Thursday, March 26, 2009


THE DUKE COM O ROSTO NO QUARTER.

Duke Ellington é o primeiro negro norte-americano a ter o rostoestampamdo em uma moeda de "quarter"nos Estados Unidos. Foi adotada no Distrito de Columbia, como parte da linha temática , por Estado, de moedas de 25 centavos da Casa da Moeda dos Estados Unidos . A moeda foi apresentada no dia 24 de Fevereiro passado no “Smithsonian”.

A moeda mostra Ellington tocando piano. Ellington obteve a honra dos votos dos residentes do Distrito de Columbia, superando o abolicionista Frederick Douglass e o astrônomo Benjamin Banneker. Na moeda está a frase “justiça para todos”. A Casa da Moeda rejeitou a primeira inscrição escolhida , que era :“taxação sem representação” em protesto contra a ausência de representantes do Distrito no Congresso.


Edward Kennedy "The Duke" Ellington foi um dos artistas musicais mais completos neste século, maestro invejável, um pianista fabuloso e compositor criativo de uma obra com mais de 3 mil músicas escritas.


O apelido de duque (Duke) se deve à pose nobre e ao fato de estar sempre bem vestido. Apenas as olheiras enormes destoavam, resultado do hábito de dormir o mínimo necessário. Tinha medo de que sonhar lhe retirasse algumas idéias que usaria em canções.


Em sua carreira, gravou com os grandes nomes do jazz: Count Basie, Dizzy Gillespie, Tommy Dorsey, Joe Pass, Frank Sinatra, Louis Armstrong, Coleman Hawkins, Charles Mingus, Max Roach, John Coltrane, Jimmy Rushing, Mahalia Jackson, Charlie Barnet, Ella Fitzgerald, Alice Babs, Jimmy Jones, Les Spann, Ray Brown e Rosemary Clooney.Sua formação foi a dos pianistas de ragtime, cuja influência é clara em sua primeira composição, "Soda Fountain Rag", de 1914.


Formou seu primeiro conjunto em 1922, um quinteto com o baterista Sonny Greer e o saxofonista Otto Hardwicke. Mas, eram tempos difíceis. Em sua biografia "Music is My Mistress" (A Música é Minha Amante), Ellington conta que ele e seus quatro músicos já dividiram uma salsicha como jantar.Dirigiu orquestras e fez arranjos de obras dos grandes clássicos, como Mozart, Schubert, Bach, e Brahms.


Mas o jazz foi uma constante. Não mudou o seu estilo, embora tenha visto nascer diversas correntes durante sua carreira, como o bebop, o free, e o jazz-rock. O colorido das sonoridades orquestrais enriqueceram o som de sua big band. "A orquestra é meu instrumento", costumava dizer.Nos anos 1920, mudou-se para Nova York, onde viveu sua fase mais importante.


Os concertos no Carnegie Hall foram memoráveis, em especial a suíte "Black, Brown and Beige", de 1943, inspirada na história da América negra.Ellington criou o jungle style (estilo da selva), quando os metais da orquestra tocam com força e expressão, dando um efeito de selvageria às composições. O trompetista Bubber Miley inaugurou esse caminho e o sedimentou.


Quando Ellington tocava no Cotton Club, de 1927 a 1932, acompanhando cantores e bailarinos, as composições em jungle style levantavam a audiência para dançar.Boa parte de suas mais famosas composições foi construída a partir de melodias improvisadas pelos seus músicos.


Entre suas obras destacam-se quatro álbuns feitos com a colaboração de seus melhores solistas: "The Blanton - Webster Band", "Black, Brwon and Beige" e "The Duke's Men".


Nos anos 1960 e 70, fez várias turnês internacionais, do Japão à América Latina. A orquestra veio ao Brasil, em 1968 e 1971. Além dos concertos sacros, fez nesse período as trilhas dos filmes "Anatomia de um Crime" e "Paris Blues".


Em 1974, quando se preparava para a festa de 75 anos foi hospitalizado com câncer e seu estado de saúde se agravou, falecendo um mês depois.
The Duke, um fabuloso gênio do Jazz.

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