Thursday, March 19, 2009

ELIANE ELIAS, PIANISTA BRASILEIRA DE JAZZ
Hoje é o aniversario de nascimento da pianista brasileira de jazz Eliane Elias, considerada uma das melhores em sua área nos Estados Unidos, apesar de pouco conhecida no Brasil.
Contratada pela tradicional gravadora Blue Note, despertou a atenção da crítica com sua mistura entre jazz tradicional, ritmos e harmonias tipicamente brasileiros.
Paulistana, cresceu em um ambiente musical, onde se ouvia música clássica e jazz. Começou a estudar piano cedo com a mãe, pianista clássica, mas logo se interessou pela música de Bud Powell e Art Tatum, de quem transcrevia os solos aos 12 anos de idade. Estudou e foi professora no Clam - Centro Livre de Aprendizagem Musical, mantido pelo Zimbo Trio, em São Paulo, e na Julliard School, em Nova York.
Nos Estados Unidos consolidou sua carreira de pianista de jazz, tendo gravado mais de dez discos, um deles ao lado de Herbie Hancock e outro dedicado a músicas de Tom Jobim. Excursiona freqüentemente pela Europa, Japão e Américas, tocando em trio com um baixista e baterista, sua formação favorita.
Eliane Elias teve duas indicações simultâneas para o Grammy, nas categorias Álbum de Jazz de Grandes Formações e Melhor Álbum de Jazz Latino. Ela concorreu ao primeiro prêmio pelo disco Impulsive!, que traz sete temas compostos pela própria Eliane e foi produzido por Bob Brookmayer, veterano trombonista e arranjador norte-americano. Na outra categoria, Eliane esteve no páreo por sua participação no disco Calle 54, trilha sonora de um documentário sobre música latina. No CD, Eliane interpreta Samba Triste, de Baden Powell e Vinicius de Morais. Radicada há 21 anos nos EUA, já gravou 11 discos em solo norte-americano, colaborando com feras do jazz como Jack DeJohnette, Joe Henderson e Naná Vasconcellos, além de astros como Sting, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
A cantora também concorreu ao Grammy em 1996, pelo disco Solos and Duets.

Em seu mais recente cd “Eliane Elias Bossa Nova Stories”(2009) no qual faz leitura em bossa nova de clássicos como “Day by Day”, ”The More I See You” e “Too Marvelous for Words” além das brasileiríssimas “Chega de Saudade e “Desafinado” ela confirma definitivamente sua versatilidade, talento e sensibilidade musical.
Aproveito então para na lata, sem delongas ou vacilos, ratificar minha recomendação.
A critica conservadora americana andou malhando a foto da contra-capa do cd onde ela aparece com os joelhos apontando para os pólos. Bobagem, o que conta mesmo é o conteúdo musical de primeira qualidade.

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