Friday, October 30, 2009

I REMEMBER CLIFFORD BROWN


O trompetista de jazz Clifford Brown nasceu no 30 de outubro de 1930 em Wilmington, Delaware e iniciou sua vida profissional em 1952, na orquestra rhythm & blues de Chris Powell (The Blue Flames).


Em setembro de 1953, Brown viajou para a Europa, como integrante da big band de Lionel Hampton. Lá permaneceu até novembro, tendo gravado, em companhia do saxofonista Gigi Gryce e músicos franceses, como Henri Rénaud (piano) e Pierre Michelot (baixo), uma série de faixas, com orquestra, quarteto, quinteto e sexteto. Essas faixas européias mostram já o equilíbrio que Brown obtinha entre um lirismo fascinante, que não podia deixar de recordar Fats Navarro, e uma facilidade de fraseado digna de Dizzy Gillespie.



Mas foi a sessão no Birdland, em 1954, com Art Blakey e Horace Silver que o projetou, chamando a atenção do baterista Max Roach. O quinteto que Roach formou, em 1954, com Clifford Brown no trompete, teve vida muito curta, em comparação com a longevidade dos quintetos de Horace Silver e dos Messengers de Art Blakey. Mas teve um impacto tão grande no jazz moderno como o desses grupos, responsáveis diretos pelo revigoramento do bop.



O hoje célebre quinteto Roach-Brown gravou pela primeira vez em Los Angeles, em maio de 1954. O saxofonista era Teddy Edwards e o pianista, Carl Perkins. Mas foi o quinteto com Harold Land (sax tenor), Richie Powell (piano) e George Morrow (baixo) que perpetuou as primeiras obras-primas de Brown-Roach, em agosto daquele ano:"Jordu", plangente composição de Duke Jordan, “Joy Spring”, composição do próprio trompetista, "Daahoud", outro tema de Clifford à moda de Tadd Dameron. O quinteto Clifford Brown-Max Roach, ainda com o saxofonista Harold Land, gravou outras faces brilhantes, em duas sessões de fevereiro de 1955: "George's Dilemma", composição de Brown, um inesquecível "Cherokee" e "Sandu" um blues de tempo médio.



Mas o quinteto atingiria um nível ainda mais excepcional nas sessões realizadas em janeiro e fevereiro de 1956, com a substituição de Harold Land por Sonny Rollins. Naquela época, Rollins começava a se impor como o mais importante e influente sax tenor do jazz a surgir depois de Coleman Hawkins e Lester Young.



Clifford Brown tornou-se ainda mais fulgurante, e Max Roach, mais vibrante. Em 1956, morreu num desastre de automóvel, em companhia do pianista Richie Powell, quando viajavam de Filadélfia a Chicago, para uma apresentação do quinteto.



Com apenas quatro anos de obra gravada, de março de 1952 até pouco antes de sua morte, em junho de 1956, Clifford entrou para a história do jazz como o trompetista da segunda geração do bop que melhor assimilou as lições de Dizzy Gillespie, Fats Navarro e Miles Davis, sintetizando-as numa linguagem melódica própria, apoiada numa técnica primorosa.


Clifford Brown e violinos.





Fonte - CDJ

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