A maravilhosa primeira dama da canção e cantora de jazz Ella Jane Fitzgerald, também conhecida internacionalmente como Lady Ella, nasceu no 25 de abril de 1917, em Newport News, Virginia.
Mestra nas improvisações, a tímida Ella Fitzgerald cantava como um músico. Sempre dividiu opiniões sobre ser ou não a maior cantora do Jazz, com a não menos brilhante Billie Holiday.
Os pais de Ella nunca se casaram. O pai dela, William Fitzgerald, reconheceu a paternidade mas as deixou quando Ella fez 3 anos de idade. Então ela viveu com a mãe, Temperance (Temple), e o padrasto português, Joseph da Silva, que a maltratava.
Seus vizinhos riam quando ela dizia que um dia iriam vê-la nas manchetes dos jornais, que ela tinha certeza de que seria famosa. Ella sempre gostou de de cantar, ainda mais de dançar. Aos 13 anos ensaiava os passos e pedia às garotas mais velhas para ensinarem novos passos dos salões de dança do Harlem.
Foi na igreja que ela aprendeu os primeiros rudimentos musicais, da mesma forma que outros grandes cantores e cantoras norte-americanos do séc. XX. O rádio e o fonógrafo também foram veículos fundamentais para que ela pudesse desenvolver sua formação musical. Ella fez parte da primeira geração de crianças que, na década de 20, tiveram acesso livre à música por meio desses aparelhos sonoros. Sua mãe faleceu quando ela tinha somente 14 anos. Ela então largou a escola e foi mais tarde para um reformatório por vadiagem. Ficou pouco tempo até que fugiu e foi viver nas ruas de Nova York cantando e dançando para ganhar gorjetas.
Em novembro de 1934 participou de um show de calouros no Apollo Theatre, no Harlem, e apesar de maltrapilha e nervosa, ganhou o primeiro prêmio que era a permissão de se apresentar no teatro duas semanas, mas o gerente não aceitou por considerá-la muito feia.
Cantava gratuitamente até que Chick Webb a levou para um teste com o bandleader, mas que não quis ouví-la por também considerá-la muito feia, mas por insistência de Webb acabou ouvindo e contratando-a.
Em 1938 gravou o primeiro sucesso com Webb, “A-Tisket a-Tasket”. Aos dezenove anos já era considerada a primeira dama do jazz. Foi contratada pelo produtor e dono de gravadoras (Verve/Pablo) Norman Granz, integrando o grupo Jazz At The Philharmonic.
Fitzgerald gravou três discos clássicos ao lado de Louis Armstrong (Ella and Louis, Ella and Louis Again e Porgy and Bess).
Ella faleceu em Beverly Hills, na California, em Junho de 1996.
Lady Ella sings "Cry Me a River"
http://www.youtube.com/watch?v=jAoABuJS1MA
Referencia - Wikipédia
Nota do Blogger:
O escritor Truman Capote relatou sobre Marilyn Monroe em "Música para Camaleões" de 1980. O pequeno conto chama-se "Uma Criança Linda" e, nele, descobrimos uma Marilyn que perambula com Truman por Nova York, após o funeral de sua professora de teatro, Constance Collier, ambos atrás de algum champanhe. Os dois têm uma conversa sobre a nobreza inglesa e Marilyn mostra-se surpresa com o fato de a rainha da Inglaterra não poder tocar em dinheiro, uma dama de companhia caminha atrás, atendendo aos desejos da majestade. Marilyn era, segundo Capote, uma criança linda. Existe uma outra história sobre Ms. Monroe que reafirma o relato de Capote, de certa forma.
Quando Marilyn saiu de Los Angeles rumo a Nova York, cansada de papeis medíocres que lhe eram oferecidos, ela mergulhou na efervescencia cultural da grande maçã e acabou fã de Ella Fitzgerald, que vibrou uma corda no coração da estrela, como vibrou no de todos nós. Marilyn resolveu pedir pessoalmente a Charlie Morrison, dono da famosa boite Mocambo, o maior clube norturno da costa oeste, em meados dos anos 50, que contratasse Ella, suspendendo ,assim, a politica segregacionista da casa. Ms. Monroe, sabedora de sua imbatível popularidade, prometeu que ocuparia uma mesa de pista durante todas as apresentações e que a publicidade gerada pelo evento, por si só, justificaria a transgressão de Morrison. Ele concordou e o resto é história.
Eu devo muito a Marilyn, Ella Fitzgerald declarou mais tarde - Depois que cantei no Mocambo, nunca mais fui obrigada a cantar só onde me deixavam. Marilyn era uma mulher surpreendente, muito a frente de seu tempo, é claro. Mas ela nunca soube disso.
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