Monday, March 29, 2010

BEN WEBSTER, O BRUTO E MARAVILHOSO



O jazz master e saxofonista Ben Webster nasceu no 27 de março de 1900 em Kansas City, é considerado um dos três grandes saxofonistas do swing (os outros sendo Lester Young e Coleman Hawkins). Começou a tocar violino, depois piano, e acabou adotando o saxofone por volta de 1930 por sugestão de Budd Johnson. Fez sua estréia discográfica acompanhando a cantora Blanche Calloway.
Nos anos 30 tocou em diversas orquestras, incluindo as de Bennie Moten, Andy Kirk, Fletcher Henderson, Benny Carter, Willie Bryant, Cab Calloway. Em 1940, entrou em caráter permanente para a orquestra de Duke Ellington, na qual já havia feito participações ocasionais em 1935 e 1936. Foi o primeiro grande solista de sax tenor de Ellington, e participou de gravações famosas, como “Cottontail” e “All too soon”.
Embora tenha permanecido na orquestra apenas por três anos, tornou-se muito popular e passou a ser um paradigma para a maioria dos jovens saxofonistas, que procuravam imitá-lo.
Depois de deixar a orquestra de Ellington, tocou com grupos pequenos, tanto na função de líder como acompanhando músicos como Stuff Smith, Red Allen, Raymond Scott, John Kirby e Sidney Catlett.
Voltou a se juntar a Ellington por um breve período, em 1948-1949, e fez parte do projeto Jazz At The Philarmonic em diversas temporadas ao longo da década de 50. Gravou com Art Tatum em 1956. Fez diversas turnês à Europa, e acabou se estabelecendo na Dinamarca em 1964. Ali, desfrutando de grande popularidade, tocou e gravou à vontade, seja com músicos locais, seja com músicos americanos.
As principais características que chamam a atenção no som de Webster ao sax tenor são o seu vibrato e a grande quantidade de “ar” na emissão sonora, especialmente nos finais das notas. Mas isso não desgrada seus fãs, que apreciam tanto a agressividade exibida nos blues rápidos quanto o romantismo demonstrado nas baladas. Essas duas faces de sua música correspondiam, segundo os que lhe eram próximos, aos dois pólos que coexistiam em sua personalidade, ora cordial, ora irascível. As baladas lentas, executadas de forma lânguida e expressiva, foram o gênero que Ben passou a privilegiar com o passar dos anos, e pelo qual ficaria famoso.
Webster faleceu em Setembro de 1973, em Copenhagen.
Ben Webster "O Bruto", toca divinamente.
Jazz tenor saxophonist Ben Webster was born on March 27, 1909 in Kansas City and was considered one of the “big three” of swing tenors along with Coleman Hawkins (his main influence) and Lester Young. He had a tough, raspy, and brutal tone on stomps (with his own distinctive growls) yet on ballads he would turn into a pussy cat and play with warmth and sentiment.
After violin lessons as a child, Webster learned how to play rudimentary piano (his neighbor Pete Johnson taught him to play blues). But after Budd Johnson showed him some basics on the saxophone, Webster played sax in the Young Family Band (which at the time included Lester Young). He had stints with Jap Allen and Blanche Calloway (making his recording debut with the latter) before joining Bennie Moten's Orchestra in time to be one of the stars on a classic session in 1932. Webster spent time with quite a few orchestras in the 1930s (including Andy Kirk, Fletcher Henderson in 1934, Benny Carter, Willie Bryant, Cab Calloway, and the short-lived Teddy Wilson big band).
In 1940 (after short stints in 1935 and 1936), Ben Webster became Duke Ellington's first major tenor soloist. During the next three years he was on many famous recordings, including “Cotton Tail” (which in addition to his memorable solo had a saxophone ensemble arranged by Webster) and “All Too Soon.” After leaving Ellington in 1943 (he would return for a time in 1948-1949), Webster worked on 52nd Street; recorded frequently as both a leader and a sideman; had short periods with Raymond Scott, John Kirby, and Sid Catlett; and toured with Jazz at the Philharmonic during several seasons in the 1950s. Although his sound was considered out-of-style by that decade, Webster's work on ballads became quite popular and Norman Granz recorded him on many memorable sessions.
Webster recorded a classic set with Art Tatum and generally worked steadily, but in 1964 he moved permanently to Copenhagen where he played when he pleased during his last decade.
Although not all that flexible, Webster could swing with the best and his tone was a later influence on such diverse players as Archie Shepp, Lew Tabackin, Scott Hamilton, and Bennie Wallace.
Webster passed away on September, 1973, in Copenhagen.
Nota do Blogger -
Para os que lêem em Inglês o livro "Someone to Watch Over Me: The Life and Music of Ben Webster "e os CDs recomendados:
The Brute & The Beautiful
Centennial Celebration
Soho Nights Vol I
Dig Ben
Cotton Tail
Reference - AAJ

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