Sunday, August 02, 2009

ALDIR BLANC, ME DÁ A PENÚLTIMA.


O compositor Aldir Blanc nasceu no 2 de agosto de 1946, no bairro Carioca do Estácio, no Rio de Janeiro. Começou a compor na adolescência, época em que também aprendeu a tocar bateria. Foi como baterista que tocou no Teatro Azul e participou do grupo Rio Bossa Trio, que mais tarde virou GB-4.


Nos anos 60 estudou medicina na universidade, especializando-se em psiquiatria. Participou de festivais, tendo classificado as composições "A Noite, A Maré e o Amor" (com Silvio da Silva Júnior) em 1968 no III Festival Internacional da Canção; outras três no II Festival Universitário de MPB, em 1969; e "Diva" (com César Costa Filho) e "Amigo É pra Essas Coisas" (com S.S. Júnior) em 1970, no V FIC e III FUMPB, respectivamente.


Participou do MAU (Movimento Artístico Universitário) com seus amigos de bairro, Ivan Lins, Gonzaguinha, César Costa Filho e Marco Aurélio, no início da década de 70. No mesmo ano, conheceu João Bosco, um de seus parceiros mais importantes e com quem conheceu os primeiros sucessos. A principal intérprete de composições da dupla foi Elis Regina, que já em 1971 gravou "Bala com Bala". Elis gravaria ainda "Mestre-sala dos Mares", "O Bêbado e a Equilibrista", "Kid Cavaquinho", "De Frente pro Crime", "Dois pra Lá, Dois pra Cá", "Rancho da Goiabada". Tendo atuação destacada na luta pelos direitos autorais, Aldir Blanc foi um dos fundadores da Sombrás (entidade que dava apoio compositores que brigavam por direitos autorais) e da Saci, Sociedade do Artista e Compositor Independente.


Em 1983 rompeu a parceria com Bosco. Com sua criatividade, riqueza e fluidez verbal, nem sempre é fácil encontrar um compositor que se adeqüe à poesia de Aldir. Teve vários outros parceiros, sendo os mais constantes Moacir Luz e Guinga. Leila Pinheiro gravou em 1996 o disco "Catavento e Girassol", exclusivamente com composições da dupla Guinga/Aldir Blanc. Com Moacir Luz e P.C. Pinheiro compôs "Saudades da Guanabara". Maurício Tapajós é o parceiro de "Querelas do Brasil". Com Guinga, além de "Catavento e Girassol", escreveu "Baião de Lacan", "Canibaile", "Chá de Panela", "O Coco do Coco" e outras. Aldir é também cronista, e escreve colunas no jornal carioca "O Dia".


Em 1996 foi lançado o disco comemorativo "Aldir Blanc - 50 Anos", com diversas participações especiais. Também foi encenado em 1999 o musical "Aldir Blanc, Um Cara Bacana", escrito por Cláudio Tovar.
Click para ouvir a musica de Aldir e João Bosco no Ziriguidum.

Fonte -CDJ

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