A influente vocalista Chris Connor, faleceu no último 28 de Agosto em sua residência localizada em Tom’s Rivers, New Jersey. Ela tinha 81 anos. A causa da morte foi um câncer.
Nascida Mary Loutsenhizer em Kansas City em 08 de Novembro de 1927, Connor chegou ao estrelato no final dos anos 40 e início dos 50, primeiro com a banda de Claude Thornhill ; como membro do grupo vocal “The Snowflakes”, formado por quatro vocalistas e, então, com o “bandleader” Jerry Wald. Com Wald, ela foi ouvida no rádio por June Christy , que estava saindo da banda de Stan Kenton, que a recomendou para assumir seu lugar. Até hoje, a similaridade estilística entre as três sucessivas vocalistas de Kenton —Anita O’Day, Christy and Connor— permanece largamente notada.
Durante seu período com Kenton , ela emplacou vários sucessos, sendo o mais notável “All About Ronnie”. Em uma entrevista concedida em 1995 , ela citou “All About Ronnie” e “Lush Life” como as suas canções preferidas para performances. Connor lançou sua carreira solo em 1953, assinando contrato com o selo “Bethlehem”. Em 1956, ela passou para a “Atlantic Records”, onde gravou 14 álbums antes de deixar a gravadora em 1962.
Entre seus grandes sucessos na “Atlantic” está “I Miss You So (1956)”, a faixa título que surpreendentemente alcançou as paradas; “Chris Craft (1958)” e “Free Spirits (1961)”. Certamente, 1961 seria o ano em que Connor mais se ocuparia com gravações, sendo marcantes os álbuns com Maynard Ferguson, “Double Exposure” na “Atlantic” e “Two’s Company” no selo de Ferguson, “Roulette”.
Ela foi para a gravadora “FM Records” para o álbum ao vivo “Chris Connor at the Village Gate”, em 1963, mas o selo “quebrou” antes do lançamento do seu segundo disco, “A Weekend in Paris”. Dois álbuns para a “ABC” foram lançados, inclusive o com influência pop, “Now!”.
Ela era conhecida pela sua voz rouquenha, que raramente usava vibrato, dando-lhe a reputação de não ser muito suave ou de ser uma cantora sem emoção. Durante o final dos anos 60 e anos 70, Connor ficou “sob os radares”, gravando esporadicamente e lutando contra o alcoolismo. Entretanto, no início dos anos 80, Connor reestabeleceu-se como uma artista reconhecida internacionalmente, com muita influência sobre as novas gerações de cantoras. Ao longo de sua carreira ela atuou e gravou com os renomados pianistas Hank Jones, Fred Hersch, Ellis Larkins e Ralph Sharon, todos famosos por seus talentos em acompanhar notáveis vocalistas.
Na edição de Janeiro/Fevereiro da JazzTimes de 2000, Joel Siegel disse sobre Connor: “Chris Connor tem as mais distintivas qualidades com seu senso aventuroso de usar o tempo e personalizar seu som. Ela suínga em todos os tempos, fraseia à frente ou atrás das batidas, de forma que você teme que ela nunca retornará, mas de algum modo ela sempre consegue. O complexo timbre de sua voz é difícil de descrever— misterioso ainda que forte, largamente robusto mas suave. Seu enfoque lírico é extraordinário. Ela nunca é indulgente com simples emoções, mas aplica sentimento marcantemente melancólicos em baladas com qualidade introspectiva. Ela compartilha com a atriz de cinema dos anos 50, Kim Novak, uma fria mais vulnerável sensibilidade, demonstrando que ela sabe mais sobre dor, do que está disposta a demonstrar”.
A maioria das recentes gravações foram para o selo de Joe Fields, HighNote, compreendendo três álbuns lançados entre 2001 e 2003. Connor deixa sua produtora e companheira de longo tempo, Lori Muscarelle.
Click pra ouvi-la cantando "All About Ronnie".
Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon
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