Wednesday, April 15, 2009


A MUSICA DE DJAVAN NO SOPRO EXUBERANTE DE LORI BELL.



Flauta jazzística e música brasileira nos fazem retornar ao trabalho pioneiro de Herbie Mann, em gravações que antecederam os sucessos do saxofonista tenor Stan Getz. Getz e Mann adotaram a bossa nova e colaboraram com músicos brasileiros , mas Lori Bell, uma flautista cujo mote do seu Web Site é “De Bach ao Bebop” investiga , neste cd, as fronteiras do mais eclético “tropicalismo” brasileiro do compositor Djavan, com sua extensa combinação rítmica de elementos do pop e do rock .
A ênfase está mais no jazz do que nos trópicos, com um propulsivo e destacado enfoque rítmico realizado pelo baixista David Enos, frequentemente usando mais baixo elétrico do que o acústico; com a presença de Tamir Hendelman ao piano; a ausência de guitarra, e com o baterista Enzo Todesco enfocando os ritmos do jazz e da música brasileira.
O comando virtuoso de Bell tanto na flautas alto como em C permite que ela agite com vigor as notas em “Canto da Lyra”, enquanto suinga fluentemente no bop e gorgeia nos tempos dobrados em “A Ilha (The Island)” em sensual enfoque.
Ela também salta para frases jubilantes da batida do samba em “Obi” e evoca o chilreio de pássaros no ritmo saltitante de “Serrado”. Hendelman, outro jazzista talentoso originário de Israel, projeta uma marcante e generosa reminiscência de Monty Alexander em seu toque. Ambos, flautista e pianista , são exuberantes em imprimir romantismo nas baladas , realçado pela orquestração de Kuno Schmid. Anna Gazolla, que aparece na percussão em algumas faixas, competentemente interpreta “Capim”, que é o aceno do disco para a tradicional bossa-nova .
Fonte : JazzTimes / George Kanzler

No comments: