Como prova em “Disfarmer”, um novo lançamento pela “Nonesuch”, Bill Frisell, nem sempre necessita de um toque de Buster Keaton para preparar uma trilha sonora, apenas algumas fotografias.
O álbum apresenta Frisell na guitarra e une-se a Greg Leisz no violão com cordas de aço e bandolim, Viktor Krauss no baixo e Jenny Scheinman no violino. Inspirado pela vida e trabalho de Mike Disfarmer, o homem misterioso de Arkansas cujas fotos de pessoas marcam o mais impressionante processo de retratar do século XX. “Disfarmer” apresenta 26 majestosas vinhetas melódicas evocando antigos cabarés e cidades decadentes.
Este trabalho segue a trilha “All Hat”, composta no ano passado por Frisell para o filme do mesmo nome. Entretanto, aquele disco tem a participação do baterista Scott Amendola e do gaitista Mark Graham em adição ao quarteto que atua em “ Disfarmer”.
O disco compartilha o espírito de John Ford.Como uma grande composição para cinema, o sucesso de “Disfarmer” reside no grande tema. Em “Farmer” Frisell toca um acústico acorde-melódico que relembra as gemas de Enio Morricone. “Focus” encontra o tema suportado pelo minimalismo de Philip Glass. “I Am Not a Farmer” é uma atuação da banda na mesma batida e “Small Town” é outra performance acústica.
Apenas quando você imagina que a coisa deve permanecer melancólica, o guitarrista adiciona efeitos para alegrar como na leitura livre de “That’s Alright, Mama”.
Fonte : JazzTimes / Evan Haga
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