O VINHO E O PARADOXO FRANÇÊS.
por Jairo Monson de Souza Filho
Além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, o vinho traz longevidade.
As virtudes terapêuticas do vinho têm sido largamente discutidas em diversos meios nos últimos anos. O que chamou a atenção das pessoas, em geral, e dos cientistas, em particular, para este assunto, foi o “Paradoxo Francês”.
As virtudes terapêuticas do vinho têm sido largamente discutidas em diversos meios nos últimos anos. O que chamou a atenção das pessoas, em geral, e dos cientistas, em particular, para este assunto, foi o “Paradoxo Francês”.
É bem sabido que comer gorduras saturadas, fumar e ser sedentário, entre outras coisas, são fatores de risco para doenças do coração. Os franceses, quando comparados com outros povos do mesmo nível sócio-econômico-cultural, são mais sedentários, fumam mais e comem mais gorduras saturadas – os queijos, patês e manteigas são usuais na culinária francesa – e, no entanto, têm a metade dos problemas cardiocirculatórios. Esse é o Paradoxo Francês.
A ciência médica não pára de encontrar explicações para isso. Mas a mais consistente, para alguns, e mais atraente, para muitos, vem do chamado “Estudo dos 18 países”, publicado na revista The Lancet, em 1979, por St. Léger e alguns colaboradores. Nesse trabalho, eles mostram que nos países em que, o consumo per capita de vinho é maior, a mortalidade por causa cardiocirculatória é menor, e vice-versa. A explicação mais aceita para esse fenômeno é que os franceses, na época da divulgação do Paradoxo Francês, consumiam, em média anual, cem garrafas de vinho por pessoa, além de beber sempre junto com a comida e gastar, em média, uma hora em cada refeição.
Embora outros artigos científicos já tratassem desse assunto antes, foi o anúncio do “Paradoxo Francês” que despertou a atenção sobre o tema ‘vinho e saúde’, principalmente na comunidade científica.
A divulgação do “Paradoxo Francês” foi feita inicialmente nos Estados Unidos, no programa 60 minutes, da rede de TV CBS, em 7 de novembro de 1991, pelo Dr. Serge Renaud. Esse programa teve uma grande repercussão (que continua até os dias de hoje!), tanto na mídia leiga como na científica. Em julho do ano seguinte, a prestigiada revista médica The Lancet publicou o artigo “Wine, alcohol, platelets and the French Paradox for coronary heart disease”, assinado pelo Dr. Serge Renaud e seu colega Dr. Lorgeril. Eles apresentaram à comunidade científica seus dados e conclusões: a ingestão leve e moderada de bebidas alcoólicas, sobretudo vinho, reduz o risco das doenças e da mortalidade cardiovascular de 40 a 60%.
Essa informação causou grande impacto. Até então, o que a ciência nos ensinava é que ingerir bebidas alcoólicas era tão prejudicial quanto fumar. Com esses dados um conceito científico teria que ser mudado.
Passados 15 anos, milhares de pesquisas confirmaram os dados do Dr. Renaud e Dr. Lorgeril. Inúmeros estudos explicam os mecanismos pelos quais essa proteção acontece e evidenciam outros efeitos favoráveis do vinho, como a longevidade e a neuroproteção. Isso tudo não foi suficiente para firmar essa idéia. Ainda há questionamentos sobre essa matéria. O ceticismo de alguns e o medo dos danos que o consumo abusivo de álcool pode causar impedem que esse novo conceito se consolide. Quanto tempo e quantos estudos ainda serão necessários para isso acontecer? Que outras evidências precisamos?
Estudos feitos a partir do Paradoxo Francês mostram que é possível agregar ao prazer de beber benefícios para a saúde. Mas para isso é necessário que se faça junto com as refeições, de maneira regular e moderada, e somente se não houver contra-indicação ao consumo de bebidas alcoólicas.
BOA NOTICIA - Cientistas portugueses da Universidade do Porto descobriram um antioxidante presente no azeite capaz de prevenir ataques cardíacos e acidentes vasculares no cérebro, os chamados AVCs.
Segundo a coordenadora do estudo, Fátima Paiva-Martins, esta é a primeira prova científica sobre os "benefícios do azeite na dieta das pessoas".
"Este antioxidante pode ser extraído a partir de folhas de oliveira. No futuro, se a legislação permitir, poderá ser utilizado para suplementar o azeite", afirmou a pesquisadora.
Segundo a coordenadora do estudo, Fátima Paiva-Martins, esta é a primeira prova científica sobre os "benefícios do azeite na dieta das pessoas".
"Este antioxidante pode ser extraído a partir de folhas de oliveira. No futuro, se a legislação permitir, poderá ser utilizado para suplementar o azeite", afirmou a pesquisadora.
Fonte - Revista Adega
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