RED NORVO, O INOVADOR DO JAZZ.
O mais conceituado vibrafonista do jazz, o jazzista Red Norvo, nasceu no dia de hoje e, devido as inovações que agregou ao genero jazz, é tido como o responsável pela introdução de instrumentos como xilofone, marimba e vibrafone nos conjuntos de musica.
Red começou a carreira artística no Teatro Vaudeville e formou-se no seu primeiro amor, o jazz, tocando nas grandes bandas da era do swing lideradas por gigantes como Paul Whiteman, Benny Goodman, Charlie Barnet, & Woody Herman.
Nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, ele migrou com sucesso para o movimento caracterizado por um novo estilo de jazz chamado “Bop”, atuando ao lado de Charlie Parker, Dizzie Gillespie, e Charles Mingus, entre outros. Seu jeito suave de tocar o vibrafone se adaptou perfeitamente ao gênero “cool jazz “.
Ficou na ativa até o final da década de 80 quando começou a ter problemas de saúde e foi forçado a se aposentar dos palcos. Viveu até a idade dourada de 91 anos.
A audição dos discos de Red Norvo em ação é uma grande pedida.
Pessoalmente, para àqueles que não conhecem o legado musical deste artista excepcional, recomendo o cd “Frank Sinatra with The Red Norvo Quintet, Live in Austrália” de 1959, muito embora a qualidade sonora do registro esteja aquém do ideal, lembremos que foi feito em 1959, e, apesar da falta da alta qualidade a que estamos acostumados nos dias atuais, devido aos modernos equipamentos, a energia que emanou da conversação entre eles durante a performance, foi toda ela perfeitamente captada, ao ponto de atingir naturalmente a sensibilidade do audiente.
Ouça com cuidadosa atenção a versão que constroem para “Night and Day” de Cole Porter. Red e o quinteto estilizam de tal forma a introdução da musica que deixa irreconhecível por breves momentos, para a platéia, a canção que Frank vai cantar. A multidão vibra ao identificá-la quando “The Voice” calmamente desliza para a letra da musica…. como se estivesse pisando em seda.
Quando eu comecei a ouvir Frank Sinatra, me tornei fã numero um da gravação, ao vivo, de 1966 contida no cd “Sinatra at the Sands.” Frank se eterniza a todo vapor, completo no estilo Las Vegas, apoiado pelo simplesmente indescritível Count Basie e sua Orquestra, produzida pelo talentosíssimo Quincy Jones. O cd serve como uma cápsula do tempo com aquele período em particular, cheia de musica de grande qualidade...mas eu queria mais. Mais do Frank dolente que gravou um álbum conceito com Jobim. Mais do Frank no swing do jazz.
Em 1997, meu desejo se tornou realidade, no momento em que o selo Blue Note colocou no mercado a gravação do encontro do Quinteto de Red Norvo, Frank Sinatra e a platéia australiana.
Foi a única gravação de Sinatra distribuida pela Blue Note e eu a reputo como uma das melhores gravações ao vivo de Frank, ainda mais pela participação do inesquecível instrumentista de jazz, Red Norvo.
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