Doris Day se tornou mais conhecida pelo seu trabalho na "silver screen" mas desenvolveu carreira paralela como cantora que nos deixou alguns álbuns de bom gosto, servidos por uma voz de timbre invulgarmente bonito e com a sabedoria da interpretação que lhe veio da era das "big bands" de jazz.Nascida em Cincinnati , Ohio, em 03 de abril de 1922, foi batizada com o verdadeiro nome, Doris Kappelhof.
Desistiu da dança aos 14 anos quando quebrou uma perna num acidente de automóvel e começou a participar numa rádio de Cincinnati do show de calouros, onde teve o nome mudado para Day.
Cantou na "big band" de Bob Crosby em 1940 e depois na de Les Brown, com quem gravou dois enormes êxitos: "My Dreams Are Getting Better" e "Sentimental Journey", a primeira canção com a qual ficou para sempre identificada.
Mas o seu primeiro êxito a solo já resultou do início da sua carreira em Hollywood: no primeiro filme em que participou, em 1948, cantava "It's Magic".
No cinema participou em alguns filmes marcantes: "Young Man With a Horn" (50), com Kirk Douglas (puro jazz! a trilha musical é imperdivel e está disponivel em cd); "Calamity Jane" (53); "Young At Heart" (54), com Frank Sinatra; "Love Me Or Leave Me» (55), com James Cagney; "The Man Who Knew Too Much" (55), de Alfred Hitchcock, com James Stewart, onde cantou outro tremendo sucesso a que ficou ligada, "Que Sera, Sera".
Criuo uma deliciosa
A sua imagem ficou muito marcada pelo ar virginal que lhe impuseram no cinema, protagonizando uma deliciosa dupla com Rock Hudson. Ficou célebre a frase do pianista e actor Orcar Levant: "conheci-a antes dela ser virgem".
Imagem muito suspeita, pois ela estreou nas telas após dois casamentos (viria a se casar mais uma vez em 1951).
Empenhada na carreira cinematográfica (39 filmes em 20 anos), Doris Day não teve uma carreira discográfica comparável, mas supreendente, pois, além de alguns temas que geralmente se ouve nas rádios, com tendências xaroposas, a beleza da sua voz é raríssima na música popular e alguns dos álbuns são muitíssimo agradáveis. O seu vibrato é provavelmente o mais bonito do pop polvilhado de jazz. O álbum com André Previn é notável.
Doris Day foi também uma das comediantes mais simpáticas, talento que ficou muito visivel nas transmissões do show televisivo "The Doris Day Show" entre 1968/73, repetiu a façanha em 1985 com "Doris Day and Friends" e então abandonou de vez os holofotes para se dedicar à preservação dos animais.
http://www.youtube.com/watch?v=R6WDdZ6xaPg
Clique e ouça a gravação original de "Que Sera,Sera" com Doris Day.
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