Sunday, March 14, 2010

QUINCY JONES, PRODUTOR DO ALBUM MAIS VENDIDO NO MUNDO


O empresário musical , arranjador, produtor e compositor de trilhas sonoras Quincy Delight Jones Jr, nasceu no 14 de março de 1933, em Chicago, Illinois. Jones descobriu a música na escola primária, vando-o a aprender trompete. Quando tinha dez anos, sua família se mudou para Bremerton, Washington, onde ele fez amizade com o jovem Ray Charles, que mais tarde lhe ensinou braille. Os dois formaram um duo e tocavam em casamentos locais e em clubes de jazz, no hoje conhecido distrito Pioneer Square em Seattle.


Durante 50 anos na indústria do entretenimento, o trabalho de Jones foi indicado para 70 Grammy Awards, sendo premiado com 25 destes, e um Grammy Legends Award em 1991. Ele é mais conhecido como o produtor de dois dos maiores recordistas de vendas de todos os tempos: o álbum Thriller, do ícone pop Michael Jackson, e a canção "We Are the World". Ele também é conhecido por lançar a cantora Tamia que durante seu tempo com Quincy Jones foi indicada para 2 Grammy Awards por sua canção "You Put a Move On My Heart".



Em 1951, com 18 anos, Jones ganhou uma bolsa de estudos para a Schillinger House (agora conhecida como Berklee College of Music em Boston). Contudo, abandonou os estudos quando recebeu uma oferta para viajar como trompetista com o lendário bandleader Lionel Hamptom. Quando ainda viajava com Hampton, ele mostrou um jeito incomum para arranjar canções.



Jones se mudou para New York City, onde recebeu vários pedidos de arranjos para artistas como Sarah Vaughan, Count Basie, Duke Ellington, Gene Krupa e seu velho amigo Ray Charles.


Em 1956, Jones viajou novamente como trompetista e diretor musical da Dizzy Gillespie Band em uma turnê pelo Oriente Médio e América do Sul patrocinada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. No retorno para os Estados Unidos, ele ganhou um contrato da ABC Paramount Records e iniciou sua carreira de gravações como líder de sua própria banda.


Foi para Paris, França em 1957. Estudou composição musical e teoria com Nadia Boulanger e Olivier Messiaen. Também tocou no Paris, Olympia. Foi diretor musical na Barclay Disques, o distribuidor francês da Mercury Records e durante os anos 50, viajou muito pela Europa com várias orquestras de jazz. Formou sua própria big band e organizou uma turnê pela América do Norte e Europa. Embora a turnê fosse um sucesso de crítica, um mal planejamento orçamentário fez dela um desastre econômico e levou Jones a uma crise financeira.



Irving Green, chefe da Mercury Records, trouxe Jones de volta com um empréstimo e um novo trabalho como diretor musical da divisão da companhia em Nova York. Em 1964, Jones foi promovido a vice-presidente da companhia, se tronando assim o primeiro Afro-americano a ocupar tal cargo. O ano de 1964 também viu Jones derrubar outra barreira social: a convite do diretor Sidney Lumet ele compôs a primeira de suas 33 maiores trilhas sonoras. O resultado foi a lendária trilha de "The Pawnbroker".


Nos anos 60, Jones trabalhou como arranjador para alguns dos mais importantes artistas da era, incluindo Miles Davis, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald,, Peggy Lee e Dinah Washington. As gravações-solo de Jones também foram aclamadas, incluindo Walking in Space, Gula Materi, Smackwater Jack and Ndeda, You've Got It Bad, Girl, Body Heat, Mellow Madness, I Heard That e The Dude.


Enquanto gravada para o filme "The Wiz", Jones encontrou Michael Jackson, que lhe perguntou quem poderia ser o produtor de seu próximo trabalho solo, Jones então ofereceu-se e formou então a dupla de maior sucesso do mundo da música. O resultado, "Off the Wall" vendeu 20 milhões de cópias e tornou Jones o mais poderoso produtor fonográfico da indústria. O trabalho seguinte dos dois "Thriller" alcançou 104 milhões de cópias e tornou-se o álbum mais vendido do mundo . Jones também trabalhou no terceiro trabalho solo de Jackson Bad, que vendeu 30 milhões de cópias. Após esse trabalho, Jackson e Jones se separaram para que Jackson pudesse produzir seus próprios trabalhos-solo. Em uma entrevista de 2002, quando perguntado se trabalharia de novo com Jones, respondeu, "a porta estará sempre aberta".



Após a cerimônia de 1984 do Grammy Awards, Jones usou a sua influência junto a de Jackson para reunir os maiores artistas americanos em um estúdio para gravar a legendária canção "We Are the World" para angariar fundos para as vítimas da fome na Etiópia. Quando as pessoas se espantaram com sua habilidade para fazer com que todos trabalhassem unidos, Jones explicou que ele apenas deixou uma placa na porta dizendo: "Deixe seu ego na porta".


Em 1993, Jones colaborou com David Saltzman para produzir o extravagante concerto An American Reunion, uma celebração da inauguração do mandato de Bill Clinton como presidente dos Estados Unidos. Em 2001, ele publicou sua autobiografia "Q: The Autobiography of Quincy Jones".


No mesmo ano, sua fundação, a "Quincy Jones Listen Up Foundation", construiu mais de 100 casas para a fundação Nelson Mandela na África do Sul.


O ativismo social de Quincy Jones começou nos anos 60 com o apoio do Dr. Martin Luther King Jr, tornou-se um dos fundadores do Instituto para a Música Negra Americana (IBAM) cujos eventos buscam levantar fundos para a criação de uma biblioteca nacional de arte e música Afro -americana.


Grande pesquisador, incentivador e observador de todas manifestações musicais de qualidade, Jones é um grande admirador da música brasileira. Entre os artistas favoritos, figuram Simone, a qual ele cita como "uma das maiores cantoras do mundo", Milton Nascimento, Gilson Peranzzetta, Ivan Lins entre outros da bosa nova.

Jazz Icons - Quincy Jones ao vivo em 1960
http://www.youtube.com/watch?v=ABZawAxW5Is

Referencia - Wikipédia

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