Friday, May 08, 2009

MARY LOU WILLIAMS, A PRIMEIRA-DAMA DO JAZZ.
A pianista, arranjadora e compositora autodidata Mary Lou William nasceu no 8 de maio de 1910 em Atlanta, Geórgia, numa família de onze irmãos, como Mary Elfrieda Scruggs e ficou conhecida no mundo inteiro como a “primeira-dama do jazz”.

Foi considerada a maior instrumentista feminina da história do jazz e começou a tocar piano na metade dos anos 20 quando o boogie-woogie e o blues eram os estilos do momento.

Somados a seus dons, esses ritmos acabaram por transformá-la num verdadeiro padrão moderno do piano para o jazz com a gravação de mais de 100 discos ao longo de uma brilhante carreira musical.

De 1931 a 1946 juntou-se a banda do “band leader” Andy Kirk. A partir desse período criou a sua própria banda para ganhar "uns trocados" e realizou trabalhos notáveis como “Roll” para Benny Goodman e “Trompet No End” para Duke Ellington em 1937, com quem inclusive tocou. Foi amiga, mentora e professora dos “monstros sagrados” Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Thelonius Monk

Em 1954 parou de se apresentar para se dedicar a sua fé católica, auxiliando músicos dependentes químicos a se recuperarem do vicio, e a composições sacras como “Black Christ of the Andes”, “Anima Christi” e “Praise the Lord” , conhecidas como Musica Negra Religiosa, para a Igreja Católica.

Em 1957, retomou a brilhante carreira musical, convencida por dois padres amigos e o trompetista Dizzy Gillespie no Newport Jazz Festival com a banda de Dizzy. Permaneceu na ativa até o final da década de 70.

Sua ultima performance foi registrada durante o Festival de Montreux em 1978 e se encontra no cd e dvd “Solo Recital” que, com o passar do tempo, passaram a ser considerados antológicos e peças de colecionadores.

Durante homenagem no final da vida declarou:”I did it, didn’t I? Through muck and mud.”

Mary Lou Williams faleceu em paz em 28 de maio de 1981.
Clique abaixo para ouvir Mary Lou solando magistralmente "Hesitation Boogie"
http://www.youtube.com/watch?v=hrLVBFjvwcI

Fonte – Jazztimes

Tradução – Humberto Amorim.

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