar que utilizou para ir na Itália participar de um curso de canto durante as férias de verão.
Neste período ele cantou na Bath Opera, uma companhia amadorística como personagem Don Basilio no “Casamento do Fígaro”, Don Ottavio em Don Giovanni, e The Herald em Turandot e também excursionou pela Itália e cantou com a Royal Philharmonic Orchestra.
Esse currículo gerou questionamentos aos produtores do programa “Got Talent” porem Paul alegou jamais ter recebido qualquer cachê pelas suas apresentações anteriores a sua participação no programa. Por todo o seu preparo artístico pagou do próprio bolso e o envolvimento com a excursão da companhia italiana fez parte do curso.
Antes, a auto-estima de Paul era muita baixa e piorou depois de um acidente de transito em que quebrou a clavícula levando-o a quase abandonar a carreira musical. Ao ganhar no show de calouros ele também teve a sua perspectiva de vida mudada, ficou mais seguro de si e em menos de um mês depois do resultado do programa, gravou seu primeiro disco (recomendo sem hesitar!) “One Chance”, e vendeu imediatamente 125.000 cópias na primeira semana

O que teria acontecido se ao invés de Paul Potts, o mágico Doctor Gore tivesse tirado o primeiro lugar no Got Talent? Já pensou?

Fonte - Sharon Mawer, All Music Guide – Tradução Humberto Amorim


DIANA KRALL PRESTA TRIBUTO À MUSICA BRASILEIRA.


Diana Krall acaba de lançar o seu décimo segundo cd "Quiet Nights" usando a mesma formula ao ler com jeito intimista baladas do jazz e bossa-nova que lhe garantiu recorde de venda e abocanhar o Premio Grammy pelo CD "The Look of Love"

Neste trabalho com seu quarteto e orquestra ela evidencia a sua linha canto sensual e as habilidades indiscutíveis ao piano quando canta "Boy from Ipanema" e "Walk on By"

Inicialmente o cd "Quiet Nights" está disponivel apenas em edição especial onde estão incluidas duas bonus tracks, a maravilhosa "How Can You Mend a Broken Heart" dos Bee Gees e a classica "Every Time We Say Goodbye". Também está diponivel no formato bolachão "Long Playing "ou como preferem os mais modernos, vinil.

Agora para dar o laço final devo acrescentar que o ponto alto deste trabalho, na minha opinião, é sem sombra de duvidas a leitura que Diana Krall faz em português da canção de Tom Jobim "Esse Seu Olhar" que foi gravada originalmente por Dick Farney em 1959.

Para ativar o nosso orgulho brazuca mais ainda, é bom lembrar que Antonio Carlos Jobim foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil, na última metade do século XX. Suas músicas mais famosas foram "Se todos fossem iguais a você", "Eu sei que vou te amar", "Chega de saudade", "Garota de Ipanema" (uma das músicas mais gravadas em todo o mundo e que fazem parte do repertorio de "Quiet Nights"), "Eu sei que vou te amar", "A felicidade", "Insensatez", "Canção de amor e paz", "Ela é carioca", "Eu não existo sem você" juntamente com Vinícius de Moraes e muitas outras.

Participou ativamente das músicas de transição entre a fase de "dor de cotovelo" e a bossa nova, cujo marco inicial considera-se "Chega de saudade", gravada por Elizeth Cardoso no LP "Canção do amor demais" com João Gilberto tocando violão com sua batida diferente e característica da bossa nova.

O cantor e pianista Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra e Silva, nasceu em 14/11/1921 no Rio de Janeiro.
Era irmão do artista de cinema Cy Farney. Sua estréia deu-se em 1937 no programa Hora Juvenil, na Rádio Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro interpretando músicas americanas. Foi levado por César Ladeira, então já famoso radialista, à Rádio Mayrink Veiga, onde passou a apresentar o programa "Dick Farney, sua Voz e seu Piano".
Teve muito sucesso já nos anos 40 fazendo inúmeras apresentações em boates, cassinos e principalmente no Copacabana Palece, o local mais famoso da época para os artistas se apresentarem; neste hotel foi visto pelo famoso pianista americano Eddie Duchin que impressionado com sua voz e seu desempenho no piano convidou-o a se apresentar nos Estados Unidos, onde chegou a fazer shows com Nat King Cole, Bill Evans e David Brubeck. No Brasil seus maiores sucessos foram "Marina" de Dorival Caymmi, "Copacabana" de João de Barro e Alberto Ribeiro, "Barqueiro do São Francisco" de Alcyr Pires Vermelho e Alberto Ribeiro, "Teresa da praia" de Tom Jobim e Billy Blanco, "Este seu olhar" de Tom Jobim e muitas outras.
Foi um cantor de extremo bom gosto, afinadíssimo e muito respeitado por seu público e pela crítica. Faleceu em 4/8/1987.

Taí a letra de "Este Seu Olhar" para não termos desculpas de cantar com Diana Krall.

Este seu olhar

(Tom Jobim)

Este seu olhar quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim como eu de você

Mas a ilusão quando se desfaz
Dói no coração de quem sonhou
Sonhou demais,
ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos

Este seu olhar quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim como eu de você

Mas a ilusão quando se desfaz
Dói no coração de quem sonhou
Sonhou demais,
ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos
.

Friday, March 27, 2009



A IMPREVISÍVEL CANTORA DE JAZZ STACEY KENT.
Stacey nasceu em 27 de março de 1968 e cresceu em New York City ouvindo a musica de Nat "King" Cole, Frank Sinatra, e outros pesos pesados do Great American Songbook.


Formou-se em literatura comparativa pela Sarah Lawrence College, viajou pelo mundo e visitou alguns amigos em Oxford, Inglaterra em 1991. Foi então que acabou conhecendo alguns músicos que estavam em Londres para os testes de admissão em um curso de pós- graduação em jazz com duração de uma ano na Guildhall School of Music and Drama e, por capricho puro, decidiu ela mesma participar do teste. Apesar da ausência do preparo academico, foi aprovada. Neste meio termo conheceu seu futuro marido e produtor, o Inglês Jim Tomlinson, um excelente saxofonista tenor maluco pelo estilo "cool" de Stan Getz.


Durante o curso foi convidada à participar da “big band” dos residentes do Ritz Hotel chamada Vile Bodies Swing Orchestra. Foi aclamada por sua performance atuando como cantora da Big Band do filme de Ian Mckellen Richard III.


Em 1996, assinou contrato com a Gravadora Candid e no ano seguinte gravou seu primeiro cd “Close Your Eyes”. Este álbum foi muito bem recebido pela critica especializada e ela rapidamente tornou-se uma das cantoras favoritas dos Ingleses apreciadores do gênero jazz.


Segue com uma carreira bem sucedida e tem com freqüência gravado albuns que se caracterizam pela excelente escolha do repertorio e participação do marido saxofonista.


Incluiu com sucesso em suas gravações algumas canções em estilo bossa nova saindo-se muito bem com a mesma desenvoltura de uma cantora brasileira.

Stacey assinou com a conceituada gravadora Blue Note e tem recebido constantes elogios da crítica pela sua voz cristalina, que a coloca entre as grandes revelações do jazz da última década.

Cole Porter, Duke Ellington, George Gershwin e Tom Jobim são alguns dos seus compositores favoritos, enquanto Nat King Cole e Frank Sinatra permanecem como as suas maiores influências.


Feliz Aniversário Stacey e continue nos encantando.

Recomendo os seguintes cds:

Richard III Soundtrack
Close Your Eyes
In Love Again
Breakfast on the Morning Tram
Dreamsville
The Tender Trap
The Boy Next Door

BANDA "ALL THAT JAZZ" HOJE NO BAR E CAFÉ ADRIANÓPOLIS.
A unica banda puramente jazzistica de Manaus que explora o repertório com "standards" do Great American Songbook, totalmente em Inglês, se apresenta logo mais a partir das 22h00 no point mais jazz da cidade, o Bar e Café Adrianópolis (telefone para reservas 35841512).
A banda está na estrada ha três anos e se apresentou no Festival Amazonas Jazz, Sax Restaurante, Restaurante Palazzolo e em diversos eventos particulares entre os quais merece destaque a apresentação especial para a comitiva da USAID com a presença do embaixador americano no Brasil Clifford Sobel.
O show de hoje a noite irá homenagear dos monstros sagrados do genero jazz que nasceram neste dia - a Sassy Sarah Vaughn e o Gênio do Saxofone Ben Webster.
Os integrantes seguem a tradição jazzistica e só se apresentam de paletó e gravata. Compõem o "jazz ensemble" amazonense os musicos:
Humberto Amorim - Voz
Roger Vargas - Baixo acústico
Leonardo Pimentel - Bateria
Junior Leal - Saxofone,Clarineta
Robson Silva - keyboards.
O couvert é de R$10,00 por pessoa.
A gente te espera por lá.
NOTA DO BLOG - As apresentações da Banda "All That Jazz" no Bar e Café Adrianópolis acontecem sempre nas ultimas sextas-feiras de cada mês.


27 DE MARÇO - DIA DO NASCIMENTO DE UM GENIO DO JAZZ :BEN WEBSTER.
Ben Webster nasceu em Kansas City, Missouri no dia 27 de março de 1909. Estudou música na Wilberforce University e tocou piano para filmes mudos, em Amarillo, Texas.


Em 1930 ele aprendeu a escala de dó maior no saxofone. Esse começo tardio não o deteve e com o tempo ganhou proeminência nas bandas sulistas de Gene Coy e Blanche Calloway.


Em 1931, Webster se integrou na banda de Benny Moten e era solista em músicas como “Lafayette” e “Moten Swing”. Durante toda a década de 30 teve participação ativa nas big bands de Fletcher Henderson, Benny Carter, Cab Calloway e Teddy Wilson.


Em 1940 se uniu à Ellington, se tornando o primeiro saxofonista importante da orquestra e era a peça chave em músicas como “Cotton Tail" e “All Too Soon”. Duke Ellington o ajudou a encontrar seu próprio estilo, deixando de ser um clone de Coleman Hawkins. A partir de 1944, Webster liderou seus próprios grupos e também tocou nos combos de Sidney Catlett, Stuff Smith e John Kirby.


Entre 1948-49 ele se reuniu à Ellington no "Jazz at the Philharmonic" e nos anos 50 gravou com Billie, Ella e Carmen McRae.


Em 1964 decepcionado por ocorrencias e manifestações racistas em seu país Webster se mudou para Copenhagen, Dinamarca. Por lá ficou como músico expatriado, tocando em shows, festivais e excursionando pela Europa. Ben Webster veio a falecer em Copenhagen no dia 20 de setembro de 1973.

Discografia para iniciantes:


1953
King of the Tenors
Polygram
1954
Ballads
Polygram
1957
The Soul of Ben Webster
Polygram
1957
Soulville
Verve
1959
Meets Gerry Mulligan
Verve
1962
Ben and Sweets
CBS
1964
See You at the Fair
Impulse!
1965
Stormy Weather
1201 Music
1965
The Jeep Is Jumpin'
Black Lion
1967
Meets Bill Coleman
Black Lion
1967
Black Lion Presents
Black Lion
1969
Tribute to Duke Ellington
Le Jazz
1972
Makin' Whoopee
Spotlite

THE SASSY SARAH VAUGHN
A "Divina” Sarah Vaughan foi a cantora preferida pelos boppers no começo dos anos quarenta por possuir uma técnica vocal altamente sofisticada Nascida em Newark, New Jersey, no dia 27 de março de 1924, Sarah começou cantando na Mt. Zion Baptist Church onde também aprendeu a tocar piano e orgão.
Em 1943, ela foi contratada por Earl Hines como cantora e pianista, depois de ganhar um concurso amador no Apollo Theatre no Harlem em New York com a música "Body And Soul". No ano seguinte ela foi contratada pela orquestra de Billy Eckstine, através das recomendações de Hines. Depois de uma rápida passagem com John Kirby, iniciou sua carreira solo. Suas primeiras gravações para a gravadora Musicraft foram as composições de Tadd Dameron "If You Could See Me Now" e "Tenderly" (seu primeiro sucesso). Logo foi sendo muito requisitada, inclusive pelas cabeças pensantes do bop Dizzy Gillespie e Charlie Parker, com os quais gravou "Lover Man". Sarah em 1944 gravou o sucesso de Gillespie, "A Night in Tunisia" com o nome de "Interlude".
Durante o tempo em que foi contratada pela Columbia Records, de 1949 a 1954, Sarah se tornou uma estrela internacional, gravando álbuns em sua maioria comerciais, muito dos quais apoiada por arranjos orquestrais. Por outro lado, em 1950 ela gravou com um octeto no qual participava Miles Davis. Na metade dos anos 50, ela começou a gravar jazz no selo EmArcy, período que produziu dois clássicos álbuns: “Vaughan With Clifford Brown”, e “Swinging Easy”, com Richard Davis, Roy Haynes entre outros. Nos anos oitenta, Vaughan gravou para a gravadora Pablo, dois excelentes álbuns com as músicas de Duke Ellington.
Na era do cd, a grande totalidade de sua obra foi regravada. No final de sua carreira não era estritamente uma cantora de jazz. Foi admiradora incondicional da musica brasileira e gravou três antológicos álbuns brasileiros: “I Love Brazil”, "Brazilian Romance” e “Copacabana”. Com as canções dos “The Beatles” nos legou o cd “Songs of the Beatles”, um “must have” para colecionadores.

Durante profícua carreira musical, gravou 102 álbuns. De minha coleção particular recomendo “Sarah at Mister Kelly’s”, “Sarah Sings Soulfully”, “Sarah After Hours” e os songbooks de Cole Porter, George Gershwin, Irving Berlin e Henri Mancini.


Quando morreu em 3 de abril de 1990, em Los Angeles, Sarah era considerada uma das jóias da tríplice coroa das vocalistas do jazz moderno, junto com Billie Holiday e Ella Fitzgerald.

Discografia para iniciantes:
1947
One Night Stand: The Town Hall Concert 1947 (live)
Blue Note


1955
In the Land of Hi-Fi
Mercury

1958
No Count Sarah
Polygram

1963
Sarah Sings Soulfully
Capitol

1975
Sarah Vaughan & Jimmy Rowles Quintet (live)
Mainstream

1979
The Duke Ellington Songbook, Vol. 1-2
Pablo

1982
Crazy and Mixed Up
JVC

1995
Sings Broadway: Great Songs from Hit Shows
Polygram

2002
The Definitive Sarah Vaughan

Thursday, March 26, 2009



FLIP PHILLIPS - INTÉRPRETE DAS GRANDES BALADAS "TORCH SONGS"



Joseph Edward Fillipelli, nasceu em 26 Março 1915, Brooklyn, New York City, New York, USA, faleceu 17 Agosto 2001, Fort Lauderdale, Florida, USA.
Flip Phillips começou tocando clarineta trabalhando para o trompetista Frankie Newton, antes de mudar para o saxofone tenor no final dos anos 20s. Depois de tocar com pequenas bandas na área de New York, Joe "Flip' Phillips integrou-se a então famosa Woody Herman's First Herd em 1944. Quando a banda de Herman desmembrou-se, Phillipps já havia construído nacionalmente e através de gravações, uma solida reputação para si.como um talentosos saxofonista tenor.

Passou então a compor o grupo de excursão do empresario-jazz-aficionado suiço Norman Granz intitulado Jazz At The Philharmonic, que contribuiu para ampliar ainda mais o seu perfil em nível internacional., principalmente através do solo soberbo de "Perdido" que permanece antológico.
Com o JATP ficou até o final dos anos 50s, em seguida viajou com a banda de Benny Goodman pela Europa e depois disso optou por levar a vida mais calma sendo contratado para pequenos trabalhos e também à noite, como integrante de uma pequena banda de jazz em um clube da Florida.
Continuou nesta rotina por 15 anos quando finalmente em 1975 voltou para New York onde voltou a atuar como instrumentista de jazz com todo vigor que o talento excepcional lhe garantia.
No final dos anos 90 tocava nos cruzeiros marítimos pelo Caribe e em festivais para os quais sempre era convidado a participar como atração principal. As gravações excepcionais feitas das performances nestes eventos, permanecem como destaque de sua brilhante carreira.
Phillips gravou com freqüência com nomes representativos do movimento neo-swing do jazz como Scott Hamilton, Howard Alden e Joe Lovano.
Magnífico saxofonista tenor de belas baladas, executava as canções do estilo “torch” com inequívoca habilidade. Perto do final de sua vida, em completo domínio de seu repertório, desenvolveu mais ainda este jeito dolente de tocar, definindo para sempre a sua marca de intérprete incomparável de grandes canções.
(Tierney e o Trompetista Jack Sheldon)
"CD DESIRE" DA EXCEPCIONAL TIERNEY SUTTON CHEGOU.

Chocolate escuro é considerado um belo ideal romântico. Antes de desfrutar o vigor da doçura de um chocolate com leite, ao contrário, há um licencioso amargor, um sabor que deve ser adquirido por quem o aprecia, mas uma vez adquirido, nenhum outro sabor pode superá-lo.



Chocolate escuro tem adicionado o perigo do declínio. Aquela coisa danificada em si. É com este romance sombrio que Tierney Sutton iniciou a investigação em seu álbum anterior, “ On The Other Side', e que continuou cultivando neste mais recente cd “Desire”.


“On The Other Side” desliza em conjunto com as inocentes letras de "Get Happy" e "You Are My Sunshine" um sensual e confortável suporte. Este lançamento, além disto, despoja-se deste essencial juízo .


O baterista Ray Brinker e os baixistas Trey Henry e Kevin Axt providenciam para Sutton o terreno palpável em que a vocalista redescobre estes “standards” de forma renovada. "It's Only a Paper Moon" tem Brinker tranquilamente soando em tempo duplo, apenas como um sussurro baixo de ansiedade abaixo de Sutton e do pianista Christian Jacob, que participa do encontro de forma misteriosa.


A complexa linha do baixo de Kevin Axt e do atrativo piano de Jacob, faz com que Sutton soe sussurrante em "My Heart Belongs to Daddy" e dá um soberbo toque sarcástico em "Cry Me a River" e "Love Me or Leave Me."


Sutton com a sua capacidade única para cantar palavras enquanto transmite justamente o oposto nos dá a dica para entender o que faz dos dois últimos álbuns um sucesso artístico. Magistralmente é o baixo de Henry, ascendendo e descendendo, que providencia o terreno acidentado que Sutton deve percorrer para choramingar pelo antigo amor."Whatever Lola Wants" é apresentado com uma lânguida e mimada atitude. Os fragmentos do solo de Jacob são apresentados sobre um brilhante uso fora do tempo da mão esquerda, assim ameaçando que esta balada deve ser melhor guardada para o “ Halloween”, na melhor das hipóteses.


Sem sombra de duvida, neste cd “Desire”, a cantora tempera sua sonaridade: mordaz, inteligente e bela. Devemos atentar para faixa de encerramento a emblematica "Skylark" que é lida de um jeito fantasmagórico.


Play list: It's Only a Paper Moon; My Heat Belongs to Daddy; Long Daddy Green; Fever; It's All Right With Me; Then I'll Be Tired of You; Cry Me a River; Love Me or Leave Me; Heart's Desire; Whatever Lola Wants; Skylark.


Músicos: Tierney Sutton: vocal; Christian Jacob: piano; Trey Henry, Kevin Axt: baixo ; Ray Brinker: bateria.

STANLEY CLARKE GRAVA O PRIMEIRO DISCO

O baixista Stanley Clarke cujas quatro décadas de carreira incluem trabalhos com o “Return to Forever”, “Rite of Strings” e uma variedade de outros projetos solos e colaborativos, lançará o cd “Jazz in the Garden” através da Heads Up International, uma divisão da Concord Music Group, no próximo 12 de Maio.


Para a sua primeira gravação com um trio acústico, Clarke conta com a colaboração da pianista Hiromi Uehara e do baterista Lenny White. Stanley ainda não havia feito um disco solo com baixo acústico apesar de ter gravado tocando baixo com grandes expressões do jazz como —Art Blakey, Dexter Gordon, Stan Getz, Joe Henderson dentre outros.


A ideia do musico era gravar utilizando apenas o piano e o baixo acústico, de modo a poder realmente ouvir o baixo. Este cd “Jazz in the Garden” é um modo de reconexão com o início da carreira, quando ele alcançou o reconhecimento ao tocar com músicos que fazem parte dos anais do Jazz, antes da sua imersão no jazz eletrificado.


Neste trabalho ele revisita as coisas que foram realmente o alicerce de sua vida artistica. Clarke passou muitos anos de sua carreira estudando baixo acústico, e muitos anos tocando em New York depois que saiu da Philadelphia no final dos anos 60.


Quem estava em New York naquela época desfrutou de sua companhia. Isso foi ha muito tempo, mas a essência daquele período produziu o que ele é hoje. Nesta gravação reconhece aqueles velhos e bons tempos e aquela musica.


THE DUKE COM O ROSTO NO QUARTER.

Duke Ellington é o primeiro negro norte-americano a ter o rostoestampamdo em uma moeda de "quarter"nos Estados Unidos. Foi adotada no Distrito de Columbia, como parte da linha temática , por Estado, de moedas de 25 centavos da Casa da Moeda dos Estados Unidos . A moeda foi apresentada no dia 24 de Fevereiro passado no “Smithsonian”.

A moeda mostra Ellington tocando piano. Ellington obteve a honra dos votos dos residentes do Distrito de Columbia, superando o abolicionista Frederick Douglass e o astrônomo Benjamin Banneker. Na moeda está a frase “justiça para todos”. A Casa da Moeda rejeitou a primeira inscrição escolhida , que era :“taxação sem representação” em protesto contra a ausência de representantes do Distrito no Congresso.


Edward Kennedy "The Duke" Ellington foi um dos artistas musicais mais completos neste século, maestro invejável, um pianista fabuloso e compositor criativo de uma obra com mais de 3 mil músicas escritas.


O apelido de duque (Duke) se deve à pose nobre e ao fato de estar sempre bem vestido. Apenas as olheiras enormes destoavam, resultado do hábito de dormir o mínimo necessário. Tinha medo de que sonhar lhe retirasse algumas idéias que usaria em canções.


Em sua carreira, gravou com os grandes nomes do jazz: Count Basie, Dizzy Gillespie, Tommy Dorsey, Joe Pass, Frank Sinatra, Louis Armstrong, Coleman Hawkins, Charles Mingus, Max Roach, John Coltrane, Jimmy Rushing, Mahalia Jackson, Charlie Barnet, Ella Fitzgerald, Alice Babs, Jimmy Jones, Les Spann, Ray Brown e Rosemary Clooney.Sua formação foi a dos pianistas de ragtime, cuja influência é clara em sua primeira composição, "Soda Fountain Rag", de 1914.


Formou seu primeiro conjunto em 1922, um quinteto com o baterista Sonny Greer e o saxofonista Otto Hardwicke. Mas, eram tempos difíceis. Em sua biografia "Music is My Mistress" (A Música é Minha Amante), Ellington conta que ele e seus quatro músicos já dividiram uma salsicha como jantar.Dirigiu orquestras e fez arranjos de obras dos grandes clássicos, como Mozart, Schubert, Bach, e Brahms.


Mas o jazz foi uma constante. Não mudou o seu estilo, embora tenha visto nascer diversas correntes durante sua carreira, como o bebop, o free, e o jazz-rock. O colorido das sonoridades orquestrais enriqueceram o som de sua big band. "A orquestra é meu instrumento", costumava dizer.Nos anos 1920, mudou-se para Nova York, onde viveu sua fase mais importante.


Os concertos no Carnegie Hall foram memoráveis, em especial a suíte "Black, Brown and Beige", de 1943, inspirada na história da América negra.Ellington criou o jungle style (estilo da selva), quando os metais da orquestra tocam com força e expressão, dando um efeito de selvageria às composições. O trompetista Bubber Miley inaugurou esse caminho e o sedimentou.


Quando Ellington tocava no Cotton Club, de 1927 a 1932, acompanhando cantores e bailarinos, as composições em jungle style levantavam a audiência para dançar.Boa parte de suas mais famosas composições foi construída a partir de melodias improvisadas pelos seus músicos.


Entre suas obras destacam-se quatro álbuns feitos com a colaboração de seus melhores solistas: "The Blanton - Webster Band", "Black, Brwon and Beige" e "The Duke's Men".


Nos anos 1960 e 70, fez várias turnês internacionais, do Japão à América Latina. A orquestra veio ao Brasil, em 1968 e 1971. Além dos concertos sacros, fez nesse período as trilhas dos filmes "Anatomia de um Crime" e "Paris Blues".


Em 1974, quando se preparava para a festa de 75 anos foi hospitalizado com câncer e seu estado de saúde se agravou, falecendo um mês depois.
The Duke, um fabuloso gênio do Jazz.


DESTINOS DA UFAM EM PAUTA NO "ENCONTRO COM O POVO"




Pelo Amazonsat- "A Cara e a Voz da Amazonia" canal 44, ao vivo para todo Brasil, (http://www.amazonsat.com.br/) logo mais a partir das 19h40 horário de Manaus, vou entrevistar os quatro candidatos à reitor da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, a mais antiga universidade do Brasil, que celebrou recentemente 100 anos de existência.

O programa será dividido em quatro blocos com duração de 15 minutos cada um. Os candidatos, Marcia Perales, Gilson Monteiro, Nelson Fraji e Silvio Puga se revesarão no video, após sorteio realizado antes do inicio do programa para determinar a ordem de chamada para entrevista, e a eles serão formuladas as mesmas perguntas.

Excepcionalmente não haverá participação dos telespectadores devido a exiguidade do tempo determinado para cada candidato.
O objetivo do canal é abrir mais uma oportunidade para que conheçamos melhor os planos e projetos dos candidatos para a nossa Universidade durante os proximos quatro anos.


Não percam.

Sunday, March 22, 2009


GEORGE BENSON, O GUITARRISTA DO JAZZ.
George Benson não é simplesmente um dos maiores guitarristas da história do jazz, é também, ícone vivo da versatilidade no improviso, razão pela qual decepciona a muitos críticos que gostariam de limitar o seu talento ao movimento bop.
Ele toca em qualquer estilo do swing ao bop, ao R&B, ao pop – com naturalidade suprema em acordes perfeito, eximia velocidade e um sentido de lógica na construção dos solos que deságuam em uma incessante sede por mais swing.
Inspirado em Charlie Christian e Wes Montgomery – consegue imitá-los sem maculas – porem, conserva seu estilo muito pessoal. Pode liderar com soberba, como também se manifestar como guitarrista ritmista acompanhando solistas e swingers perigosos e exigentes principalmente aqueles que preferem se expressar no formato soul-jazz.
Benson também canta no estilo soul envolvente com maneirismos que remetem a Stevie Wonder e Donny Hathaway, e é justamente a sua voz que se tornou mais atraente para o publico do que sua guitarra. Benson toca a guitarra com a mesma equivalência de Nat King Cole – um fantástico pianista que com suavidade pop vocal que eventualmente eclipsou a sua habilidade instrumental no gosto dos fãs – porem, ao contrario de Cole, Benson continua reafirmando as suas credenciais como grande guitarrista em cada uma de suas muitas apresentações e gravações. Na verdade Benson começou cantando em clubes e nas suas primeiras gravações para a RCA Victor em 1954 com uma banda de rock usando uma guitarra que seu padastro fez para ele.
Mas foram as audições dos discos de Christian, Montgomery e Charlie Parker que despertaram o seu interesse no jazz. Em 1962, começou a tocar na banda de Brother Jack McDuff, depois formou o seu próprio grupo e foi finalmente descoberto pelo caçador de talentos John Hammond em 1965. Graças a ele, Benson participou da gravação antológica de Miles Davis “Miles in the Sky”.
Contratado pela gravadora Verve em 1967, logo após a morte de seu ídolo Wes Montgomery em Junho de 1968, Benson começou a gravar participando de grupos com maior expressão. O primeiro disco que gravou com a Warner Bros., “Breezin”, fez parte da lista dos dez mais vendidos com a musica, "This Masquerade," depois desse evento o sucesso se estendeu até o lançamento do cd “Give Me Tonight” produzido pelo papa da produção musical Quincy Jones.
No final dos anos '80 os álbuns de Benson seguiram uma linha das formulas comerciais com utilização de material aquém do potencial artístico do cantor onde o som maravilhoso da guitarra foi relegado a segundo plano. Consciente da futilidade que envolve perseguir a parada de sucessos, Benson reviu seus conceitos e, com a gravação do cd “Terderly” no qual o repertório de clássicos recebeu tratamento especial, e a produção em seguida de outro com a participação da Orquestra de Count Basie , permitiu que sua guitarra de maneira proeminente, retornasse para o devido lugar de destaque.
O trabalho que desenvolveu com sabor pop ficou mais notável no anos 90. Benson é conhecido pela habilidade de surpreender os fãs e críticos como as inesperadas e idiomáticas interpretações na televisão e subseqüentes gravações com Benny Goodman em 1975 prestando tributo seu descobridor John Hammond.

As atuações à frente de várias edições do Playboy Jazz Festivals nos anos 80 se tornaram impagáveis.
Seus últimos trabalhos inluem os cds “Standing Together” de 1988, “Absolute Benson” de 2000, “All Blues” de 2001,”Irreplaceable” de 2004.
Três canções do cd “Givin’ it Up” de 2006 que gravou com Al Jarreau foram indicadas para o Grammy Awards em categorias distintas.

Duas canções levaram a melhor.

Ao longo de sua carreira já faturou por merecimento indiscutível, 10 prêmios Grammy.

George, continue cantando através de sua guitarra!

Em meu nome e de milhões de fãs pelo mundo: happy birthday, my man!

"MOMENTOS DE JAZZ"
Prezados Jazzófilos (as),


No programa “Momentos de Jazz”, logo mais a partir das 20h00 horário de Manaus pelas ondas da Radio Jazz Amazonas FM 101,5 (http://www.portalamazonia.com/) vou destacar no primeiro seguimento o cd “Bossa Nova Stories” de Eliane Elias, o mais recente e décimo segundo álbum da carreira da bela paulistana pianista de jazz que está radicada nos Estados Unidos há 21 anos.
Eliane que já foi indicada para o Prêmio Grammy algumas vezes, apresenta um repertorio primoroso composto por clássicos inesquecíveis do jazz e da bossa nova como “Day In Day Out”, “The More I See You”, “Too Marvelous for Words”, “Chega de Saudade” e “Falsa Baiana” entre outros.

Na seqüência vamos revisitar o cd “Moonlight Serenade” de Carly Simon que recebeu da critica especializada os melhores comentários principalmente em relação aos arranjos elaborados para os “standards” como “Moonlight Serenade”, “Moonglow” e “I’ve Got You Under My Skin”. Carly declarou, na época do lançamento do cd em 2006, que ganhou o direito de editá-lo já na tenra idade quando aprendeu com sua mãe a curtir as grandes leituras de Frank Sinatra.


O que aconteceu depois que Al Jarreau se reuniu com George Benson no cd “Givin’ it up”? Um Grammy e recorde de vendagem em todo globo. Trabalho de real grandeza no qual a indiscutível versatilidade musical dos dois astros eleva para níveis superiores a leitura de musicas como “Moanin”, “God Bless The Child” (participação especial de Jill Scott), “Summer Breeze” e “Let It Rain” (com Patti Austin). Imperdível.


Os amantes do jazz, no ano passado, foram brindados com preciosos lançamentos que elevaram ainda mais a qualidade das boas opções deste gênero musical fenômeno do século XX. Bom exemplo disso é o cd “Here and Gone” do saxofonista tenor de jazz David Sanborn.
Neste trabalho o saxofonista simplesmente muda de rota e magistralmente incursiona pelo blues devidamente escoltado pelas brilhantes companhias do fenomenal guitarrista Eric Clapton, Sam Moore, Joss Stone e Derek Trucks, todos “pesos pesados”do gênero.
“St.Louis Blues”, “Brother Ray” e “I’m Gonna Move to the Outskirts of Town” encabeçam repertório de primeira.


Conto com tua valiosa audiência.

Até jazz!!!!!


NOTA DO BLOG – No dia 7 de Abril próximo o programa “Momentos de Jazz” vai celebrar contigo querido ouvinte, 14 anos de existência. No domingo 5 de abril curtiremos duas horas exclusivas com as canções eternas na voz de nossa musa maior Billie Holiday. Não perca.

Saturday, March 21, 2009







OCTOJAZZARIAN PROFILE: PIANISTA DE JAZZ E PERSONALIDADE DO RADIALISMO MARIAN McPARTLAND.



Frequentemente, nestes cem anos de jazz, muitos artistas famosos tem chegado com vigor além da oitava década de vida. Em Inglês, estes maravilhosos personagens, lendas vivas e pioneiros que participaram da evolução e ajudaram no desenvolvimento e consolidação da mais pura forma de arte norte-americana são chamados de OctoJAZZarians (OctoJAZZários).


“I hate all those words that end in -arian.” "Eu odeio todas as palavras que terminam em -ário."

Disse Marian a um grupo de amigos que se reuniram ontem no Jazz at Lincoln Center's Dizzy's Club Coca Cola em NYC para celebrar o seu aniversário de 90 anos de vida.


Grandes nomes da musica festejaram Lady Marian cantando e tocando as canções que ela compos e, ainda, a canção título do seu mais recente album "Twilight World" (Concord) que conta com a participação especial de uma maravilhosa menina de Kansas City chamada Karin Allyson.

Quando se analisa a longa e profícua carreira de Marian fica claro que a sua persistencia e o incontestável leque de grande conquistas, não possui em toda historia do genero jazz, nenhum outro exemplo similar.

Pianista e compositora de grande talento com memória enciclopedica, portadora de uma percepção excepcional de harmonia, McPartland vem atuando profissionalmente ha mais de 65 anos, encantando audiencias com suas habilidades artisticas em clubes e apresentações pelo mundo, e pelo legado com centenas de gravações, algumas histórias através do radio com dezenas de monstros sagrados do jazz.

É é justamente através do radio que milhões de ouvintes se deliciam até hoje com as transmissões do "Marian McPartland’s Piano Jazz," popularissimo programa vencedor do Peabody Award-National Public Radio que está no ar ha mais de 25 anos.

Marian também tornou-se a mentora de inumeros musicos jovens, ajudando-os na conquista de bolsas de estudos para aprimoramento da educação musical jazzistica e é a mais atuante embaixadora do jazz, que o mundo já conheceu.
O fato dela ser uma pessoa que nasceu um pequeno vilarejo na Inglaterra perto do Castelo de Windsor tornando-se uma das mais importantes proponentes do Grande Idioma Musical Americano é, na verdade, não tão ironico quanto possa parecer. After all, quando o pianista e band leader Duke Ellington excursiomou pela Grã Bretanha e tantos outros países europeus com sua orquestra em 1933, " le jazz hot" já vinha contaminando ha muito tempo as massas eufóricas do Velho Mundo, tendo Marian Turner, então com 15 anos, entre os aficionados da epoca. Prodigio musical, desde a tenra idade, estudou musica classica,violino e sem explicação apaixonou-se pelo jazz tomando para si os exemplos de Duke, Teddy Wilson, Mary Lou Williams, Lil Hardin e Hazel Scott.

O divisor de águas da carreira de Marian foi o momento em que conheceu Jimmy McPartland enquanto participava dos shows de entretenimento das tropas britanicas e americanas em 1944 na Bélgica . Jimmy era um famoso trompetista em Chicago, onze anos mais velho que ela. Os dois se apaixonaram e se casaram em uma base militar na Alemanha. De volta à Windy City o casal começou a trabalhar junto até se mudarem para New York em 1949. Conheceram Louis Armstrong no primeiro dia em que chegaram em Manhattan e pouco tempo depois já faziam parte do universo jazzistico da ilha.

Jimmy e Marian se divorciam em 1970, mas até hoje ela declara que o méritor ela ter se firmado profissionalmente nos Estados Unidos é todo de seu falecido ex-marido.

De 1952 a 1960 Marian McPartland liderou um trio no Hickory House, um restaurante situado na Rua W54th bem perto da W52nd - The Street - onde se situavam os mais famosos clubes de jazz da era jazz da cidade, frequentados contumazmente por Billie Holiday,Frank Sinatra,Charlie Parker,Dizzy e tantos outros. Foi no Hickory que Marian estabeleceu a sua estatura musical atraindo para si grande numero de apreciadores de sua arte.

Começaram a aparecer para ouvi-la o Duke Ellington em pessoa, Billy Strayhorn, Steve Allen, Oscar Peterson, Artie Shaw e algumas celebridades da Broadway e de Hollywood, e musicos como Bucky Pizzarelli e Paul Bley que sempre esperavam pela oportunidade de "da uma canja".

No Trio de Marian participaram alguns bons baterias e baixistas, mas de todos, os que consesguiram se destacar foram Bill Crow e Joe Morello, no periodo de 1954 -1956. Felizmente para os fãs, algumas destas inesqueciveis performaces no Hickory House foram registradas pela Savoy Jazz. Imperdivel degusta-las.
Com o crescimento de sua reputação, foi convidada com seu trio para participara da famosa foto "Great Day in Harlem" pela revista Esquire em 1958 onde aparecem dezenas de grandes do jazz e ela, altiva, ao lado de Mary Lou Williams.

O melhor forum para a advocacia da arte do improviso que ela domina tão bem, continua sendo o programa radiofonico semanal "Marian McPartland’s Piano Jazz," pela National Public Radio, o mais longo programa cultural no ar nos Estados Unidos.

Criado e desenvolvido pelo projeto do South Carolina Educational Radio, "Piano Jazz" hoje atinge 45 estados americanos e 24 paises estrangeiros. "O show de radio da Marian fez mais pela promoção do jazz do que as pessoas possam imaginar" disse recentemente o alto saxofonista Phil Woods.
McPartland gravou 60 albums pela Concord Records, inclusive a serie "Piano Jazz" e a sua permanencia de 25 anos com a mesma gravadora é também outro marco relevante na carreira da artista.

o ano de 2004 foi de gloria para Marian McPartland. Ela ganhou seu primeiro Grammy, foi reconhecida pelo Trustees Lifetime Achievement Award em razão do seu trabalho como educadora, escritora e locutora. Tambem celebrou os 25 anos do Programa Piano Jazz com gravação ao vivo diante de uma audiencia no Kennedy Center, Washington DC no dia 4 de Junho com o convidado especial Peter Cincotti, e foi considerada o destaque maior do aniversario de 50 anos do Newport Jazz Festival em agosto. Ao lado dos colegas pianistas Dave Brubeck e Dr. Billy Taylor recebeu da Berklee School of Music o tutitulo de "Honoris Causa" em 2005 .
A Concord Records documentou a celebração do aniversário de 85 anos de Marian no famoso clube de jazz " Birdland" e a mesma está disponivel no cd duplo " Marian McPartland & Friends: 85 Candles - Live From New York"editado em March 15, 2005.



Marian McPartland parabéns, feliz aniversário e OBRIGADO POR TUDO.

Thursday, March 19, 2009

ELIANE ELIAS, PIANISTA BRASILEIRA DE JAZZ
Hoje é o aniversario de nascimento da pianista brasileira de jazz Eliane Elias, considerada uma das melhores em sua área nos Estados Unidos, apesar de pouco conhecida no Brasil.
Contratada pela tradicional gravadora Blue Note, despertou a atenção da crítica com sua mistura entre jazz tradicional, ritmos e harmonias tipicamente brasileiros.
Paulistana, cresceu em um ambiente musical, onde se ouvia música clássica e jazz. Começou a estudar piano cedo com a mãe, pianista clássica, mas logo se interessou pela música de Bud Powell e Art Tatum, de quem transcrevia os solos aos 12 anos de idade. Estudou e foi professora no Clam - Centro Livre de Aprendizagem Musical, mantido pelo Zimbo Trio, em São Paulo, e na Julliard School, em Nova York.
Nos Estados Unidos consolidou sua carreira de pianista de jazz, tendo gravado mais de dez discos, um deles ao lado de Herbie Hancock e outro dedicado a músicas de Tom Jobim. Excursiona freqüentemente pela Europa, Japão e Américas, tocando em trio com um baixista e baterista, sua formação favorita.
Eliane Elias teve duas indicações simultâneas para o Grammy, nas categorias Álbum de Jazz de Grandes Formações e Melhor Álbum de Jazz Latino. Ela concorreu ao primeiro prêmio pelo disco Impulsive!, que traz sete temas compostos pela própria Eliane e foi produzido por Bob Brookmayer, veterano trombonista e arranjador norte-americano. Na outra categoria, Eliane esteve no páreo por sua participação no disco Calle 54, trilha sonora de um documentário sobre música latina. No CD, Eliane interpreta Samba Triste, de Baden Powell e Vinicius de Morais. Radicada há 21 anos nos EUA, já gravou 11 discos em solo norte-americano, colaborando com feras do jazz como Jack DeJohnette, Joe Henderson e Naná Vasconcellos, além de astros como Sting, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
A cantora também concorreu ao Grammy em 1996, pelo disco Solos and Duets.

Em seu mais recente cd “Eliane Elias Bossa Nova Stories”(2009) no qual faz leitura em bossa nova de clássicos como “Day by Day”, ”The More I See You” e “Too Marvelous for Words” além das brasileiríssimas “Chega de Saudade e “Desafinado” ela confirma definitivamente sua versatilidade, talento e sensibilidade musical.
Aproveito então para na lata, sem delongas ou vacilos, ratificar minha recomendação.
A critica conservadora americana andou malhando a foto da contra-capa do cd onde ela aparece com os joelhos apontando para os pólos. Bobagem, o que conta mesmo é o conteúdo musical de primeira qualidade.


PORTO DAS LAGES EM DESTAQUE NO PROGRAMA "ENCONTRO COM O POVO" PELO AMAZONSAT

Às 19h40 de hoje, pelo AmazonSat, canal 44, ou via internet pelo http://www.portalamazonia.com/ vou receber como convidados do Programa " Encontro com o Povo", o antropólogo Ademir Ramos e Valdenora da Cruz Rodrigues, líder do Movimento de Reintegração dos Hansenianos (MORHAN).

Em debate entre outros assuntos, as ameaças de impactos sociais e ambientais que podem ser provocados pela construção do Porto das Lajes.

Ambos participam do "Movimento SOS Encontro das Águas", que pretende sensibilizar a opinião pública e o poder público para a proposta de tombamento das "Lajes" e do "Encontro das Águas", um dos mais famosos cartões postais da Amazonia, onde nasce o Rio Amazonas no território nacional.


Conto com tua valiosa audiência e participação.


Humberto Amorim

Apresentador


Wednesday, March 18, 2009


SRTA. MARIA VIANA, JAZZ SINGER, MUITO PRAZER EM CONHECE-LA!!!!!

Meu amigo Edson Costa, profundo conhecedor, degustador e meu mentor em relação ao aprimoramento do conhecimento dos vinhos brancos, costuma dizer que é melhor tarde do que mais tarde.
Pegando este gancho, assumo ter pisado na bola ao deixar de adicionar no blog, referencia ao aniversário de nascimento ontem, de uma fabulosa cantora portuguesa de jazz: Maria Viana.

Maria Viana nasceu em Lisboa no 17 de março de 1958. Ela é filha de José Viana, famoso ator e pintor portugues e da brasileira Jujú Batista, cantora e atriz. Tinha a quem puxar!

O ano de 1979 foi o"anmus mirabilis" para a jovem cantora após publicação de um artigo no Diario de Noticias de Lisboa pelo jornalista José Carlos Monteiro da Costa no qual o articulista não mediu palavras para exaltar as notaveis qualidades artisticas de Maria, após participar inesperadamente da platéia de uma de suas apresentações.

"Foi numa noite quente de verão no Hotel Sheraton Lisboa, depois da abertura da vernissage das obras de um bom amigo que, ao me dirigir para o bar em busca de alguns momentos de descontração ao som da boa musica, ouvi ao me aproximar, uma voz que encantou-me desfiando a letra da canção "It Had To Be You". A entonação marcante me arrebatou. Impressionei-me também com o perfeito feeling de marcação, equilibrio e emoção. Perguntei sobre quem estava a cantar de tal forma e soube então que tratava-se de uma cantora portuguesa chamada Maria Viana. Era ela a fonte de todos aqueles sentimentos estantaneos que subitamente brotaram em mim. Não me restava nenhuma dúvida, ela adorava cantar.
Radiante de felicidade travei conversa com ela e consegui tempos depois apresenta-la para alguns classicos de Ella, Billie, Sarah, e Anita O'Day. Consegui também apresenta-la para os produtores do "Cascais Jazz Festival", Luis Villa-Boas e Duarte Mendonça que imediatamente providenciaram para que ela participasse de algumas audições e "jam sessions".
Mas, quis o destino que somente em 1983 ela se dedicasse vigorosamente à realização de seus ideais jazzisticos haja vista o seu envolvimento anterior com o teatro e a musica pop.

Inicialmente ela tornou-se cantora-apresentadora oficial de uma "jam session" realizada no "Jazz Bar", Drogaria Ideal, onde diante de um conjunto de jazz liderado pelo pianista Emilio Robalo recebia varios talentos amadores e profissionais, motivados tão somente pelo amor a musica jazz.
Nos meses que se seguiram a versatilidade e musicalidade de Maria vieram a tona com força incontrolável. O resto é história.

Tradução - Humberto Amorim

NOTA DO BLOG - Enquanto lê em Inglês o artigo original e os destaques da carreira da cantora, desfrute Maria Viana e a jazz diva Sheila Jordan compartilhando o palco em Lisboa e cantando o classico "Honeysuckle Rose" um dia após terem se conhecido".

http://www.youtube.com/watch?v=C2MjNxYyDTA

"One summer night was in the Lisbon Sheraton at the opening of a painting exhibition of a friend of mine. Descending afterwards to the bar for a beer I heard someone singing, "It Had To Be You", with a voice that gripped me from just the first few bars. The beautiful tone was one of the best I’d ever heard. There was moreover a great feeling for tempo , balance , emotion. I asked who it was and was told that she was a Portuguese called Maria who loved to sing. Happily I was able to talk to her and later provided with standard material from Ella, Billie, Sarah, and Anita O’Day. The only thing I could do after that was to introduce her to the producers of Cascais Jazz Festival, Luis Villas-Boas and Duarte Mendonça who took an immediate interest in her, arranging for rehearsals and jam sessions.’
However, it would not be until 1983 that she could vigorsly pursue her professional ambitions in Jazz, because previously she had been an actress and a famous popsinger. She became the host-singer at semi-private jam sessions at Jazz bar, Drogaria Ideal, where with a rhythm section led by pianist Emilio Robalo, she presented dozens of soloists, amateur and professional alike; united, one and all, by their love of Jazz. Within months Maria Viana’s career progressed along lines which revealed unquestionable talent and abilities ".



Career Highlights - Destaques Artisticos

September 1983 Recorded her first TV programs, Clube de Jazz.
July 1984 Participated in, Soloists Cascais Jazz (XIV Cascais Festival ), together with Mario Laginha , David Gausden , Carlos Vieira , Fredo Mergner, Maria Joaõ, Artur Xavier and Tomáz Pimentel . Hosts T.V.show, Jazz to All, on national television.
1985 Participated in the first Lisbon Internacional Jazz Festival accompanied by Mário Laginha, Nana Sousa Dias, Pedro and Mário Barreiros .
1986-1987 Jazz on a Summers Day Festival, Estoril, Portugal. Recording of part of the CD, Just Friends / Entre Amigos, with Moreiras`s Jazztett.
1988 National attraction at Casino Estoril accompanied by the resident orchestra, and she records the other half of Just Friends / Entre Amigos, with English pianist John Horler`s trio.
1989 Jazz On A Summers Day Festival, with trombonist Al Grey, and Bernardo Sasseti trio.
1990 Tours with David Gausden’s trio and produces / features in Recceita de Vinicius, a tribute to Brazilian poet, Vinicius de Moraes.
1991 Travels to Angola for two concerts with Moreiras`s Jazztett. Featured in concert with N.Y.J.O. Orchestra at the Casino Estoril Auditorium.
1992 Creates the Maria Viana Quintet (Swing / Be-Bop), which tours the country for the National Secretary of Culture. Just Friends / Entre Amigos CD, is released by Timeless Records with international distribution. .
1993 Tours for National Secretary of Culture, and CD Just Friends / Entre Amigos, is released in Portugal.
1994 Scandinavian tour with Danish saxophonist Jens Sondergaard . Concert Summertime in Centro Cultural de Belém (Lisbon) with her quintet. Meets Blues pianist Alan Thomas and tours the country with his trio. Produces/features, Maria Sings Jobim, tribute to Brazilian composer António C. Jobim
1995 Produces / features in concert, Around the World, Around the Forties, for the celebration of fifty years since the Second World War ending; an initiative of C.M. de Cascais. Tours Portugal with her quintet, and tours with Bill Goodwin quintet.
1996 Maria’s work is rewarded with a Declaration of Manifest Cultural Value, by Minister of Culture, António Manuel Maria Carrilho; in concert she performs, Maria Sings Jobim, and Maria Viana with Alan Thomas trio.
1997 Produces / features in concert of Fado-Blues, a tribute to Fado singer Herm�-nia Silva, and Blues singer, Bessie Smith.
Guest star on CD of Spiritual group, African Voices, performing ‘Freedom,’ and ‘Swing Low Sweet Chariot’.
Tours the country with, Maria Sings Jobim, and Fado-Blues.
Produces a circle of African Music for C.M. Oeiras and nine concerts for C.M. Cascais.
1998 Concert, Blues and Boogie-Woogie, in C.C. Belém (100 days Festival /Expo 98) with Alan Thomas quartet.
National tour and beginning of recording of Blues CD, Spirit of Time.
Special guest star on several African Voices concerts, and makes four presentations of Fado-Blues.
1999-2000 Special guest in three concerts of the Phil Markowitz / Bernardo Moreira quintet.
Spirit of Time, Blues CD released on Megamusic, and tours the country with her various projects: Maria sings Jobim, Fado-Blues, Spirit of Time, and Promised Land.
2001-2002 Begins recording CD, I have a Dream / Promised Land.
Becomes Artistic Director for Hotels with Jazz, an initiative of Junta de Turismo, I.C.E.P., and Jazz on a Summers Day Festival, and Producer of Jazz na Casa da Guia, and Blues for Cascais, which benefites an ecological organization in Cascais; which featured Bluesman Chicago Beau as Special guest in 2002.
Through the years Maria Viana has been featured on over sixty national T.V. shows, and Still programs concerts for the stage “ 7 to 9 “ at the C.C. Belém.
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