Este novo trio liderado pelo veterano baixista-compositor norueguês, Arild Andersen, e coadjuvado pelo baterista italiano Paolo Vinaccia e o saxofonista tenor escocês, Tommy Smith, foi gravado em uma sessão livre no “Belleville Club” em Oslo.
Um membro do inovativo grupo de Jan Garbarek do final dos anos 60, que ajudou a definir o “Eurojazz”, Andersen é um ótimo solista com uma bela entonação e uma ampla visão musical. Ele possibilita largos movimentos de expressão em seu aventuroso trabalho, que organicamente incorpora o free jazz, música folclórica escandinava, sons ambientes,música de câmara, emocões “freebop”, eletrônica e, até, um toque “Ellingtoniano”. A parte fundamental do trabalho é a épica “Independency” uma suíte em quatro partes escrita em 2005 em comemoração ao centenário da libertação da Noruega do domínio sueco.
A sombria “Primeira Parte” tem Andersen apresentando as raízes da música folclórica norueguesa , com Smith providenciando um toque pungente a la Jan Garbarek.
A Segunda Parte é uma feroz excursão no “freebop” incrementada pelo formidável trabalho de Andersen e a expressividade livre de Vinaccia com um suingue interativo dentro da linha de Jack DeJohnette.
Este segundo movimento também apresenta uma calorosa intensidade e estilo fluente de Smith, um tremendo improvisador e músico pouco reconhecido, que nós não temos ouvido muito desde seus lançamentos pela Blue Note no final dos anos 80 e início dos 90.
O Terceiro Movimento é uma peça com atmosfera em rubato com Andersen apresentando suas longas linhas melódicas com atraso em relação à esperteza de Vinaccia, com um colorido trabalho de prato, e extensos tons sombrios de Smith.
O Quarto Movimento apresenta prazeirosos movimentos descendentes e ascendentes, um número melódico que encontra Andersen transitando rapidamente de acordes em movimentos crescentes e decrescentes para uma forte linha uníssona com Smith. Eles passam para a luxuriante “Prelude to a Kiss” com Smith antenando-se com Ben Webster, enquanto na contida “Outhouse” ele se liga em Michael Brecker.
Seguindo o evento, esta intensa “jam” encerra-se com uma suave e simples nota de Andersen, com “Dreamhorse” apresentando uma pegada “new-age”, onde o baixista toca bela e liricamente no topo dos seus próprios arpejos digitalizados antes de dialogar com Smith. Música criativa e desafiante para um novo trio dinâmico.
Faixas : Independency, Pt. 1; Independency, Pt. 2; Independency, Pt. 3; Independency, Pt. 4; Prelude to a Kiss; Outhouse; Dreamhorse
Data de Lançamento: 24/11/2008
Click para ouvi-los.
http://www.youtube.com/watch?v=ToiZEPfvqRo
Fonte : JazzTimes/Bill Milkowski
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